terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

My First Love - Capitulo 151


Capitulo 151

POV Arthur

Após aquelas férias, mesmo conversando com a Lua e tentando retomar nossa amizade, sabia que nada mais seria do mesmo jeito. Minha menina inocente foi pra Londres e ficou por lá. Lua tocou o terror nas férias, não perdeu tempo e eu devo ter visto ela com uns três carinhas diferentes. O que me deixou furioso, e me fez engatar de vez um possível namoro com Luciana.
Ela era uma garota legal, gostava de festas, de sair, mesmo com pouca idade tinha mais independência que a Lua. As coisas meio que caminhavam de pressa em nosso namoro, mas faltava emoção, faltava à sensação de necessidade da presença do outro. Sei lá, era estranho. Saiamos sempre, mas no dia que por algum motivo ela falava que não poderíamos nos encontrar não me abalava, nem me fazia senti falta dela.
Sem duvidas ela foi o meu porto seguro no inicio do namoro. Foi quem me tirou os dias tristes e me fez acreditar que poderia sim viver sem minha Lua. É assim mesmo, minha Lua, nunca conseguir aceitar que ela não é mais minha. Isso me partia o coração, sabia que ela não me queria mais, mas ainda rolava uma esperança de que viveríamos bem.
Quando ela aparecia aqui em casa pra estudar com a Mel, era como se tudo voltasse no tempo. Minha vontade era de abrir a porta e poder abraça-la como fazia antes, de subir com ela escondido para o meu quarto, de fazê-la acreditar que eu seria o único capaz de ama-la daquela forma.
Com a notícia de que tinham passado no vestibular numa faculdade do Rio, mais um pedacinho de mim se desmontou. Como poderia sentir ela por perto longe de mim? Não entendi o porquê que ela não ficou aqui em São Paulo, já que passou na faculdade daqui também. A única coisa que a Mel me disse é que ela queria ficar fora da cidade, e assim morariam juntas. Por um lado foi bom, a minha irmã sempre me manteve informado.
Ela sim sabia o que eu ainda sentia, e mesmo tendo a Lua como sua melhor amiga nunca me recriminou ou intrometeu nos nossos problemas. Apenas pedia pra eu não machucar a amiga dela, que era muito ruim sofrer por isso. Como se eu não soubesse.
As resenhas que vinham do Rio eram sempre tensas pra mim. Os meninos nunca falavam das coisas que a Lua aprontava ou dos garotos que ela ficava, por receio a possíveis reações nervosas de Peu, mas a Mel sempre dava um jeitinho de me contar o quanto minha pequena estava arrasando corações naquela cidade, o que me fazia sentir um bagaço e me prender ainda mais a relação com a Luciana na esperança de um dia superar tudo isso.
Minha formatura chegou. Todos meus amigos, minhas amigas, minha namorada, minha Lua. Foi uma festa incrível, apesar de sentir que a Lua se incomodava um pouco com a presença da Luciana, não sei se é porque eram amigas antes, mas tinha algo estranho.
Comecei trabalhar na empresa com minha mãe. Era muito bom caminhar em busca de minha independência, sentir-se útil em alguma coisa. Peu cuidava da empresa da família, na qual ele conseguiu uma vaga pra mim logo de inicio e eu recusei. Não poderia ficar preso aos Blancos pra sempre.
Bom, dois anos de namoro foram o suficiente pra Luciana começar a soltar indiretas e os pais dela começarem a exigir uma postura minha. Nunca soube lidar com pressão em meus relacionamentos, e não foi muito diferente. Chegamos a discutir, pensei em terminar tudo, mas logo a lembrança de que foi ela que me salvou quando eu mais precisei veio em minha cabeça e decidir que ficaríamos noivos agora, e que seria no mínimo um ano pra ajeitarmos nossa vida direito e ai sim nos casarmos.
A Luciana vinha de família rica, cheia de frescuras, e ela era sem limites, o que me preocupava um pouco. Pois mesmo vivendo bem financeiramente eu não queria me casar pra depender da minha mãe ou dos pais dela. Queria me estabelecer primeiro.
Avisei aos meninos que queria todos aqui no final de semana, pedi que a minha mãe convocasse a Mel e as meninas também. Avisei a Peu pra falar com Gabi, e ao saber que a Lua não viria nem insistir nada, não queria constrangimento pra ela.


Por Nana F.

3 comentários: