sábado, 25 de janeiro de 2014

Meu admirador secreto - Capitulo Único


Meu Admirador Secreto: Capítulo único

 (N/A) A web inteira vai ser sempre contada na terceira pessoa, como se alguém tivesse narrando pra eles, espero que vocês gostem, beijinhos...

Reflexão

E de repente surge aquele á quem todos chamam de sentimento...
Hey, espera ai! Não era você aquela que dizia que isso acontecer com você só em sonho?
Que isso é ilusão, perda de tempo? O que aconteceu com aquela garota hein?
É, parece que na verdade você só tenta se esconder... Sabe construir aquela capa de durona que não se abala com nada...
Mas na verdade você tem sentimento, é claro que tem, você só tenta fugir desse padrão de hoje, você sabe aquele em que meninas sem conteúdo só querem se exibir, além de sempre quererem ser o centro das atenções... Você se pergunta o que meninos veem nesse tipo de garota? Elas parecem ter titica de galinha ao invés de cérebro... E o garoto que você gosta... Hum! Ele não te nota, pra ele digamos que você seja invisível ou coisa do tipo, vai saber... Ele olha pra você como se dissesse "olha aquela garota estranha, Deus me livre me aproximar dela".
Você se sente feia, excluída, prefere ficar no seu canto, sozinha, curtindo sua música... Uma dúvida: queria saber por que aquele idiota á quem você dedica seus sonhos prefere á aquelas de que citei (as sem conteúdo) do que você...
Um conselho amiga, se valorize, se o garoto não nota suas qualidades, no caso VOCÊ, tenta mostrar a ele o que ele tá perdendo em conhecer você. Mostre a ele que você ao contrário das figurinhas, é diferente e exclusiva... Não se incomode com as coisas fúteis da vida, seja sempre você mesma...
Vamos, você tem uma vida pela frente, vai ficar mal por causa de um garoto que não merece sua atenção? Garanto que você um dia vai encontrar aquele á quem tanto procura. Aquele que te ame do jeitinho que você é, que te entenda, enfim que te complete...

Por Lua Blanco

E lá se vai mais um post de Lua Blanco na internet, mais detalhadamente em seu blog. A menina é uma fera nisso. Cria textos, mensagens e até se arrisca em criar histórias lindas que sempre contem final feliz. É bem conhecida no colégio por causa disso e até pode ser uma das meninas mais populares já que várias meninas e até meninos se inspiram em seus textos sempre bem escritos e interpretados. Porém nem ela mesma se importa com isso. Digo, a popularidade, sempre lida com isso como uma forma de agradecimento que seus colegas tem com seus textos e isso a deixa feliz em partes.
Sua vida social já não é lá essas coisas, tem 15 anos, mora sozinha com a mãe que é separada de seu pai, esse que já não vê á quase dois anos, soube por alto que ele havia se casado novamente e agora sua esposa esperava gêmeos, claro que não tinha ficado muito feliz com isso. Quem é a pessoa que quer ser praticamente abandonada pelo pai que já tem até outra família?
Ele com certeza não sentia nenhuma falta dela ou de sua mãe como havia fantasiado quando ainda acreditava que um dia eles fossem voltar a ser a família feliz que um dia foram.
Neste momento, intervalo em sua escola, onde todos deveriam está se divertindo com seus amigos, comendo ou simplesmente fazendo brincadeiras sem graça. Ela encontra-se sentada em um dos bancos afastados do jardim do colégio com seu notebook em seu colo com certeza escrevendo mais coisas que não faço ideia. Ao seu lado um suco de laranja e um sanduíche de queijo, ela não troca por outros.
Ao longe, atrás de umas árvores centenárias ela é observada por alguém, um garoto melhor dizendo. Ele observa seus mínimos movimentos cautelosamente, era encantado por ela. Lua não tinha só inteligência, tinha também uma beleza inconfundível, natural. Tinha os cabelos loiros e ondulados que iam até quase a cintura, seu rosto indicava uma menina pura, e seus olhos... Ele adorava a cor deles, eram castanhos mel. Arthur todo dia ficava a vendo encarar o notebook na hora do lanche sentada sozinha, ele sempre quis chegar perto dela, ser um amigo ou até algo mais, mas tinha medo da rejeição. Ele não era nada comparado a ela.
Porém, um de seus textos lhe veio a mente, talvez desse certo, ele iria tentar. Ele resolveu sair dali, iria por seu plano em prática.

