sábado, 22 de junho de 2013

Diário de Férias - Capitulo 22 - parte 5


- Pov Cupido -

Lua ao avistar aquela cena de Arthur lendo aquele papel e entre leves sorrisos escorrer lágrimas dos olhos se assustou. O problema de Arthur deveria ser maior que ela imaginava. Ela não teria mais coragem de ir embora e larga-lo assim. Mesmo em silêncio ela ficaria, ele precisava dela.
O medo de se aproximar e ser convidada a se afastar novamente a assustava. Ela preferiu apenas se retirar da sala e ir em direção ao quarto. Ficaria ali até pegar no sono, ou ter necessidade de sair. O que ela não contava, é que em seguida alguém aparecesse no quarto.

- Me perdoa, por favor?! – Arthur pedia abraçando a garota de costas e ainda chorando – Eu sei o quanto fui cruel hoje, o quanto fui insensível e mal agradecido, me perdoa vai?
- Tudo bem. – Lua apenas virou de frente pra ele, que afundou o rosto no pescoço dela – Quer conversar agora?
Arthur apenas assentiu. Ele estava disposto a falar.
- Pode falar, eu estou aqui. – Lua disse e o garoto sentou na cama com as costas apoiadas na cabeceira, e a puxou sentando-a entre suas pernas apoiada no seu peito.
- Eu nem sei por onde começar... Minha vida sempre foi uma bagunça. – o garoto respirou fundo e Lua sentiu que teria que esperar por ele, sem perguntas, sem pressão, apenas deixa-lo a vontade pra isso – Quando eu tinha dez anos meus pais se separaram. Eu só tinha na minha cabeça a imagem de brigas, brigas e mais brigas. Mas eu era feliz ali. Tinha sempre os dois por perto, sempre o carinho de pai e mãe, mas com a separação tudo mudou. Eu fiquei na casa comeu pai de inicio, minha mãe foi pra outra cidade, e eles achavam que era melhor eu permanecer onde já estava. No inicio eu sentia falta, mas me acostumei. Duas casas, duas vidas diferentes, era até legal. Até meu pai começar a jogar a culpa dos problemas dele com minha mãe pra cima de mim. Eu sempre fui o estorvo.

Arthur respirou fundo novamente e continuou.

- Fui morar com minha mãe com doze anos. Os meus melhores dias foram numa viagem que fiz com ela um ano depois. Comemorando meu aniversário. – o garoto voltou a chorar. Lua secou o rosto dele, e resolveu falar algo apenas pra não parecer descaso dela.
- Foram pra onde?
- Paris! – ele falou dando um sorriso meio falso, sem graça na verdade – A gente veio pra Paris, me divertir como nunca. E dois dias antes de irmos embora eu falei pra ela, que eu ainda viria morar aqui. Que queria viver aqui com ela. No ano seguinte ela me deu uma viagem de presente novamente. E meu destino mais uma vez foi Paris. Ela achava engraçado, mas sabia que me deixava feliz.
- Você veio morar de uma vez aqui com quantos anos mesmo?
- Eu vim com dezesseis, quase dezessete. Logo depois que ela morreu. – o garoto chorava muito agora e Lua se via sem reação a não ser abraçá-lo – Meu pai começou a se irritar comigo, dede quando comecei a realmente ser feliz com ela e me importar menos com as coisas que ele sempre plantou na minha cabeça. Eu fui o motivo da separação, eu fui o motivo de brigas, eu fui o motivo dela ir embora, eu fui o motivo dela nunca ter aceitado voltar pra ele, até eu ser o motivo dela ter nos deixado de vez.
- Thur, isso não é verdade, isso não pode ser verdade. – Lua já deixava algumas lágrimas correr no rosto também – Ele só deve ter ciúme do carinho que você tinha por ela.
- Chay fala a mesma coisa. Mas eu não consigo enxergar isso. – ele suspirou - Todos os meus aniversários depois disso foram aqui. O de dezesseis ela não queria que eu viesse, ela andava meio tristonha, meio quieta demais, mas eu só me atentei a isso quando não tinha mais graça. Ela havia descoberto um câncer há algum tempo, mas nunca havia me contado sobre. Eu só vim descobrir quando meu tio me ligou no dia seguinte ao meu aniversário pra eu retornar o mais de pressa possível, pois ela havia sido internada. Cheguei lá e parecia que havia séculos que ela estava naquela situação. Totalmente magra, cheia de fios e aparelhos e só ai eu percebi o quanto fui um filho ruim, eu não fui capaz de perceber que minha própria mãe estava doente e precisando de mim, mas meu capricho por uma semana em Paris não me deixou enxergar isso.

Por Nana F.

16 comentários:

  1. Own gente que dó do meu brasileiro afrancesado :// XxCamila

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  2. ai eu quero a continuação logoo!!! .-.

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  3. Tadinho do Arthur... Garanto que ninguém queria ter um pai como o dele

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  4. Tadinho do Arthur... Ninguém merece um pai desse

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  5. Errei meu palpite. Eh difícil se sentir culpado por algo. Este pai do Arthur também não tem nada de legal. #Ciumento.

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  6. TO INDO LA BATER NO PAI DELE E JA VOLTO,TADINHHO DO THUR
    RE

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  7. Coitado do Arthur!
    Ass: Julia

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  8. Nossa! Bestifiquei agora! Minha raiva do juiz que apitou o jogo do Brasil hoje até passou... Passou direto pro pai do meu Thuts, que cara idiota! Tadinho do nosso gato! Mas, acho que a Lua consegue fazer ele superar isso!

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  9. viu Nana...Acertei q a mãe dele tinha morrido... tadinho do meu menino... =((((((((((((((((((

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  10. Eu só quero que você caiba
    No meu colo
    Porque eu te adoro cada vez mais
    Eu só quero que você siga
    Para onde quiser
    Que eu não vou ficar muito atrás ♫♪

    REALMENTE COMPLICADO... TENHO DÓ DO GAROTO DA FRANÇA BRASILEIRO... TUDO O QUE ELE PASSA E PASSOU, AINDA O ATORMENTA, AGORA EU O ADORO CADA VEZ MAIS! E LUA VAI TER QUE SE REVELAR PRA EL TAMBÉM... S2 ONDE O TEMPO VAI, O VENTO VEM!

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  11. Tadinho do Thur :( Eu quero abraçar ele!
    Anita !

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  12. Coitado do Arthur,que historia triste,tomara que a Lua consiga anima ele

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  13. Ah, tadinho. Barra pesada mesmo.
    Mas nasce a confiança entre os dois... isso deve ser só o inicio.

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  14. Nossa como o Arthur sofreu, tadinho dele
    Ale

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