Votos - Capitulo 2

Capitulo dois.

Lembranças de um passado condenado ao fracasso... Mas o mundo dar voltas.

Dezenove anos antes...

Não sei o motivo por qual continuo, não sei o que esta a minha espera e muito menos eu quero saber! Mas algo que eu tomei para mim é não ter medo do desconhecido, sim ser cautelosa perante aos seus atos mediante a ti! 

Assim por um toque de maldade, Lua se viu sem sua mãe, que pouco lhe dava atenção e seu pai, um homem carinhoso, bom... De sua forma.

“A menina, tadinha dela... Tenham pena... Sintam compaixão da pobre menina, filha de um assassino e de uma prostituta” Esse era o comentário mais feito em todos os lugares onde Lua passasse, entre outros menos respeitosos.

Foi assim que foi marcado o inicio de sua vida. Sua mãe saia de noite e só voltava dias depois, seu pai trabalhando arduamente, não podia dar tempo para sua filha, ficava mais estressado a cada dia que passava ainda sendo marido daquela mulher que não o amava. Mas tem um ponto que não suportamos mais... Mas não deveria ter acontecido dessa forma.

Como deve estar o coração de uma menina tão frágil e forte, como o de Lua? Como é a sensação de abandono e de um futuro completamente destroçado?

Primeiramente sua guarda ficara com sua única avó que conhecia, mas sendo mãe de sua geradora, não quis ficar um fruto do homem que tirou a vida da pobre prostituta. Então foi passada para sua tia Sandra, casada, com três filhos, irmã de seu pai. Durante um pequeno período a convivência foi boa, mas Lua era fechada, não se pronunciava muito, era quieta, tinha uma camada de proteção a sua volta.

Por volta dos seus nove anos, três anos depois que começou a morar com sua tia, Jeremias, seu tio, marido de Sandra, começara a se aproveitar da menina, aproveito sexual. Ele a ameaçou, a bateu, a feriu mais que a perda de seus pais. Eram nojentas as coisas que um homem velho de 40 anos fazia a uma menina de nove! Esse aproveito durou até seus quatorze anos, quando ela decidiu contar a sua tia, mas Sandra preferiu acreditar em seu marido, expulsando a garota.

Tenha pena dessa menina... Sempre escuto essas palavras, se somente são feitas por eu ser filha de uma mãe morta, que nunca demonstrou nenhum sentimento de materno por mim, e um pai assassino e alcoólatra, então não sinta pena, sinta compaixão! Algo que desconheço! Sinto arder por dentro para que um dia alguém sinta compaixão, indiferença por mim, que se for para sentir pena, não sinta nada!

Lua ficou morando então num orfanato, era calmo nada de ruim a acontecera, mas foi ai que ela teve sua primeira recaída. Não comia, não tinha vontade de fazer nada, só estudava o suficiente, não se interagia com ninguém, e tinha sonhos de que estava morta, na época era um desejo involuntário da menina. Assim a recaída aconteceu quando ela tentou se jogar na frente de um caminhão, mas uma pessoa a segurou, um menino de mesma idade, mas não tiveram nenhum contato após a família do garoto deixa-la no orfanato e informar o acontecido. Pensa.

...

Agora com dezoito anos pretendo fazer faculdade de administração. Pretendo ter uma nova vida, distante da antiga!

Porem eu continuo com medo do desconhecido, pai... Deseje-me sorte.

Lua entrou na faculdade desejada, passou com mérito, primeira de todas as turmas. Comprou uma casa no centro. Conseguiu um emprego. E tomou para si uma nova identidade, ela é Lua Nueva Blanco, filha de Carlos Blanco e Maria Eduarda Nueva.  Ninguém sabe do seu passado e continuará assim!

Por Brenda Faria