Emanuelle - Capitulo 22 - Final

Capitulo 22 – This is Gospel

Música!

Esse é o evangelho para os caídos

Trancados em um sono permanente

Reunidos em suas filosofias

A partir dos pedaços de memórias fragmentadas

Depois de um mês, confirmei minha tese, Maria Luiza tinha um distúrbio mental, no qual a levou ao suicídio. E agora estamos aqui, no enterro dela. Não consigo chorar, depois de tudo que passei, não sei se eu dia voltarei a chorar por essa pobre mulher. Mas agradeço todos os dias por ela ter em dado minha maravilhosa e abençoada filha, por isso fiz seu enterro... Descanse em paz...

- Arthur – Lua me chamou – Vamos?

Eu a segui. De longo a observando, percebo quanto caminho eu ainda terei que percorrer para ficar na paz. O mais engraçado é que eu já encontrei e ela me encontrou, não estou dizendo que a minha paz é a Lua, mas faz parte. Eu encontrei minha paz na minha família, na família que espero construir ainda... Enfim, nas pessoas que me amam.

Não importa o quanto eu tenha que percorrer, nadar, ou voar! Lutarei para encontrar meu lugar, meu canto e não me importarei com o tempo, afinal, a vida é só uma passagem e temos que torna-la a mais feliz possível e que temos que ser pessoas consciente e boas... Porque de ruim, ela já tem de muito.

Porque essas palavras são boas o suficiente

Para deixar cicatrizes

O medo de se desmoronar

Que a verdade seja dita, eu nunca fui seu

O medo, o medo de se desmoronar

Eu aprendi muita coisa ao longo dessa minha jornada, mas com certeza a que mais doeu foi perceber que Niall nunca foi destinado a ficar comigo, eu verdadeiramente o amei, mas já deu ficar agindo como uma criança mimada. Ele se foi e estou aqui e preciso aprender viver sem ele... Coisa que consigo quanto estou com Arthur, com aquele jeitinho de ser que me conquistou.

- Lu, papai va chega quandu?

- Linda, ele já esta vindo e disse que trouxe algo pra você!

- É? O que?

- Ele disse que é surpresa – Lua riu da animação de Manu.

- Lu, pode me livar no Ago?

- Mais você acabou de vê-lo.

- Eu sei... – ela ficou corada.

- Ok! Vamos! – Manu segurou a mão de lua e foram no quarto do menino.

No caminho, elas esbaram em Arthur.

- Papai, cade meu plesente?

- Está no carro, meu amor. E aonde as senhoritas vão?

- Vamos ver o Thiago. – respondi.

- Eu vou com vocês.

Arthur pegou Manu no colo. Quando chegamos no quarto, os pais deles estavam lá.

- Manu! – Thiago disse feliz – Vem cá! – ele segurou sua mão e coloco-a na barriga de sua mãe

- Eu vo te um irmãozinho! – Disse contente.

- Ahhhhhh! – eles se abraçaram.

- Então, papai, não vai fazer nada com sua filhinha?

-Ela é uma criança, Lua! – rimos.

- Depois de mais um ano finalmente ela está curada...

- E você se formou na faculdade.

- Tanta coisa que aconteceu, nem parece verdade... Estou feliz por você está aqui conosco – disse olhando em meus olhos.

- Também estou feliz... – ele foi se aproximando de mim, mas alguém que entrava no quarto nos atrapalhou.

- Olá, boa noite para todos, mas preciso fazer uns últimos exames no nosso menino, vocês se incomodariam se pedisse para se retirar? Só a família pode ficar aqui.

- Tudo bem, vamos filha? – Arthur estendeu a mão para Emanuelle.

- Não, eu quelo fica com Ago!

- Filha, amanhã nós vamos voltar se você quiser.

- Hum... – ela estava amoada demais – Sim... Amanhã eu quelo vota. – disse sorrindo fraco – Tchau Ago. – deu um beijinho na bochecha e ele correspondeu.

-Bejo Manu.

(...)

No estacionamento...

- Lu! Vem com a gente!

- Desculpa, Manu, mas eu tenho que ir para casa.

- Fica comigu e com meu papai... – disse fazendo carinha de cão que caiu da mudança.

- Eu... Eu... – Manu se soltou de Arthur e me abraçou.

- Quelo que seja minha mamãe.

Eu e Arthur nos olhávamos incrédulos um para o outro, ele veio protestar, mas o impedir.

- Eu aceito com muito agrado ser sua mãe! Quem não gostaria de ser sua mãe? – eu me abaixei para ficar igual ao seu tamanho.

- Vai ficar com meu papai? – disse sorrindo.

Que merda Lua, parabéns! 

- Se ele me aceitar. – Arthur olhou para mim, não acreditando – Será que seu pai me ama, Manu?

- Sim! Muto! Tive una vez que ele tava domindo e falava seu nome.

- Bom saber disso. – ri, levantei e fomos em direção da pessoa corada, Arthur Aguiar.

- Então você vai ficar pra minha casa? Seus pais não vão brigar?

- Não, eu vou mandar uma mensagem e pronto.

- Ok, entrem no carro. – ele colocou Manu no seu acento de criança e eu me sentei no lado do motorista.

- Eu te amo.

- Aqui não é lugar para isso, Lua...

- Por quê? – estranhei.

- Porquê eu não irei me responsabilizar pelos meus atos! – sorriu malicioso – Eu também te amo. – dessa vez fomos nos aproximando e demos um selinho.

- Eca! – Manu disse.

- Ué? Não queria que eu e a Lua ficássemos juntos? 

- Mas não na minha fente! Nojo!

Esse é o evangelho, para os vagabundos

Para os inúteis e os bastardos insuportáveis

Confessando suas apostasias

Levados por impostores imperfeitos

Por Brenda Farias

Tá, agora eu quero uma mini temporada, ou capítulos especiais pra contar alguns dias depois dessa história ai.

Parabéns Brendinha!

Beijocas, Nana F.