Diário de Férias - Capitulo 26 - parte 3

- Pov Lua – Diário -

Ok querido diário, assim como a minha noite de ontem foi a melhor da minha vida, a minha manhã de hoje foi tenebrosa. Mas vamos por partes.

Estava conversando com Soph quando recebi a mensagem de Arthur confirmando o horário. Não demorou muito e ela recebeu uma de Chay falando sobre um jantar romântico na casa dele hoje. No mesmo minuto tive minha mente fervilhando em pensamentos, dos mais variados aos mais impuros. Confesso que minha vontade de me entregar de uma vez pra Arthur era cada vez maior, eu necessitava disso. E seria hoje.

Logo pensei em deixa-los meus amigos se divertindo no apartamento deles sozinhos, se é que me entendem. E o convite de dormir por lá feito por Arthur, seria mudado. De certa forma se ele quisesse realmente algo, faríamos, e se não quisesse seria apenas mais uma das tantas noites que dormimos lado a lado.

Me arrumei e comecei a encarar cada minuto que passava no relógio. O tempo andava pra trás só pode. Finalmente meu celular tocou, eram 19h37, quase pontual.

Aquela voz deliciosa me chamando de garota do Brasil, só não era melhor que o MINHA que vinha antes do meu querido apelido. Eu me sentia dele, e queria ser ainda mais.

Jantar no restaurante da Torre Eiffel, não podia ser mais romântico. Uma vista maravilhosa, uma comida exemplar, e a melhor companhia que alguém poderia encontrar aqui em Paris. Por onde eu andei esse tempo todo hein? Arthur poderia ter aparecido na minha vida antes.

Ele era um misto de homem safado, conquistador, garoto bobo e brincalhão, apaixonado e sedutor, menino carente e lindo. Eu o queria pra mim, pra sempre.

Quando neguei ir pra casa dele, juro que tive medo de outro show dele igual o da primeira vez que dormir na sua casa, mas ele logo concordou, mesmo contrariado.

Avisa-lo que era pra ele subir comigo, me fez rir muito. Ele parecia um adolescente que o pai entregou a chave do carro, pela primeira vez na vida. Uma coisa bem fofa. Mas esse jeito de menino logo deu lugar a um Arthur fogoso e apressado.

Nossa noite foi linda. Beijos, carinhos, amor, palavras sussurradas em francês pelo brasileiro mais lindo que já conheci. Nada poderia ter saído melhor durante a nossa noite. Só a manhã do dia seguinte.

Escutei aquela coisa gritante na manhã seguinte, mas eu rezava pra que fosse algo distante do meu quarto. Logo que senti Arthur se movimentando na cama, pensei em olhar pra ele, mas logo pensei que a depender do telefonema em questão ele poderia ficar sem graça.

No meio de tanta discussão dele com o pai eu só conseguir entender algumas coisas. Primeiro, que a briga toda era fundamentada nos gastos excessivos do garoto e na sua vida de curtição. Segundo, ele só sabia disso porque vigiava os passos do garoto. Terceiro, Arthur contou pra ele que eu era especial, que queria me conquistar, apesar de não ter falado pra mim. E quarto que novamente ao tocar no assunto mãe com ele, tudo desandou.

Aquele jeito furioso foi capaz de sobrar até pra mim, mas eu me controlei. Não queria brigar, queria aproveitar cada segundo possível, mas ele pediu um tempo pra esfriar a cabeça e eu dei.

Resultado do dia: Tomei café sozinha, Almocei sozinha, e estou prestes a ir jantar sozinha. Ele não apareceu.

Acho que novidades agora só amanhã querido diário. Até lá.

Por Nana F.