Recebendo Cartas de um admirador secreto

Quem não iria querer receber cartas? Mas cartas diferentes, cartas essas que contêm o que quanto uma pessoa pode ser especial pra outra. Cartas essas que podem conter sentimentos escondidos atrás de máscaras, cartas que podem deixar quem as recebe com um sorriso de satisfação.
Eu mesma iria querer receber cartas assim, porém existe a curiosidade de saber de quem se tratam aquelas palavras, palavras belas eu descrevo, palavras que não conseguem ser expressadas pessoalmente e que em uma carta de um admirador secreto aparecem com facilidade.
Então uma dica para vocês. Querem mesmo se aproximar da pessoa que gostam? Cartas de elogios com palavras belas são um ótimo começo

Por Lua Blanco

No outro dia:

Lua caminhava distraidamente pelo corredor do colégio em direção ao seu armário. Era cedo ainda e poucos alunos tinham chegado. Ela aproveitaria o tempo livre pra guardar alguns de seus livros já que o peso a estava deixando incomodada, tinha pego carona com a mãe hoje antes de ela ir para o trabalho porém mesmo assim o peso dos livros já se acumulava em seus braços finos.
Chegando ao armário, lembrou-se que a pequena chave para abri-la estava dentro de sua mochila então teve de colocar os livros no chão mesmo e abrir a mochila para pegar a chave, quando finalmente abriu o armário uma surpresa...
Caiu de lá de dentro um pequeno envelope vermelho (sua cor preferida), ela se perguntou o que era aquilo, mas abaixou-se para pegar o envelope olhando atentamente o que tinha escrito.
"Recebendo Cartas de um admirador Secreto" estava escrito. Ela sorriu com aquilo. Seja lá quem fosse que tivesse mandando aquilo, ela já tinha gostado. A pessoa lia seus textos.
Guardou o envelope dentro do caderno já que não podia lê-lo agora, o sinal havia acabado de soar e se não se apressasse não iria conseguir entrar na sala.
Guardou tudo o que tinha ali no armário só deixando o necessário e saiu em direção á aula, porém um sorriso fraco mantinha-se em seu rosto, a pessoa havia seguido seu conselho, e olhe, havia sido com ela mesma. Isso era intrigante.
De longe Arthur observava tudo, mas decidiu sair dali também, querendo ou não também tinha aula agora. Pelo menos ele iria ter aula junto á Lua, eles tinham aula de Física juntos.
Na hora da saída outra coisa não passava pela cabeça de Lua a não ser a curiosidade de poder abrir aquela carta de uma vez, não pode abri-la no intervalo das aulas porque hoje parecia que tudo estava contra seu favor, já que ficou praticamente a manhã toda atolada de atividades e nem tempo para postar algum texto em seu blog ela teve.
Agora se sentia bem mais aliviada sabendo que a poucos minutos estaria em sua casa e poderia abrir a carta de uma vez. Tanto que a distância entre o colégio, e sua casa eram de 15 minutos e ela percorreu em 10.
Passou afobada pela porta indo direito para seu quarto no segundo andar da casa, ainda bem que sua mãe ainda não havia chegado ou estranharia ela não ter ido na cozinha vê-la.
Deitada em sua cama, ela abriu com cuidado o lacre do envelope, tirando de lá a carta de uma vez e abriu para lê-la.

