terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

My First Love - Capitulo 130


Capitulo 130

POV Arthur
           
Nem acreditava que minha pequena estava ali comigo. Íamos passar o final de semana todo como eu imaginei, juntos, nos curtindo, com muito carinho e amor de sobra. Hoje quando acordei e fiquei olhando ela dormindo, era incrível. Uma sensação boa de felicidade transbordando por todos os lados tomava conta de mim.
Na casa dela enquanto ela arrumava as coisas eu conversei muito com Peu. Pra falar a verdade eu sabia que ele não iria se opor, mas esperava um pouco de cobrança ainda em relação a Lua. Ele mudou muito mesmo, espero que permaneça assim, pois apesar de não querer “forçar” a Lua a ter relações comigo agora, eu quero aproveitar muito nossa troca de carinhos, e fazer que ela, mesmo distante durante a viagem se lembre de tudo.
Não vou mentir que não é fácil me controlar quando tenho certeza de que ela é a pessoa certa pra minha vida. Mas sei o quanto ela iria sofrer quando não tivéssemos mais perto, e o quanto poderia se arrepender se ao chegar lá, ou ao voltar da viagem, dar conta de que eu não era o seu grande amor.
Nessa idade o que mais acontece são os amores e desamores, os quais não passam de paixõezinhas e apesar de não parecer, não sei ao certo se no caso da Lua eu também não passaria com o tempo. Espero que não, pois eu ainda tinha muito amor pra dar a essa garota.
O nosso dia foi perfeito, piscina, sol, carinhos, abraços, beijos, tudo que tínhamos direito. Tá certo que não me agradava muito ter que dividir a atenção da Lua com a minha irmã e a Sophia, e que no inicio ainda fiquei meio receoso da presença de Peu, mas foi tudo tranquilo.
No cair da noite Pedro me avisou que ia embora, dormir em casa. Na verdade ele ia era aproveitar a casa sozinha com Gabi que eu sei. Perguntei novamente se ele realmente estava tranquilo em relação à Lua ficar comigo em casa, pois não queria cara feia depois. Ele me disse simplesmente que não existia nada melhor pra ele que ver aquele sorriso estampado no rosto dela depois de ver tanto tempo ela triste pelos cantos.
Aquilo de certa forma me machucou lá no fundo. Eu podia descrever perfeitamente o que ela tinha sentido durante aqueles dias, pois eu sentia a mesma coisa por está longe dela. Não me culpava mais por ter beijado outra garota ou pelo meu mau humor constante que nos levou aquele bendito tempo. Sei que na verdade foi um erro de nós dois. Erro por ter deixado coisas simples nos derrubar, nos atingir. Mas não demorei muito tempo pensando nisso.
Depois de acompanhar Peu e Gabi até o portão voltei pra piscina de onde ainda não tínhamos saído. Pra meu desconforto ouvir uma conversa das meninas, as quais diziam que queriam aproveitar a noite delas também indo pra uma tal festinha na casa de alguma colega.
Posso jurar que minha cara ao sentar numa das espreguiçadeiras não estava nada boa pelo olhar tenso da Lua.
- Psiu! – ela me chamava encarando-me sentada na beira da piscina onde estava com as meninas – Aconteceu alguma coisa?
- Nada não! – eu tentei relaxar, mas era impossível após ouvir minha irmã falando que queria aproveitar a noite.
Juro que passou tanta besteira na minha cabeça que por um momento quis dar um de “Pedro-das-cavernas” e a prender no quarto. Vinha na minha cabeça tudo que rolava comigo e com a Lua que tinha a mesma idade dela, e ao imaginar que nem todos os caras pensam como eu e resolve não passar dos limites eu pirava.
- Fala logo Thur. – Lua falou ao sentar do meu lado, quando na verdade eu nem tinha visto ela se aproximando.
- As meninas querem sair é? – perguntei tentando disfarçar.
Lua logo me respondeu que sim, e após alguns minutos de conversa descobrir tudo da tal festinha, e percebi que não era nada demais. Apenas mais um daquelas tão famosas noites do pijama que elas tanto faziam onde só se encontravam garotas, que para os pais eram menininhas, mas dentro das mochilas tinha garrafinhas de bebidas escondidas. A começar pela maluca da minha irmã.
Ao descrever a festa assim, Luh logo me tranquilizou falando que bebida não rolaria, afinal, os pais da garota dona da festa estariam em casa, seria mesmo só pra falar sobre os garotos, assistir filmes e coisinhas de menininhas.
Perguntei se ela também não queria ir, me incomodando com a simples possibilidade de um possível sim como reposta, quando ouvir algumas palavras que serviram de musica para os meus ouvidos “Pra que eu vou pra uma festa falar de garotos, quando o único garoto que eu quero vai passar a noite toda namorando comigo”. Sim, isso saiu da boca daquela garota que todos acreditavam, inclusive eu, ser o poço de inocência.
As meninas entraram forma tomar banho e se arrumar correndo pra eu poder leva-las, enquanto eu e Luh ajeitávamos alguma coisa na cozinha pra gente comer quando voltássemos.
Não demorou muito para as duas ficarem prontas, eu e Lua apenas agilizamos uma macarronada simples e deixamos praticamente tudo pronto. Como não deu tempo pra banho, eu apenas coloquei uma camisa, já que estava de bermuda e fiz a Lua colocar uma camiseta, já que a mesma ainda se encontrava com um minúsculo short e a parte de cima do seu biquíni apenas. Ela na verdade queria ficar pra ir tomando logo banho, mas eu não a deixaria sozinha nem um segundo.
Após deixarmos as meninas na festa, o celular dela toca. Era a mãe dela. Vi que ela atendeu um pouco nervosa, falou pra mãe que ficaria lá em casa, mas como sendo a casa da Mel, que Pedro tinha passado o dia com a gente e que estava tudo certo, mas que iria aproveitar que já tinha falado com a mãe pra desligar o celular, já que Matheus insistia ainda em ficar ligando, mesmo sendo sempre ignorado.
Mesmo a conversa acabando bem, percebi que ela estava nervosa com alguma coisa e eu teria que descobrir com o que.


Por Nana F.

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