domingo, 30 de junho de 2013

Apenas um Feriado... Ou não! - Capitulo 14 - Final


Capitulo 14

Segunda feira, 19 de novembro de 2011

Ir pra faculdade nunca foi tão tenso.
Será que eu o encontraria lá? Será que ele falaria comigo com o mesmo carinho?
Duvidas, duvidas e mais duvidas passavam pela minha cabeça.
Assistir as aulas com a cabeça a mil. Conversei com as meninas, Sabrina se encontrava em inicio de rolo com o Marcelo, e Mel assumindo todo o sentimento existente por Chay. Só não digo que ela estava do mesmo jeito que eu, porque meu querido primo já havia mandado pra ela uma mensagem de bom dia fofa pelo celular.
Durante o intervalo nem fui até o refeitório, teríamos aula pratica e o caminho foi direto para o laboratório. Aquele mesmo em frente ao estacionamento. Reconheci logo os dois carros, ali em frente parado.
- Lembranças do carro, senhorita Blanco? – Mel me perguntava irônica.
- As mesmas suas, Melanie querida! – respondi no mesmo tom e adentramos no local da aula.
Antes mesmo daquela aula chata e cansativa acabar – certo, nem era tão chata, eu que não tinha concentração nenhuma – pude perceber um movimento no estacionamento, e ao encarar pelo vidro da sala pude ver que o motivo do barulho, nada mais nada menos que Chay, Mica, Sophia e Arthur.
Sinto logo Mel me cutucando e olhando na mesma direção. E soltou um suspiro pesado. Podia garanti que minha amiga estava apaixonada igual euzinha aqui.
A tarde chegou, prova amanhã, hora de meter a cara no livro e estudar. Pelo menos serviu pra espantar as lembranças. A noite chegou que eu nem vi.
Fui dormir cansada. E ainda bem que não deu tempo pensar demais no meu belo feriado.

Terça feira, 20 de novembro de 2011

Fazer a prova foi até fácil. Me enfiei tanto naqueles livros tentando não pensar em Arthur que mandei bem. Sorte minha!
Saímos da aula, eu, Mel e Sah, por volta de uma da tarde. Tínhamos combinado de colocar todas as fofocas em dia almoçando juntas no shopping. O tempo passou e conversamos sobre tudo da viagem. O quase namoro de Sah com Marcelo, o Chay e a Mel com mensagens carinhosas o tempo todo – eu estava até achando esse lado fofo do meu priminho engraçado – quando do nada as duas param olhando pra mim.
- E você? – Sah perguntou.
- E você o quê? – perguntei confusa em resposta.
- Não se faça de boba, Lua. – Mel me encarava.
- Se vocês começarem a fazer sentido, eu respondo. – falei irritada com aquela pressão toda em cima de mim.
- Você e Arthur, o que mais seria? – Mel perguntou como se fosse óbvio.
- Já contei tudo o que aconteceu. Juro que não falta nada. – realmente eu tinha contado. Exceto que eu estava em estado de paixonite agudo.
Elas eram minhas amigas e estavam bem. Não queria ninguém com carinha de pena pra mim, como se eu tivesse sido abandonada.
- E depois? Nenhum telefonema, mensagem, nada? – Sabrina perguntou como se fosse obrigado algo ter acontecido.
- Não Sah, não aconteceu mais nada, acabou no domingo à noite, foi... Apenas um feriado. – falei tentando não demonstrar tristeza.
Já se passavam das três horas quando meu celular tocou. Já estava a caminho de casa. Sah tinha ficado no shopping aguardando Marcelo e Mel foi pra casa dela fazer algo pra mãe. Era uma mensagem.

"E ai, tudo bem com vc? Espero que tenha se dado bem na prova. Bjo, Thur"

Parei no meio do caminho, sem conseguir movimentar nem um dedinho. Perdi a conta de quantas vezes eu reli aquele pequeno texto. Sorri igual uma boba abestalhada só por pensar que ele tinha se lembrado da minha prova. E agora, responder, ou não responder?
Ou melhor! O que responder?
Ignorar mostraria indiferença, e eu não queria isso de forma alguma, pelo contrário.
Responder era a solução, mas falar o que?
Apenas da prova? Não, isso seria frio demais.
Puxar outro assunto poderia parecer intromissão. Ok! Pensa Lua, você tem duas quadras até chegar em casa, pegar esse celular e responder o gatinho do feriado. É sua chance garota.
Respirei fundo e andei tão rápido, que até agora não sei como não tropecei na minha própria perna.
Vamos lá... Como eu começo?
‘Olá’... Não, isso parece formal demais... Oi. Um simples “oi” fica melhor.
‘Oi Thur, estou bem e vc? A prova foi ótima’... Não, ótima não, parece que sou certinha demais. Boa. A prova foi “boa”.
É... Acho que agora ficou bom.