Olá ou Oi, talvez...
Não sei ao certo o que dizer. Não quero que me ache bobo por escrever estas coisas que vai ler agora, mas a principal verdade é que acho você a menina mais encantadora que existe nesse colégio. Você escreve coisas que outras pessoas podem ter como experiência e isso é realmente incrível. Por favor, não pense que eu sou um maluco psicopata ou alguma coisa do tipo, mas me pego olhando pra você quase todo dia enquanto estamos no intervalo e você está lá, toda concentrada no seu notebook escrevendo alguma coisa que eu só iria saber se entrasse em seu blog, o que eu faço quase todos os dias.
Não tenho coragem de aparecer pra você assim do nada, na minha cabeça isso parece tão patético. O que eu diria pra você? Um simples “Oi”, ou talvez se não queria sair comigo pra nos conhecemos melhor? Sim, eu realmente quero isso, mas tenho de admitir que temo sua rejeição.
Me sinto nada perto de você, então esse é um dos motivos por está escrevendo está carta, outro motivo é que como já lhe disse, leio seus textos e resolvi seguir um de seus conselhos.
Ouça, eu adoraria receber uma resposta sua então se realmente for me responder, poderia colocar sua carta dentro daquela árvore com um buraco oco no jardim do colégio, tenho certeza que vai encontrar o lugar. Você é muito inteligente e essa é uma de suas qualidades que me deixa totalmente bobo contigo.
Espero sua resposta...

Lua passou o resto da tarde com sorrisos bobos no rosto, ela tinha um admirador secreto, isso era tão legal. E mais, ele escrevia tão bem, até em sua letra ela tinha reparado, era um pouco embolada, mas uma gracinha e aquelas palavras que ele usou no pequeno texto? Ele achava ela encantadora.
Ele não saia de sua mente, será que já haviam se falado alguma vez? Ou talvez sentados juntos em alguma aula? Será que ela já tinha esbarrado com ele em algum lugar do colégio e não tinha o percebido, ou talvez visto alguém a vendo no jardim? Cada pergunta sem resposta que a deixava cada vez mais confusa, porém uma certeza ela tinha. Ela iria sim responder á ele, não iria deixar uma carta daquelas sem resposta. Na hora do jantar inventou uma desculpa, dizendo que tinha cólica e ficou pelo quarto mesmo. Guardou a carta com carinho dentro do seu diário e pegou uma folha de papel em sua escrivaninha. Se ela iria respondê-lo iria começar a escrever a carta agora.

No outro dia logo cedo quando estava no colégio caminhava pelos corredores apressada em direção ao jardim. Chegando lá demorou um pouco, mas realmente havia uma árvore que tinha um buraco oco lá, colocou o envelope também vermelho lá dentro, porém um pouco escondido para que ninguém além soubesse que ali tinha alguma coisa. Arthur já estava lá quando ela chegou e seu coração praticamente saltou de alegria quando viu em sua mão um envelope... Uma resposta, era tudo o que ele queria.
Viu que antes de ela sair deu uma olhada em todo o local para ver se não o encontrava, ele achava. Porém ele estava bastante escondido e dali ela não poderia vê-lo. Logo depois a viu sorrindo fraco de novo e arrumando os livros saindo do local, ficou pensando como ela ficava bonita sorrindo.
Esperou alguns minutos para certificasse de que ela não estaria o espionando para saber quem era e rumou em direção á árvore, sem esforço algum tirou de lá de dentro o envelope vermelho e o encarou por alguns segundos. Era estranho, mas parecia que o envelope tinha seu cheiro, cheiro de perfume de jasmim. Guardou-o rapidamente dentro do fichário e saiu dali, era melhor lê-lo em casa para que não fosse pego.
Já em sua casa Arthur tomou banho e nem esperou o almoço para poder abrir a carta, tamanha era a sua curiosidade de poder ler o que Lua havia lhe respondido. Ela tinha escrito alguma coisa pra ele também, isso já era um bom sinal, já com a carta aberta ele pôs-se a ler.

Oi, bem, também não sei direito o que lhe dizer.
Realmente você foi a primeira pessoa que me deixou sem palavras, digamos que eu não esperava mesmo que alguém me enviasse cartas algum dia e foi uma grande surpresa pra mim o seu ato. Lhe agradeço por tamanha gentileza. Suas palavras são realmente belas, talvez o que eu esteja escrevendo não esteja lhe agradando totalmente, mas tente me entender, não sei quais são suas intenções comigo porque não me deu muitas pistas e me encontro agora totalmente eufórica e aflita em conhecê-lo pessoalmente. Acredite, passei maior parte da minha tarde tentando imaginá-lo, não fique assustado é só que você me pegou de surpresa.
Sei que escrevi um texto sobre isso, mas não esperava que alguém fosse usá-lo a risca, hoje em dia a maioria dos meninos só pensam besteiras e você me deixou intrigada, espero que não fique incomodado, mas gostaria de estender nossa troca de cartas, poderia responder algumas de minhas perguntas como: A gente é da mesma idade? Estudamos juntos? Fizemos alguma coisa em sala de aula juntos? Ou nos esbarramos em algum lugar?
Espero ansiosamente sua resposta garoto desconhecido...

E lá estava Arthur no jardim do colégio na manhã seguinte, colocando sua carta para Lua dentro da árvore, antes ele tinha olhando pra ver se ela não tinha chegado por ali, mas nem sinal dela. Depois de terminar o que tinha pra fazer ali foi pra sala de aula, o sinal havia acabado de tocar e agora era só esperar a hora de receber sua nova resposta, claro, se ela ainda quiser manter contanto com ele.
Ele ainda mantinha esse medo, talvez ela se cansasse de ficar tendo de escrever cartas para ele, é claro que ele iria aparecer para ela caso ela quisesse, mas cada coisa em seu devido tempo. Foi interrompido pela professora de Português entrando na sala para dá início á aula.

Ok, você quer saber mais sobre mim.
Bom não posso lhe contar tudo, mas adiantando algumas coisas.
Acredito que nós sejamos da mesma idade pois nunca repeti o ano e você com certeza não, claro.
Talvez nós possamos ter feito algo juntos na sala de aula, vou deixa-la na dúvida com essa se não pode perder a graça. Claro que não estou brincando com você, tudo que falei até agora é a mais oura verdade, mas digamos que deixar você na curiosidade em alguns pontos pode ser bom ao nosso favor, não quero apressar as coisas. Pretendo manter contanto com você e quem sabe algo mais no futuro, só o tempo dirá.
Infelizmente nós nunca nos esbarramos mais quem sabe algum dia, não?
Espero sua resposta...

Lua leu cada palavrinha atentamente para não deixar escapar nada do que ele tinha escrito ali. Estava cada vez mais encantada com esse garoto? De onde ele tinha surgido? De uma história de conto de fadas? Ela não sabia, mas tinha suas dúvidas, riu com seu pensamento.
Uma parte da carta não saia de sua cabeça por nada (pretendo manter contanto com você e quem sabe algo mais no futuro, só o tempo dirá). Ele estava interessado nela ou só queria sua amizade? Sua mente martelava essa pergunta com frequência, talvez poderia perguntar á ele o que aquilo significava, mas não queria parecer oferecida, longe disso!
Mas de uma coisa ela tinha certeza, se ele estava querendo brincar com ela estava conseguindo, pois a garota já suspirava pelos cantos com a imaginação em uma pessoa que não conhecia fisicamente, porém ela não deixaria de respondê-lo.
Ele escrevia tão bem, se pegava relendo suas cartas com carinho. Tinha até tirado um pouco de sua inspiração para os textos, ela agora não pensava em outra coisa á não ser Nele.

Me sinto confusa em relação á você. Não sei o que posso esperar de ti e isso me deixa muito aflita. Escute, eu só não quero ter esperanças de uma coisa que talvez possa não acontecer, admito que tenho medo de me magoar e de até alguma coisa que eu disser magoar você. Já sinto como se você fosse uma pessoa muito especial pra mim, isso é estranho porque até agora essa é a segunda carta que lhe mando, mas suas palavras me atingem de uma forma estranha, como se eu já conhecesse você simplesmente pelo que diz.
Sei que pode parecer precoce, mas já gosto de você antes mesmo de conhecê-lo pessoalmente.
Espero sua resposta...

