Diário de Férias - Capitulo 27 - parte 5

- Pov Cupido –

Chegando ao hotel eles dois sobem ainda sem muita pegação. Alguns beijinhos de leve, brincadeiras, risadas, clima bom.

- Bem, você vai só me entregar minhas chaves, ou tenho direito a namorar mais um pouquinho? – Arthur perguntou assim que entraram no quarto.

- Se você quiser pegar só as chaves, elas estão ali. – apontou pra pequena mesinha – Mas se tiver disposto a continuar a nossa bela noite, sinta-se a vontade.

- Não mande ficar a vontade que eu tomo conta. – Arthur aproximava da garota a puxando pela cintura.

- Louca pra ver esse seu lado espaçoso. – Lua falava sorrindo.

- Essa sua roupa hoje me deixou maluco sabia? – ele falava baixinho, já beijando o pescoço da garota.

- Sério? – Lua perguntou desdenhando da situação – Poderia jurar que você se encantaria muito mais pelas pernas das dançarinas.

- Você é muito melhor que todas elas. – os beijos continuavam, e ele resolveu finalmente perguntar – Por que mesmo que você escolheu aquele lugar? Sabe que eu poderia ter me encantado com alguma dançarina não sabe? Elas são bem atraentes.

- Acho que você mesmo respondeu sua pergunta.

- Não entendi. – Arthur se afastou do pescoço da garota e a encarou.

- A intensão era te mostrar que sou diferente, não sou mais uma.

- Você é única. Mas continuo sem entender.

- Eu queria que você percebesse que existe uma diferença entre aquilo que apenas nos atrai, e aquilo que a gente realmente quer. Aquilo que a gente gosta e deseja está sempre perto.

- Você quis me mostrar o quanto você é diferente de todas as outras? – Lua apenas assentiu – Não precisava nada disso.

- Eu precisava provar pra mim mesma que não estava maluca. – Lua respondia – Eu precisava perceber que o que eu sinto não é tão diferente do que você sente.

- Eu não queria que você fosse embora. – Arthur falou encostando sua testa na da garota.

- Eu queria te levar comigo.

- Eu já procurei tanta forma de explicar o que eu sinto, tenho medo de assustar, medo de ser impulsivo, mas eu preciso te dizer uma coisa.

- Fala. – Lua já dava leve beijinhos pelo pescoço dele.

- Je t'aime*! – Ele sussurrou no ouvido dela e percebeu ela enrijecer – Eu te amo muito.

- Eu também te amo.

Aquela foi a deixa.

Ainda bem que o plano da nossa garota do Brasil pra que Arthur deixasse de besteira e assumisse os seus sentimentos deram certo. Saiu até mais do que ela esperava.

Arthur pela primeira vez na vida se declarava a alguém. Pela primeira vez na vida sentia que sua vida dependia da vida de outra pessoa. Quis tê-la pra sempre ao seu lado. A fez mulher da forma mais carinhosa e romântica possível.

Beijos, caricias, abraços, gemidos e sussurros. Era a única coisa necessária naquele quarto pra provar que existia amor.

Lua se sentia completa, realizada. Pra ela nunca havia sido assim. Nunca ninguém cuidou tão bem dela. Nunca ninguém foi tão atencioso e amoroso. Ela queria que essa noite parasse no tempo, e que aquilo tudo não acabasse.

Que isso não fosse lembrado daqui há algum tempo como uma noite de sexo. Mas sim, que nunca pudesse ser esquecida a noite de amor com quem realmente se ama.

Adormeceram os dois abraçados, felizes e realizados.

Eu sou um bom cupido... Eu sei!

* Je t'aime – Eu te amo!  

Por Nana F.