Diário de Férias - Capitulo 12 - parte 5

- Pov Cupido -

Onde parei?

Bem, na parte em que eu peço pra eles colaborarem.

Da próxima vez me arrumem um casal mais simples pra narrar algo viu?! Esses dois cabeças duras quase não colaboram. Quando não é um, é o outro.

- Arthur, vai ficar mudo agora? – ela puxou papo.

Ele permaneceu quieto, apenas colocou o celular no painel do carro, e colocou a chave na ignição.

- Se for pra ficar assim, é melhor cada um ir para o seu canto, e aproveitar o dia. – Lua falou vendo ele passar a mão pelo rosto.

- Desculpa! – Arthur praticamente sussurrou, mas logo a olhou – Não estou acostumado com ninguém discordando de mim. Só queria ser educado pagando a conta, e fiz o contrário me irritando.

- Tudo bem. – Lua foi compreensiva – Tá melhor agora pra continuar cm os planos do seu convite forçado, ou vai mudar de ideia?

- Eu ainda quero te levar em alguns lugares. – ele sorriu leve e pincelou o dedo no nariz da garota – Mas a partir de agora, pra não haver mais discussões, você está por minha conta. Nada de atender telefonemas, enviar mensagens ou pedir socorro a estranhos.

- Desse jeito você me assusta. – ela encarava com uma cara de assombrada – Acho que já falei com todos que me ligariam por hoje, posso sobreviver sem telefone.

- Muito bom! – ele seguia por um caminho que eu não fazia ideia de onde iria dar. – Bom, tem um local em especial que quero te levar, mas acho mais agradável a noite. Fica tudo mais bonito.

- Sim, mas agora ainda são uma e meia da tarde. Aonde a gente vai?

- Sei que gosta de praças e museus, mas falo a verdade, não tenho muita paciência pra ficar visitando isso todo dia. As praças são realmente lindas, mas pra mim são iguais, e os museus, digamos que me dá sono. Muito sono. – ele explicava fazendo Lua sorrir levemente das suas teses – E entre os meus planos não passou dormir. Vou deixar a sua escolha. Qual programa quer fazer agora?

- Jura que eu tenho que escolher? – Lua perguntava confusa – Se você me convidou você escolhe. O que você costuma fazer, quando não tem nada em mente, e resolve sair com uma amiga chata?

- Primeiro, você não é chata. Segundo, eu até tenho algo em mente. E terceiro, o momento não pede pra fazer com você o que eu costumo fazer quando saio com amigas. – ela olhou incrédula enquanto ele sorria – Sem brincadeiras agora. Praticamente não tenho amigas, só amigos. Geralmente chamo de amiga mesmo só as namoradas de amigos. O que não é o seu caso.

- Direto e reto você. Consegue deixar as pessoas sem respostas até sem querer. – Lua achava aquilo realmente engraçado. Ele pelo menos era sincero – Mas o que você tem em mente?

- Bem, a gente poderia pegar um cinema agora, e provavelmente quando acabar a seção, é o tempo de comer alguma coisa e ir até onde finalmente quero te levar.

- Arthur! Você tem que ir comer. – Lua falava se lembrando que o garoto só tomou um café.

- Não quero almoçar sozinho. Relaxa.

- Eu tomei café sozinha. – Lua dava birra.

- Nada disso, eu tomei um café com você. – Arthur já estacionava no shopping onde eles iriam ao cinema.

- Então tá. Você come alguma coisa agora que eu te acompanho com um suco.

- Não precisa Lua. Mais tarde a gente come algo.

- Nada disso. – a garota o puxou na direção da praça de alimentação do local. Se localizando pelas placas o que fazia o garoto sorrir. – Para de rir. A gente só entra na sala do cinema quando você comer alguma coisa.

Arthur olhou pra tudo em volta. Optou pelo velho fastfood. Um sanduiche pequeno, só mesmo pra dizer que comeu algo.

- Satisfeita dona Lua? – ele perguntou assim que acabou.

- Quem tem que está satisfeito é você, que devia tá morrendo de fome e ficou fazendo charme. – Lua respondeu enquanto andavam em direção a bilheteria.

- Morrendo de fome ainda não. – ele falou dando de ombros, e continuou com um sorriso irônico – Mas o charme deu certo?

- Eu não vou ficar sem graça por isso viu? Nem adianta.

Ele pagou pelas entradas e por sorte a sessão se iniciava em poucos minutos. Filme escolhido? Uma comédia. Esse dois nem pra me ajudar.

Rolavam de rir durante todo o período do filme e nem um climinha. O máximo que teve foi os dois olhando de canto de olhos um para o outro, mas em momentos diferentes.

Tudo bem eu supero!

Filme encerrado, ainda era cinco e pouco da tarde. Hora de comer, uma volta pelo shopping, uma parada pra comprar chocolate – sim, tratava-se de dois viciados – mais uma caminhada e finalmente se dirigiram para o carro.

- Isso é muito bom. – Lua falou assim que terminou de comer um bombom que Arthur a mandou experimentar – Pensando seriamente em deixar as compras da minha mãe aqui e levar a mala repleta de chocolate.

- Você é uma piada Lua. Adoro garotas com senso de humor. – isso Aguiar. Devagar vai falando que gosta.

