Apenas um feriado... Ou não! - Capitulo 11

Capitulo 11

Entre beijinhos, abraços, carinhos, e pirraças de Chay, eu fui ficando cada vez mais encantada com Arthur. Aonde esse garoto se escondia na faculdade que eu nunca tinha visto? E por que Chay só me aparecia com amigo mala antes? Estávamos deitados na parte da frente da lancha, eu entre as pernas dele, de forma que minhas costas estavam apoiadas no peitoral, e nossas mãos trançadas na minha cintura, quando resolvi conversar.

- Você anda com o Chay há muito tempo? – perguntei a fim de esclarecer minhas duvidas.

- Tem um tempinho já. Desde o início da faculdade. – ele respondeu.

- E por que eu não te conheci antes? – epa! Falei demais e ficou parecendo declaração, corrigindo... – Digo, eu não me lembro de você com ele em lugar nenhum.

- Reconheço minha insignificância – ele deu um de vítima – Mas vai ver que é porque eu não sabia que ele tinha uma prima tão linda.

- É sério. Eu me lembro do Micael e da Soph na faculdade, de você não. – perguntei e ele me deu um beijo.

- Eu tinha namorada até pouco tempo atrás. – ele me pareceu sério – Ela não valia um real, os caras nunca gostaram dela e eu demorei pra enxergar quem ela realmente era.

- Ok! Desculpa, foi mal tocar nesse assunto. É só porque eu fiquei curiosa, não foi por... – me interrompeu.

- Shhii... – virou meu rosto pra ele com o dedo em meus lábios – Eu não me importo de falar sobre isso. Só fico sem jeito de falar pra você. É estranho.

Concordei com um aceno de cabeça positivo e nos beijamos, sendo interrompidos pela milionésima vez por Chay, que falava que ver a prima mais nova fazendo isso não era legal.

- Posso te pedir uma coisa? – Arthur falou baixinho comigo.

- Mais uma? Desde ontem você só sabe pedir e não me dar nada em troca. – falei rindo – Brincadeira! Pede, se eu puder fazer.

- Ao invés de irmos pra casa dos caras hoje a noite, sai só comigo? – ele praticamente sussurrava, como se pra ninguém ouvir.

- E nós vamos pra onde? Comer pizza na piscina? – eu fazia graça ainda – Não vou te dar na boca novamente.

- É surpresa. – ele beijou meu pescoço e permaneceu coma cabeça ali – Prometo que não vai se arrepender.

Concordei.

Terminamos esse passeio, chegamos em casa e eu só queria um banho e algumas horas de sono. Com Mel e Sophia tagarelando no quarto era impossível dormir. Resolvi ir pra sala, mas lá já se encontrava os três mosqueteiros assistindo futebol. Fiz uma cara de desgosto com meu travesseiro na mão e Chay logo me perguntou o que era.

- O jogo vai demorar?

- Levando em consideração que começou há cinco minutos, faltam quarenta desse tempo, quinze de intervalo, mais quarenta e cinco do próximo, uns cinco de acréscimo... Deve faltar uma hora e quarenta... Quase duas. – tanto calculo e eu não entendi nada – Por quê?

- Queria dormir um pouco.

- O quarto? – ele perguntou confuso.

- Meninas conversando incontrolavelmente.

- Vai deitar no nosso. A gente tá por aqui mesmo. – Micael deu a dica.

- Tudo bem por vocês? – perguntei aos outros dois que deram de ombros – Valeu então.

Quando já estava subindo, minha surpresa.

- Luinha! – Arthur me chamou – Se eu quiser ir dormir, eu posso ir pra lá também?

- Olha o respeito com minha prima maluco. – Chay falou dando um tapa no pescoço dele.

- Eu falei DORMIR imbecil – Arthur respondeu dando um tapa de volta – Não preciso da sua autorização pra nada seu mala.

- Por mim! – dei de ombros.

Não vou mentir que fiquei constrangida com a proposta na frente dos garotos. Por mais que não fosse acontecer nada, mas era estranha a situação.

Entramos no quarto o qual era bem grande, e diferente do que eu e as meninas estávamos que era uma cama de casal e duas de solteiro, esse tinha duas de casal e uma de solteiro. Eu deitei na cama menos bagunçada, uma de casal da ponta. Era muita coisa nas outras pra eu tirar de cima e escolher.

- Ei, sentiu meu cheiro ai foi? Essa cama é minha. – Arthur falou ligando o ar, e tirando a camiseta.

Não. Era muito para os meus olhinhos. Criatura mais perfeita. Tenho certeza que esse menino foi desenhado, não é possível. Ele se aproximou da cama.

 - Encosta pra lá folgada. Eu também vou dormir – ele falou sentando na ponta da cama na qual eu deitei no meio.

- Como ele é delicado. – eu falei brincando – Não sei o que eu vi nele.

- Também não sei, mas ainda bem que viu. – ele falou rindo, me abraçou e deu um beijinho rápido.

- Eu realmente estou com sono. – falei bocejando já.

- Eu sei, seus olhinhos não negam. – me deu um beijo na testa – Se incomoda se eu ficar aqui assim com você?

- Desde que você durma e não fique me observando, tudo bem. – falei ficando de lado, frente a frente com ele, e ajeitando meu travesseiro de forma que meu rosto ficasse próximo ao seu peito.

- Eu também vou dormir. – falou baixinho e permaneceu abraçando minha cintura.

Assim apagamos. Acordei com Sophia entrando no quarto e perguntando se a gente não ia pra festa, que os meninos queriam se arrumar. Coloquei logo as mãos no meu rosto, cobrindo enquanto ela acendia a luz.

- Desliga isso, deixa eu sair daqui primeiro. – falei tendo certeza que estava com a cara amassada.

- Vai fugir sem me dar nem um beijo? – Arthur sentou do meu lado me puxando pela mão.

- Eu estou horrorosa, acabei de acordar. Depois dou beijo. – pulei da cama, mas ao tentar saltar ele, fiquei presa.

- Não tem como ficar horrorosa. Quero beijo agora. – ele me segurava pelo pulso com a perna por cima de mim. Uma verdadeira loucura.

Cedi a um beijinho rápido e corri para o meu quarto, não sem antes avisar a Sophia que eu não iria. Arthur ainda ficou conversando com ela e os meninos por um tempo, mas logo todos saíram. Já se passavam das 21h00 quando Arthur bateu na porta do meu quarto.

Por Nana F.