Rediscovering Love - Capitulo 28

 

                                    Capitulo 28 – Show II

POV ARTHUR

Ou era hoje, ou nunca mais. Ela estava mais linda que o normal. Não sei o que ela fazia pra conseguir aquilo, mas aquele jeans colado no corpo me fez pensar inúmeras besteiras no caminho dentro do taxi. FOCO ARTHUR! Ainda não tá na hora...

Ver Chay a puxando e saindo de mãos dadas me deixou enciumado, assumo. Poxa! Ela era minha, eu que deveria está de mãos dadas com ela. Se bem que eu não teria coragem de já chegar assim, e isso evitaria intrusos rondando ela. Paramos logo pra beber alguma coisa. Eu precisava tomar algo mesmo que me fizesse criar coragem.

O show começou e era incrível a alegria da minha pequena, minha loirinha, minha mulher, era assim que eu a queria agora. Mas como nem tudo são flores, um infeliz chega, e encosta nela. Minha vontade foi de voar em cima, e Soph logo me alertou que se tratava do tal Victor. Certo que o cara era boa pinta, mas sou mais eu... Bem mais!

Ele logo puxou Lua. A qual passou por Sophia e falou alguma coisa. Fiquei incomodado, visivelmente incomodado. Sophia logo tratou de me alertar que ele só queria conversar com ela, e que ela não demoraria a voltar. No pensamento dela pode até não ter demorado, mas pra mim foi uma eternidade. O suficiente pra beber demais e passar do meu limite.

Quando Chay já tentava me controlar ela voltou sozinha. Seu rosto ao me encarar não foi muito feliz. Droga! Pra que eu fui beber igual um adolescente? Qualquer coisa que eu falasse agora ia ser mal interpretada, ou ia virar culpa da bebida. Após ela conversar com Chay ela se aproximou com um sorriso encantador.

- Ei senhor Aguiar! Acho que já passou da conta não?

- Não, se você me acompanhar ainda tomo mais uma. – o que eu estava falando?

- Nada disso Thur, vamos pra casa vai. – ela falou tirando o copo da minha mão – Se você beber mais alguma coisa, eu não vou aguentar te carregar até um taxi, muito menos subir com você as escadas do prédio.

Não sei como me levantei e concordei com ela.

POV LUA

           

Sinceramente achei que seria mais difícil convencer Arthur a ir pra casa. Chay logo se manifestou perguntando se precisaríamos de ajuda. Visto a boa vontade de Arthur dispensei. Amanhã todos tinham faculdade e faze-lo ir pra minha casa, e ter que sair amanhã cedo para o outro lado da cidade não seria legal. O único desocupado ali mesmo era Arthur que depois de algumas reuniões, estava de férias eternas até sabe Deus quando.

Não demoramos pra pegar um taxi visto que o show da ultima banda que eu perdi quase todo ouvindo Victor se desculpar, ainda não havia acabado. Arthur logo despencou a cabeça no meu ombro, e eu não tive como evitar rir daquela situação.

Ao chegarmos em casa acordei Arthur, e subimos na lerdeza do mundo inteiro. Um degrau pra cima, dois pra baixo.

- Nunca mais você bebe quando sair comigo. – eu falei rindo da situação.

- Eu bebi justamente porque sair com você e você não ficou comigo. – ops! Momento confissão do Arthur? Ele realmente não estava bem.

- Entra, você precisa de um banho antes de dormir.

Foi eu acabar de falar e ele sai se esbarrando no sofá mal se aguentando em pé. Acho que o efeito do álcool piorou com o pequeno cochilo no carro. Só pode!

- Anda logo Arthur direto para o banheiro.

- Eu não consigo, não vou não. – ele falava embolado e com os olhinhos fechados. Que situação mais cômica!

- Vai eu te ajudo.

Ele arregalou os olhos e eu não segurei a gargalhada.

- Não ri de mim não, é sério. Não tô bem. – continuava falando embolado.

Eu logo o segurei pelo ombro e andei com ele em direção ao banheiro.

- Você vai me ajudar mesmo?

- Anda Arthur antes que eu mude de ideia. – eu respondi deixando minha bolsa na poltrona do quarto dele, e tirando meus sapatos – E se prepare que seu filho amanhã vai querer brincar o dia inteiro. Nada de ressacas!

