Diário de Férias - Capitulo 8 - parte 3

- Pov Lua – Diário -

Éh... Bem que aqueles pensamentos não iriam me fazer bem.

Ficar visualizando aquelas famílias passeando pelo jardim, recordei da minha infância. Minha família, o carinho dos meus pais. Como era bom tê-los sempre por perto. Daí me lembrei das amizades. Mel era minha amiga há quatro anos, com certeza os mais bem vividos e mais intensos. Era como se conhecesse desde sempre, e percebi o quanto ela me fazia falta agora, que estou nesse lugar lindo, que me passa paz, mas me mostra o quanto sou sozinha.

Por falar em ser sozinha, o que dizer dos meus relacionamentos? Sou totalmente fracassada nesse ponto. Meus pensamentos iam de alegrias a tristezas, momentos bons a extremamente desagradáveis. E quando percebi que lágrimas inundavam meus olhos e transbordava pelo meu rosto resolvi ir embora. Caminhando lentamente, passeando pelo curto caminho, já se passavam das seis horas quando virei à esquina do hotel. Mas mudei logo de planos e seguir até um café ali perto. Precisava comer algo, e não queria correr o risco de encontrar hospedes conhecidos com essa cara de choro. Tá, assumo que não queria encontrar Soph e Chay.

Aquele café me parecia acolhedor. Mesmo com aquela cara horrorosa de quem havia chorado, e o local razoavelmente cheio, ninguém ficava me encarando. Um ou dois curiosos no máximo.

Enrolei um pouco ali, liguei pra minha mãe tentando afastar os pensamentos tristes. Afastar a tristeza era sempre o melhor a se fazer em momentos como esse. E já que não tenho colo de mãe aqui, tenho que tentar carinho mesmo pelo celular.

Minha mãe falou como todos estavam lá no Brasil, perguntou o que andei fazendo, se fiz todas as suas compras, se encontrei o meu francês, se estava me alimentando direito, se estava dormindo direito, se estava me agasalhando direito...

Enfim, a gente cresce, amadurece, sai de casa, mas continua sendo uma criança pra nossos pais. Esse papo todo conseguiu até me arrancar um sorriso dos lábios.

Resolvi então retornar ao hotel, já era quase oito horas e provavelmente não encontraria ninguém. Triste engano!

Se eu soubesse que demorar tanto no café iria me render o encontro da recepção eu nem teria ido.

Tensa demais pra continuar a escrever agora diário... Até amanhã =(

Por Nana F.

O que será que aconteceu?