Capitulo
149
POV Lua
Aquela viagem não poderia
acabar bem. Não da forma como começou, eu realmente fui muito grossa e fria com
ele, e agora é cada um seguir seu caminho. O Arthur achou pouco tudo que
tínhamos passado e na primeira oportunidade ficou com Luciana. Eu também não
fiquei atrás. Dei dor de cabeça ao estremo pra Peu. Toquei o terror e fiquei
com uns três garotos diferentes durante toda férias.
A Julia meio que se irritou,
por eu não ter falado nada com Luciana, e ter ficado quieta vendo ela com o
Arthur todos os dias. Eu não tinha direito disso. Minha amizade com ela era
muito superficial. Só conhecia mesmo por nós termos morado juntas, mas éramos
bem diferentes. Minha amiga mesmo sempre foi a Ju, deixei eles se envolverem,
não queria demonstrar a ninguém o quanto eu sofria.
No final das férias
finalmente aceitei conversar com ele, mas não era nada relacionado a voltarmos,
era apenas pra tentarmos convivermos bem. Foi uma conversa fria, sem nenhum
tipo de emoção, carinho, muito menos ofensas e trocas de culpas. Foi meio que
um acordo de boa convivência, no qual fingíamos pra nós mesmos que estava tudo
resolvido.
Aquele foi um ano difícil,
minhas amizades continuavam as melhores do mundo, a Soph e a Gabi sempre fofas,
prestativas, conselheiras, assim como antes. Chay e Mica, mesmo distantes eram
meus irmãozinhos por encomenda. Julia tinha contato, mas devido às aulas, ano
de vestibular, nos víamos pouco. Luciana, pelo que eu saiba continuava
namorando firme e forte com o Arthur, ele realmente me esqueceu.
E Melzinha, era minha amiga
mais batalhadora, essa sim sabia o quanto eu sofria ainda, o quanto tudo aquilo
me machucava, mas tentava sempre me colocar pra cima. Nunca sequer misturou sua
posição de irmã do Arthur e cunhada de Luciana, com a amiga de todas as horas
pra mim. Sem contar que como queríamos fazer a mesma faculdade nos aproximamos
muito estudando sempre juntas.
Os estudos de verdade foi
minha válvula de escape, foi meu porto seguro nos finais de semana, e a Mel
estava sempre ali junto comigo, menos quando o Chay vinha do Rio pra visita-la.
Fiquei muito tempo mantendo
distancia da casa de Mel em horários que eu sabia que Arthur estaria em casa. Apesar
de fingir que estava tudo bem, me machucava muito ainda encontra-lo e ter que
sorrir e fazer de conta que éramos amigos.
O ano se passou, vestibular
chegou, a Soph queria moda, eu e a Mel medicina, e lá fomos atrás do nosso
sonho. Muitas foram as faculdades e cidades que tentamos. E o resultado não
poderia ser melhor. Entre os locais de aprovação de cada uma, passamos todas numa
mesma faculdade no Rio de Janeiro. E foi pra lá que eu decidi que iria.
Felicidade era meu nome! Pra quem sobreviveu quase dois anos em Londres, o Rio
seria o quintal de casa, e o melhor, longe do Arthur, e morando com minhas
melhores amigas, no mesmo prédio dos meus amigos. Só faltava Gabi, mas essa já
estava na faculdade há algum tempo, e perto do meu irmãozinho claro.
No primeiro ano da
faculdade, só fui pra casa no aniversário dos meus pais e nas férias. Nem no
aniversário de Peu eu coloquei meu pé em casa. Eles que sempre que podiam
vinham me ver. Pedro ficou furioso no aniversário dele, mas não fui mesmo
porque teria prova no dia da festa e na segunda feira seguinte. Seria
impossível. E outra, só voltei pra casa nas férias no final de ano por causa da
formatura de Pedro, e consequentemente do Arthur.
A festa foi excelente. Só
diversão, todos nós juntos novamente, claro que agora com a Luciana de brinde.
Agora tudo era Luh pra cá, Luh pra lá.
DROGA! Luh aqui antes era
eu!
Isso me irritava e pra
variar o Chay percebia. Esse sim sabia reconhecer cada gesto meu, cada olhar
triste ou sorriso falso que eu dava. Juro que se não fosse por Mel, eu iria
fazer de tudo pra namorar o Chay, satisfazer as vontades de antigamente do meu
pai. Se bem que seria um relacionamento fraternal, quase incestuoso, visto que
eu o tinha como irmão.
- Ela pode ser Luh, mas eu
ainda prefiro minha Luinha aqui. – Mel tentava me animar.
- Amiga, não mistura as
coisas vai. Ele tá feliz assim, tenho que encontrar alguém também, e desse ano
não passa. – fiz a promessa pra mim mesma, fazendo a Mel gargalhar.
- Luh, você falando assim
parece uma velha encalhada, quem ver até pensa que você não arrasa corações no
Rio. Toda festa é um estrago. – Mel falava devido a minha tentativa de
encontrar alguém, mas nunca conseguir.
- Não Mel eu tenho que achar
o certo, alguém que eu consiga conviver por mais de duas semanas sem me lembrar
do seu irmão. – falei dando risadas.
Sério isso, eu não ficava
com muitos como parecia, o problema é que não conseguia me envolver com
ninguém. Todos me pareciam interesseiros, superficiais, frios. Em nenhum achei
o carinho, a proteção, o amor que eu precisava. E o máximo de tempo que eu
conseguia conviver era um mês, tempo suficiente para o cara tentar dar um passo
além na relação e eu não permitir. Só podia ser praga do Arthur isso.
Por
Nana F.
eles vao ficar muito tempo assim?? amo sua web nana
ResponderExcluirPosta mais por favor
ResponderExcluirLuciana,cobra e fura olho u.u ela sabia do estado da Lua com o Arthur e mesmo assim não se importou
ResponderExcluirEsses dois só complicam..
ResponderExcluirAMO MFL
Aiai, sabe que eu também detesto a Luciana u.u XxCamila
ResponderExcluirMais uma vez tenho um empurrãozinho das webs. A Lua e a Mel querem medicina que nem eu.
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