E assim se passaram quase um mês entre trocas e mais trocas de cartas. Lua estava cada vez mais ligada á Arthur, e esse encontrava-se quase que apaixonado pela loirinha. Era um sentimento novo para ambos, talvez eles fossem jovens demais para aquilo, mas já existia entre eles uma força que os ligava.
Lua estava muito impaciente com isso. Ela achava que havia passado da hora de se verem e que ele devia marcar de uma vez um encontro, tanto que na carta de ontem ela o encurralou falando que se ele não marcasse logo o tal encontro ela deixaria de respondê-lo.
Claro que ela falou isso de uma forma delicada, mas não deixou de ser um aviso já que a resposta de Arthur dizia: "Tudo bem, vamos nos encontrar. Que tal no jardim do colégio? Embaixo da árvore onde colocamos as cartas? Pode ser hoje se for de seu agrado. Também não aguento mais me esconder de você".

Agora Lua encontra-se eufórica, finalmente vai conhecê-lo, vai poder falar com ele pessoalmente, sem cartas para impedir de ver seu rosto. Até se arrumou mais que o normal.
Havia passado mais perfume, o cabelo estava impecável e tinha colocado um pouco de maquiagem no rosto. Talvez ele gostasse dela do jeito que ela é, mas não queria parecer feia no primeiro encontro dos dois. No caminho para a escola tinha ido de carro com a mãe e vinha o caminho todo calada, apreensiva, a mãe até tentou dialogar com a garota, mas ela estava um pouco nervosa, porém sua mãe não sabia o motivo.
Entrou no colégio a passos rasos, era agora ou nunca... Colocou alguma de suas coisas no armário e foi para o jardim a procura dele. Quando chegou lá antes de ir até a árvore, ajeitou-se um pouco e foi de uma vez.
Ele estava de costas para ela e ela achava que ele ainda não tinha percebido sua presença, ele era tão bonito de costas.

- Oi. – Falou tímida e de repente ele virou-se, ela abriu a boca para falar alguma coisa mais nada saiu. Sabia quem ele era, estudava com ele em algumas aulas, porém não recordava seu nome, são tantos colegas.
- Oi pra você. – entregou-a uma rosa e ela sorriu para ele meiga, ficaram um tempo se encarando.
- Então, você me mandava as cartas. Desculpe, não me lembro o seu nome. – Fez uma expressão triste, realmente se sentia culpada por não lembrar o nome dele.
- Tudo bem, me chamo Arthur, mas pode me chamar de Thur se quiser. – Ele estendeu a mão para ela e as apertaram timidamente.
- Me sinto estranha aqui com você, parece que nas cartas a gente consegue se soltar mais. – Eles tinham caminhado devagar até um dos bancos dali e se sentado. Ela ainda tinha a rosa na mãos e balançava os pés devagarinho.
- Eu também. – Ele falou. Simplesmente ficaram algum tempo falando sobre a escola e outros assuntos até o sinal tocar indicando a hora da aula, se despediram com um beijo na bochecha (dado por ela) e saíram em direção as salas. Prometeram antes que se encontrariam novamente nas próximas aulas.
Lua praticamente suspirava. “Ele é lindo!” Pensava ela. Tinha os cabelos pretos em um corte topete, sua pele era branca, seu corpo levemente malhado e tinha os lábios rosadinhos. Sorriu mais uma vez pesando nele. Agora sabia exatamente como ele era.

Algum tempo tinha se passado, mas exatamente duas semanas e os dois se falavam regularmente, sorrisos bobos e discretos eram trocados e até já tinham se arriscado em trocar algum segredo engraçado da infância.
Arthur às vezes dava, digamos, que em cima dela com elogios, indiretas e até em umas de suas despedidas na escola ele tinha lhe dado um beijo no canto da boca, na verdade ela não se importaria se ele a beijasse. Já estava desejando isso á alguns dias, mas ele agora não tinha avançado nisso e também não a tinha convidado para sair ou outra coisa, mas também, ela ficava um pouco receosa, não queria fazer feio caso um dia ele resolvesse beijar-lhe ou saísse com ele.
Sua vida amorosa tinha sido até agora um verdadeiro fracasso e por isso ela se guardou para o mundo da escrita. Falando em escrita ela continua escrevendo seus textos, até já mostrou alguns para Arthur antes mesmo de postá-los na internet e ele já tinha também lhe dado ideias novas sobre temas o que ela adorou.