- Senso de humor aqui com vocês. Meu normal não é esse, mas isso não vem ao caso. – ela respondeu na maior simplicidade e o garoto também não a questionou a respeito, apenas continuou.

- Não importa como você é longe daqui. Aqui assim tá ótimo. – Arthur falou e percebeu a garota calada – E então curiosa para o nosso próximo destino?

- Curiosa eu estou desde a hora que saímos do hotel, mas sei que não vai falar.

- Daqui a pouco você vê. E o melhor, pelo horário vai ver da forma que eu quero, se acendendo.

- Por que quer tanto me levar a esse local?

- Sei lá, apenas gosto de lá.

O tempo se passou até chegarem e mais uma vez meu querido Arthur acertou em seus planos. Entrando pela Champs Elysées a garota abriu a boca em admiração de longe. Arco do Triunfo (Foto1) , lá era o local.

Arthur estacionou o carro e olhava pra cara de boba da garota.

- Anda, pega o celular pra tiramos fotos e fecha a boca ou vai babar no meu carro.

- Sim senhor delicadeza. – Lua respondeu vendo o garoto já apreciar o monumento de perto. (Foto2)

- Adoro esse lugar. – os olhinhos do garoto brilhavam, e o sorriso ali no rosto era diferente, ela só não entendeu o porquê de tanta admiração.

- Realmente é lindo. – ela abraçava os próprios braços, numa forma de conter o vento que mesmo de verão batia frio – Algum motivo especial por você gostar tanto?

- Tá com frio? – ele ignorou a pergunta da garota, a abraçando pelo ombro de lado enquanto olhavam admirados pra tudo.

- Um pouco. – ela entendeu que ele não queria falar e respeitou o momento. Talvez fosse como ela, o passado perturbando sempre.

- Também, você nem parece que está aqui na cidade a dias, cansada de saber que a noite o tempo esfria.

- Eu saí do hotel ao meio dia, não ia adivinhar que seria sequestrada. – Lua o olhou de forma sarcástica.

- Você é uma lesada, isso sim – ele gargalhava e a envolveu em um abraço de verdade dessa vez – Tá gelada por burrice sua.

- Você consegue ser tão carinhoso Arthur. – Lua foi irônica em relação ao carinhoso. E afastou um pouco o abraço o encarando.

- Se quiser, realmente eu sou carinhoso. – o garoto passou os dedos pelo rosto da garota.

Ela logo corou e tentava desviar o olhar, mas os olhos castanhos profundo do garoto e os lábios rosados eram mais atrativos. Arthur, por sua vez, sentia algo diferente, que nem ele mesmo sabia do que se tratava. Vamos lá, hora de entrar em ação.

Se conhecer – Ok!

Amizade – Ok!

Brincadeiras – Ok!

Clima – Ok!

Beijo – Tudo bem... Ok!

Rolou. Eu podia até dizer que houve algumas explosões de fogos, mas não... Eram apenas dois corações se debatendo. Arrepios também eram visíveis, e não eram por conta do frio que o clima ali estava bem quente. Finalmente se separaram. Nada de consciência pesada, e arrependimento. Eu deixei vocês se conhecerem bastante pra que isso não rolasse.

Apenas sorrisos, selinhos, e um Arthur delicado tomando o celular da mão dela.

- Hora das fotos. – meu garoto sabia como fazer pra quebrar uma possível situação chata.

Ele mesmo tirou algumas fotos do local enquanto ela apenas o observava sorrindo. Depois foi a vez de fotos dela que se sentia totalmente envergonhada.

- Arthur. Eu não gosto de fotos minha. – ela falava sem graça tentando tomar o aparelho da mão dele.

- Salva por uma mensagem. – Arthur entregou o aparelho dela que havia tocado, mas logo pegou o seu no bolso.

- Sophia. Perguntando onde eu estou. – Lua deu de ombros, mas logo percebeu ser fotografada pelo garoto – Apaga, deve tá horrível.

- Ficou linda. – mostrou pra garota que aprovou – Garota do Brasil... Postada!

- Não acredito que postou isso?

- Postei e quero uma nossa, igual a da roda gigante. – falou abraçando a garota por trás e tirando, sem deixar que ela nem protestasse muito.

- Garota do Brasil. Deve ter quase um atlas ai né?! – ela falou rindo e ele sorriu de leve pra respondê-la.

- Não me ache esse pegador que todo mundo pensa de mim. – ele afundou o rosto no pescoço dela e depositou beijinhos no local.

- É mentira? – ela olhou séria pra ele.

- Em partes. Não faço isso porque acho bonito, ou porque quero ser assim. – ele explicava – Apenas não achei ainda a pessoa certa pra me fazer mudar. Mas juro que eu estou procurando. E procurar é legal pra caramba.

- Você é um bobo. – ela sorria enquanto eu queria matar Arthur. Isso lá é coisa pra se falar quando acaba de beijar a garota?

Por onde anda o romantismo?

Aquela noite terminou assim, entre beijos, risadas, fotos e palhaçadas. Ele a levou até o hotel e seguiu pra casa. O que ela achou disso tudo? Deixa que aquele diário vai contar pra vocês amanhã.

Por Nana F.

E ai, estão gostaram?