"Oi Thur, estou bem e vc? A prova foi boa, 
e a sua amanhã, preparado?
 Boa sorte! Bjo, Lua."

Ok! Foi. Dei a deixa pra se quiser conversar, me responder. Agora é com ele. Esperei dez, vinte, trinta minutos. Nada! Vou tomar um banho e relaxar. Uma bacia de pipocas com filme água com açúcar, é o melhor que eu faço.
Esqueci a economia de água necessária para o futuro do planeta enquanto me afogava no chuveiro. Relaxei até mais que o permitido. Escolhi uma roupa simples com calma. Uma simples camiseta dos Beatles e um shortinho jeans e sair do meu quarto. Meus pais hoje trabalhariam até as dez. Ou seja, solidão, aqui vou eu.
Passavam das seis quando eu terminei de comer um misto quente com suco de laranja na cozinha. Desistir da pipoca. Seguia alegremente pra sala pra ver a novela, pois me pareceu bem menos depressivo que o filme. Quando me acomodei no meu sofá, e apontei o controle remoto pra tela, à campainha toca.
Por que mesmo que eu não tenho um empregado disponível o dia todo hein? Que saco!
Levantei mal humorada e caminhei até a porta. Mas ao abrir meu grau de surpresa quase me fez cair dura no chão.
- Ar... Arthur?! – falei surpresa, e gaguejei. Que lindo, Lua, parabéns! Só que não.
- Atrapalho algo? – ele me olhou confuso – Posso voltar outra hora. Eu tentei avisar...
- Relaxa! – respondi mais segura – Só me assustei por não esperar.
- Eu tentei avisar, mas seu celular tá chamando e caindo na caixa de mensagens. – ele me explicou enquanto eu abria espaço pra ele entrar em casa – Eu estava aqui perto e arrisquei saber se você estava em casa.
- O celular tá no quarto. Foi mal. – falei dando de ombros e me sentei no sofá sendo acompanhada por ele – A que devo a honra da visita?
- Queria te ver. Senti falta das suas risadas.
- Ótimo. Pode começar fazendo suas palhaçadas. Estou pronta pra rir. – falei já fazendo graça. Senti que ele estava tenso e o clima pesado não era legal.
- Tô sem graça hoje. Por incrível que pareça, estudei a tarde e meus neurônios se fundiram. – falou com uma careta engraçada e eu me acabei de rir.
Era assim que eu ficava ao lado dele. Sorrindo de tudo, achando graça de brincadeiras bobas, feliz da vida.
- Agora é sério. Eu vim aqui por outro motivo. – ele realmente falava sério.
- Pode falar. – me virei de lado ficando de frente pra ele no sofá.
- Eu fiquei com algo seu. Na verdade foi sem querer, mas achei que pudesse servir de lembrança. – ele começou a se explicar.
- Ficou com o que? – olhei confusa – Eu não senti falta de nada meu.
- Seu brilho! – ele tirou do bolso da jaqueta – E antes que você pense que eu queria usar isso, explico logo que guardei como lembrança.
Inevitável não sorrir.
- Tá, e você veio me devolver meu brilho? Podia ter me entregado na faculdade, não preci...
- Eu não vim só te devolver. – ele passou a mão pelo meu rosto – Eu vim matar a saudade. A lembrança não foi o suficiente.
Ele selou nossos lábios num beijo longo, saudoso, intenso, e delicioso. Como era bom poder tê-lo novamente por perto. Sentir o cheiro dele, que era só dele. Aquelas mãos quentes tocando levemente meu corpo. Eu não queria que ele se afastasse mais. Nunca mais! – Acho que já falei isso.
- Saudade do seu beijo, do seu gosto, de seus carinhos. – ele falava ainda com o rosto próximo ao meu. Onde nossas respirações ainda chocavam com a pele do outro.
- Também senti falta disso. – respondi baixinho, minha voz tinha ido passear em algum lugar e a sensação que eu tinha é que se tentasse falar mais alto, sairia algo esganiçado.
- Quero beijo de morango. – ele falou me entregando o brilho e com o sorriso de criança que aprontava algo.
- Você vai acabar com ele assim. – falei como se tivesse furiosa – É melhor ir desacostumando logo.
- Não se preocupe. – ele me encarava enquanto eu passava meu brilho despreocupadamente – Eu estou disposto a comprar uma dúzia deles só pra você usar e me beijar toda hora.
- Vai ficar todo borrado. – falei rindo.
- Tem nada não. – ele falou baixinho beijando meu pescoço e subindo para meus lábios, até parar e me olhar confuso – Tá sozinha em casa?
- Estou! – nos beijamos novamente.
Era tão bom senti-lo perto de mim. Todo carinho, todo toque era como se fosse único e o ultimo. Eu não sabia se aquilo seria duradouro, ou se era apenas uma carência momentânea.
- Isso tudo, era saudade do gosto do brilho? – perguntei irônica enquanto ele me encarava em silêncio, e me deixava constrangida.
- A saudade era de você mesmo. Mas a desculpa do brilho caiu direitinho.
- Cachorro! – falei fingindo indignação – Você me enganou?!
- Não! – ele sorria daquela forma mais linda de todas – Falando sério. Eu precisava de um beijo de boa sorte pra fazer a prova amanhã. E precisava te dar um beijo de parabéns pela sua prova de hoje.
- Ok! Virei amuleto da sorte? – levei na brincadeira – Quando é mesmo a sua próxima prova? Vou marcar na agenda e ficar esperando sua visita.
- Tudo bem eu assumo. – ele falava um pouco mais sério agora e colocou uma mecha do meu cabelo atrás da orelha – Se você tiver afim, eu tô querendo poder te visitar todo dia, te ver todo dia, ficar com você todo dia.
- Eu acho... Acho que ainda não entendi. – eu encarava confusa.
- Você me parecia mais inteligente. – ele sorria – Eu quis dizer que quero ficar com você, quero namorar você. Agora entendeu?
- Hmm. Entendi! – falei parecendo calma, mas se eu não estivesse sentada, cairia no chão.
- Sim, entendeu, mas e ai? Aceita? – perguntou e eu permaneci muda podendo perceber a inquietação dele – Fala alguma coisa, Luh!
- Só se você comprar mais brilho de morango. – falei brincando com o brilho na minha mão.
- Quantos você quer? – ele me deu um selinho demorado – Dez? – outro beijinho – Vinte? – continuou com beijinhos – Mil?
Ele era o carinho em forma de gente. O namorado ideal que qualquer garota sonha. Inteligente, lindo, legal, engraçado, romântico... Mas era meu. Só meu.
E isso, porque era romance de apenas um feriado... Ou não!