- Qual sua cor preferida, Thur? – Ela já tinha adotado esse apelido pra ele, estavam em mais um dia de aula sobre a árvore onde trocavam as cartas, sentando ali vendo outros alunos passarem distantes e agora faziam perguntas fáceis pra se distraírem
- Acho que verde, e a sua? – Ele virou para olha-la.
- Eu gosto de vermelho. Qual filme preferido? – O olhou de volta e ele pareceu pensar um pouco para responde-lhe essa.
- Na verdade eu não tenho filme preferido, e você? – Ela riu.
- Um Amor pra recordar. – Ele fez uma careta arrancando outra risada dela – Hum... Já namorou? – Ela deu de ombros.
- Já e você? – Agora foi ele quem riu e ela não entendeu muito bem, pois não viu motivo.
- Já, mas não por muito tempo. Minha vida amorosa não é lá essas coisas. – Um silêncio se instalou por um tempo até ela ter outra pergunta em mente – Qual seu maior medo? – Ela falou olhando para o nada.
- Perder as pessoas que eu gosto. Acho que todo mundo tem esse medo, não? – Ela assentiu depois de pensar. Era verdade, ninguém quer ficar longe ou perder as pessoas que fazem bem.
- E você, qual o seu maior medo? – Ele pegou na mão dela e sentiu ela apertar seus dedos com os dela, o toque dela era macio e quente. Ele já tinha pegado a mão dela outras vezes, e todas foram como se estivesse fazendo a coisa certa, agora encarava os olhos dela e ela fazia o mesmo com ele.
- Promete que não vai rir de mim? – Ela falava rindo e ele estava confuso – Vamos, promete! – Ele juntou os dedos em forma de promessa e ela continuou – Tenho medo de você nunca me convidar para sair. - Ela fez um careta e ele gargalhou – Arthur! Você disse que não ia rir. – Ele recebeu dois tapas dela e finalmente seu riso sessou.
- Não seja por isso, levanta Luh. – Ela riu e se levantou, ficou frente a frente para com ele e seguraram as mãos novamente – Lua, você quer sair comigo hoje? –Perguntou sério e ela sorriu.
- Quero! – Falou simples e ele retribuiu seu sorriso. Ficaram um tempo ainda se encarando e depois voltaram a se sentar, porém uma das mãos ainda entrelaçadas.
- Acabaram as perguntas? – Ele perguntou para ela e ela negou com a cabeça fazendo um biquinho fofo.
- Qual seu maior desejo nesse momento? – Ela olhou para ele e vice-versa, ele demorou um pouco ainda para responder, estava com os olhos entre os dela e seus lábios.
- Beijar você. – Falou devagar para que ela entendesse seu recado.
- Eu também. – falou tímida e ele sorriu aproximando-se mais dela.
Colocou uma das mãos em seu rosto e a outra em sua cintura a puxando para mais perto, acariciou o rosto dela antes de olha-la pela última vez antes de juntar seus lábios aos dela. Ficaram alguns segundos com os lábios grudados, mas ele logo adentrou a boca dela com sua língua pedindo passagem a que lhe foi cedida, sorriram entre o beijo e ela colocou as mãos no cabelo dele puxando levemente os fios enquanto ele agora tinha as mãos firmes em sua cintura.
Não sabiam ao certo quanto tempo já durava o beijo, mas ao ouvirem o sinal tocar separaram o beijo com selinhos. Ficaram um tempo com as testas encostadas, a respiração acelerada.
- Eu preciso ir. – Falou já com a respiração mais normalizada.
- Eu também, temos aula agora não é? – Se separaram e se levantaram dali. Lua assentiu.
- Então... Tchau. – Falou baixinho.
- Éh, te vejo mais tarde? – Ele deu um sorriso torto.
- Eu te ligo pra dizer o endereço e tal. – Deram um último sorriso e cada um seguiu seu rumo, mas antes Lua o chamou novamente – Arthur! – correu até ele ficando á centímetros de distância e novamente juntou seus lábios aos dele em um selinho demorado dessa vez.
- Eu te vejo mais tarde. – Deu um sorriso largo para ele antes de se virar e sair dali em direção aos corredores do colégio.
Arthur tinha certeza. Aquela era a garota mais incrível que ele tinha conhecido. E a partir daquele dia surgiu dali o mais lindo e puro amor!