- Sim senhora. – ele falou retirando a camisa e desabotoando a calça. O que foi suficiente pra desequilibrar e quase se arremessar de cabeça no chão do banheiro e começar a rir.

- Sua sorte esse box tá fechado, ou iria ficar lindo de testa no chão. – falei já sem paciência com aquilo tudo – Eu não sei cuidar nem de uma torrada, quem dirá de bêbado.

- Vai me dizer que nunca tomou um porre? – ele perguntou me encarando.

- Não Arthur. O máximo que eu já bebi foram um ou dois coquetéis, ou um vinho durante alguma refeição. – falei já abrindo o box e ligando o chuveiro gelado.

Quando me dei conta, ele já se encontrava apenas de boxers preta atrás de mim. Me afastei deixando ele passar pra debaixo da ducha fria.

- Ta frio LUA! – ele gritou.

- Você já viu alguém curar cachaça com banho quente ARTHUR?! –fiz a mesma entonação que ele ao citar o nome. O que eu não contava era que nesse meu deslize ele me puxaria.

- Curar a cachaça não, mas esquentar um banho frio eu sei. – foi a ultima frase dita naquele instante.

Nossos lábios se chocaram com urgência, nossas línguas travavam uma batalha incrível. As mãos dele se perdiam entre meus cabelos, agora já encharcados, e minha cintura me segurando com uma força como se houvesse em mim alguma vontade de fugir. Já que era pra aproveitar lancei meus braços em seus ombros o abraçando e entrelaçando meus dedos no cabelo dele o puxando mais pra perto como se fosse possível colar mais o nosso beijo.

Não existem palavras pra descrever aquele momento, dois anos esperando aquele beijo novamente, aquelas mãos tocando cada pedaço do meu corpo. Eu necessitava dele nem que fosse embriagado. Ele logo desabotoou minha calça, passou os beijos para meu pescoço, pois havia a necessidade de respirar. Juro que nem lembrava disso. Ele logo ergueu minha blusa me deixando apenas de sutiã e distribuindo beijos e mordidas por todo meu colo. Aquilo me renderia pelo menos umas duas marcas no dia seguinte. Nada que maquiagem no pescoço não resolvesse eu queria aproveitar tudo.

Ele logo voltou para os meus lábios e me segurava agora junto ao seu corpo através do meu quadril. Pude perceber o quanto ele estava excitado com isso. E não conseguir manter o beijo sem respirar e suspirar. Só não contava com sussurrar o seu nome, foi involuntário.

- Arthur...

- Nem pense em querer parar. Eu preciso de você agora! – ele me respondeu com um tom imponente que eu juro que se Chay não tivesse me dito tudo que ele bebeu eu diria que tinha sido encenação pra conseguir ficar comigo... Como se precisasse!

- E quem disse que eu quero parar?

Foi a deixa para aquele maluco desligar o chuveiro me erguer do chão e sair do banheiro. Não me contive do susto e entrelacei minhas pernas em volta da sua cintura, o que o fez me beijar novamente e andar comigo trombando nas coisas do quarto até chegarmos à cama.

Não demorou muito até que ele se livrasse do resto das minhas roupas. Naquele instante eu não queria pensar em nada, nem no passado, nem no amanhã, eu queria viver e aproveitar. Aquele instante foi uma mistura de troca de carinhos, amor, e a necessidade do ato sexual. Não vou ser hipócrita de falar que eu não estava subindo pelas paredes com a falta disso. Afinal Arthur foi o meu primeiro e único homem. Eram dois anos, e não dois meses.

Era incrível como até mesmo a pegada mais bruta dele conseguia ter um toque de carinho, palavras desconexas eram ditas por nós dois, mas quem prestaria atenção? O desejo falava mais alto.

Logo que conseguimos voltar do céu – sim foi até lá que ele me levou! – esperamos nossas respirações se acalmarem, ele se dirigiu até o banheiro, provavelmente pra se livrar da camisinha, esbarrou em mais alguma coisa que vi caindo pelo quarto, e se deitou ao meu lado me puxando pra deitar no seu peito. Não tive forças pra nada. Apenas suspirei e apaguei.

           

Por Nana F