Por Nana F.

14 comentários:

  1. Onw que lindos :-D Arthur também xonou no brilho kkk

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  2. Essa web como todas as suas vai deixar saudades Nana! Mais uma web linda e perfeita do Blog!

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  3. Não foi msm. Dorei a web Nana! Parabéns.

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  4. AAAAAAHH QUE PERFEIÇÃO DE WEB! Thur todo carinhoso, apaixonado por brilho, fofo, é bom demais!!

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  5. A boca da Lua continha o brilho, o Arthur xonou nele e eu xonei no Arthur *u* Grupo perfeito (: kk Web tão linda como as outras e esse Arthur com certeza é o sonho na medida certa de toda garota *-* XxCamila

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  6. Surpresas acontecem... e temos que tirar proveito delas...
    Isso não foi apenas um feriado. Foi o feriado, início de uma linda história!
    Nana ficou show.
    Quando você me pediu uma sugestão de tema, esse estava guardado, mas eu não teria tempo. Entreguei em excelentes mãos. Ficou lindo, perfeito.
    Parabéns já é clichê!

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  7. AI QUE DELÍCIA DE FOFURA! PAREI DE AVALIAR E ACHEI PERFEITA A WEB! KKKKKK ESSE MÊS FOI MUITO BOM!

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  8. Lindo, Arthur espertinho né usou a desculpa do brilho para ver ela né, Lua se precipitou e já tava aproveitando a fossa quando tem uma surpresa dessa é de surpreender qualquer um kkkk Amei
    Ale

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  9. Ahhh q perfeito. Já posso vomitar arco iris?!
    Faz segunda temporada pleasee!
    Rapha L.

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  10. Amei a web Nana ! Podia ter uma segunda temporada

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  11. Parabéns Nana mas uma web sua que arrasou, ameiiii =)

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  12. Aha! Eu disse que não era apenas um feriado! Foi O feriado! Além de descansar, Lua de quebra arrumou O namorado! E de quebra a gente ganhou mais uma web, que foi perfeita ao seu modo! E mais uma vez, Nana, você arrasou!

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