Fim

Por  Amanda Amorim

(N/A): Gente, essa é a minha primeira web de capítulo único, espero que todos vocês tenham gostado de verdade, tentei escrever ela do jeito melhor possível e Nossa! Como fui difícil resumir porque eu sempre quero colocar tudo e esqueço que é de capítulo único kkk, um beijo pra todos vocês e Feliz ano novo atrasado hehe!

Sim, Feliz ano novo. Sim, Nana que atrasou. Sim, eu estou enrolada.
Adorei a história Amandinha. Tá de parabéns!
O blog eu já tenho, falta meu admirador secreto agora kkkkkkk
Quanto a ficar grande nem comento. Minha única ideia de capitulo único me rendeu catorze capítulos. Sou uma tristeza nisso.
Pois bem, aproveitem e comentem... Não é todo dia que se tem uma história fofa, capitulo único e gigante assim.

Beijocas, Nana F.

13 comentários:

  1. eu amo muito essa história! So perfect!!! I love it very much, i need more!!!!!!!!!!! Entendeu amanda? Eu quero mais! Quero uma continuação de muitos capitulos! Deles casando, tendo filhinhos e envelhecendo!!

    ResponderExcluir
  2. Me sinto perdidamente apaixonada por essa história, muita linda e tão encantadora que até me deixou com vontade de ter um admirador secreto desses rs' XxCamila

    ResponderExcluir
  3. Tipo cara eu adorei ever está hist´roia já falei pra amora e tudo! Não pode terminar assim T-T QUEROOOOO CONTINUAÇÃO! Muito linda *-*

    ResponderExcluir
  4. QUE COISA MAIS FOFAAAA!!!!!!!!
    Sem palavras pra descrever o quanto essa história me conquistou!!!
    Parabéns Amanda, você devia escrever mais!

    ResponderExcluir
  5. Web mais que perfeita ! Amei !
    Anita :)

    ResponderExcluir
  6. Nossa Amei!!Amei!!Amei!! muito perfeita essa web parabéns Amanda...Tbm Kero Continuação

    ResponderExcluir
  7. Tenho medo de você nunca me convidar para sair." Quase infartei com isso. Esse excesso de fofura mexe comigo. Kkkkkkk. Podia ter continuação... Virar uma web. Quem sabe. Ela podia encontrar o pai, os irmãos. Sei lá.

    ResponderExcluir
  8. Caraca, essa é umas das histórias mais fofas ever!!!
    Ficou muito linda Amanda!!!
    Já podes fazer a continuação!

    ResponderExcluir
  9. Obrigada pelos comentários gente! Que bom que vcs gostaram :) vou tentar fazer mais webs de cap único mas não sei se consigo fazer a continuação dessa,quem sabe? hehehe só to comentando agora pq depois do meu aniversário nem entrei mais na net e olha que foi dia 20 kkkkkk chegaaa de comentário!

    ResponderExcluir
  10. Caraca , Ficou Perfeita (Como Se Eu Já Não Tivesse Lido ) Mas Tem Que Dar Uma Moralzinha Para A Maninha As Vezes! Quanto A Nana , Quem Sabe ? Talvez Você Já Tenha Um Admirador Secreto E Não Saiba :D

    ResponderExcluir
  11. Amei Amandinha ficou linda e fofa demais. Quero mais parabéns!!!

    ResponderExcluir
  12. Amanda Parabéns! História linda"! Apaixonante.
    Que venham mais...

    ResponderExcluir