A Nossa Chance - Capitulo 59

59 - Babá de bebum

POV Lua

Eu acho que a coisa mais difícil que eu tive que fazer na minha vida, foi dar um fim ao meu casamento. Claro que ainda tinha que organizar toda a papelada e também Arthur não ficaria muito tempo fora de casa... Eu o conhecia, ele saiu apenas para me dar um tempo pra pensar, eu não preciso desse tempo minha decisão está tomada.

Depois de horas moendo a fio minha angustia, tristeza, raiva, mágoa e tudo que há de ruim, recebi um telefonema. Era o dono de um bar que Arthur costumava frequentar perto de Ipanema. O velho disse que meu marido ou ex, estava bêbado, e teria sérios problemas se resolvesse ir pra casa só.

Bufei irritada e liguei pra a babá de Mari, essa coitada deve se perguntar. Por que só de madrugada? Eles não podem ser normais e me chamar um pouco mais cedo? Porra eu to dormindo. Mas como ela era um anjo de pessoa que apareceu na minha vida, veio sem reclamar, apenas pediu um extra por causa do horário, e eu dei é claro.

Agora você se pergunta. Por que um dono de bar ligaria pra uma pessoa que ele nem conhece por causa de um cliente? Bem ele me conhece. Digamos que ele foi um dos meus informantes logo quando Arthur começou a me trair. No primeiro ano eu corria atrás dele feito uma psicopata, eu era chata pra caralho – como ele dizia, mas depois que a galhada tava grande eu deixei pra lá. Não valia a pena.

Peguei meu carro e dirigi pelas ruas quase desertas do Rio de Janeiro, estaria completamente deserto se não fossem os festeiros de plantão, indo e vindo pra todos os lados.

Estacionei o carro bem na porta do bar e seguir pra falar com o senhorzinho. Ele me indicou onde o bundão estava, paguei a conta dele e fui até lá.

- Você só faz merda mesmo em Aguiar! Vamos embora. - eu o enlacei com meus braços pra ele apoiar-se e ele me seguiu aos trancos e barrancos.

O caminho inteiro da volta pra casa, ele resmungava coisas do tipo ‘me perdoe’ e ‘Caique não tem culpa’. PORRA QUEM É CAIQUE? Só me faltava essa além de ser trocada, ser trocada por outro homem.

Em casa não sei como fiz, só sei que estávamos no segundo andar indo em direção ao banheiro. Eu o despi já que ele parecia estar dormindo em pé. Quando ele estava nu pus-me a observar seu corpo tão perfeito. Ele, tão lindo ali na minha frente.

- Cuidado, – soluço – Se não a baba escorre!

- Vá a merda, Aguiar! – eu ia sair do banheiro, mas ele me puxou me colando a seu corpo detestavelmente nu.

- Só se você for junto. – ele disse e colou sua boca na minha com brutalidade.

Eu me debati em seus braços e por nada no mundo daria passagem a sua língua. Ele vendo isso, me prensou contra a parede e forçou sua boca ainda mais a minha, que começava a ficar dolorida de tanta força que era imposta sobre ela. Ele começou a esfregar-se sensualmente em meu corpo imitando um ato sexual, o que me deu vontade de suspirar, mas eu não faria isso.

Depois de longos minutos ainda na mesma posição, ele deu-se por vencido e separou-se de mim.

- Por quê? – ele perguntou baixo.

- Você não é mais meu marido. – meus olhos ardiam por ter dito aquilo, eu queria me atirar escada abaixo, mas eu não faria, foi preciso ter dito. Percebi uma mistura de raiva e tristeza no seu olhar, ele também choraria, mas não na minha frente, eu sabia.

Sua mão foi de encontro ao azulejo num soco, ao meu lado, o que me fez soltar um grito de medo. Ele pós suas mãos carinhosamente em meu rosto e contornou, como se quisesse guarda na memoria.

- Você pode sair, eu quero me banhar. – assenti com a cabeça e o deixei só.

Por Karina, Andreliny e Yanca

Sono me dominando se eu escrever besteira relevem...

Como posso odiar e amar ao mesmo tempo esse Arthur? Bem... acho que é porque procuro ver o lado dele também.

Ele se enrolou na propria mentira e olha ai no que deu? 

Luene, Camila, Paula, Nildes, Amanda, Rávyla, obrigada por comentarem...

Minhas aulas começaram hoje e estou mortinha de sono... Beijocas, Nana F.