Por um Acaso - Capitulo 18

Capítulo 18 - Parte 1

Pov Lua:

- Tia Luh tá tliste? - a pequena Nicole falou me encarando enquanto eu a examinava, mas como assim uma criança de três anos sabe de tanta coisa?

- É... Não pequena, a tia só tá com uns problemas. – falei sorrindo fraco pra ela que continuava me olhando com aqueles olhinhos castanhos curiosos.

- Mamãe disse que se ocê lezar todos os ploblemas vão embola. – ela disse isso olhando pra mim e era incrível como uma criança consegue te tirar um sorriso com uma simples palavrinha embolada. Acho que era por isso que eu tinha escolhido essa profissão. Sempre havia me dado bem com crianças.

- A tia vai fazer isso sim tá bom? Quem sabe não dá certo. Terminei. – sorri pra ela enquanto a descia da mesa de inspeção.

- Tia Luh, eu goto da selhola. – me abraçou pela perna quando estava no chão.

- A tia Luh também gosta muito de você. – a peguei no colo fazendo cosquinha em sua barriga enquanto ela ria – Quando vai vim ver a tia de novo? – perguntei enquanto a colocava no chão de volta.

- Não tei. – fez um sinal com as mãozinhas indicando que não sabia e eu quase dei uma gargalhada com tanta fofura.

- Então faz assim, quando quiser vim aqui ver a tia pode vir tá bom? – perguntei me baixando pra ficar da altura da pequena e lhe entreguei um pirulito.

- Tá blom. – me abraçou e alguém abriu a porta nesse momento, deduzi ser a mãe de Nicole.

- MAMÃE! – a pequena se soltou de mim indo correndo trocando as perninhas até chegar perto da mãe. Então abraçou a mesma pelas pernas e naquele momento eu vi o quanto sentia falta da minha mãe também, queria tanto um colo...

Lua pare com isso, você já é uma mulher, uma mulher com problemas, mas isso não vem ao caso, compostura!

- Oi meu amor, se divertiu? – a mulher que aparentava ter uns 27 anos perguntou enquanto colocava a pequena em seu colo.

- Ola o que eu ganhei mamãe. – a pequena falou toda sorridente estendendo o pirulito para que a mãe visse e a mesma sorriu pra ela depois olhando pra mim.

- Olá Lua, ela não deu muito trabalho não? – perguntou olhando pra mim enquanto eu mantinha meu sorriso, ou melhor, tentava.

- Não, não! Nicole é um amor de pessoa e até me deu uns conselhos. – falei e ri depois. 

- Bom, então já está tudo terminado, sim? – perguntou.

- Oh, sim já terminei. Vocês já podem ir e espero vê-la aqui mês que vem. – falei olhando pra Nicole no colo da mãe que se lambuzava com o pirulito e então reparei em uma coisa. A barriga da senhora Jonson tinha uma leve forma arredondada e eu na minha curiosidade no máximo não podia deixar de perguntar.

- Senhora Jonson, desculpe-me perguntar, mas está, é... 

- Grávida? Sim, estou de 3 meses. – falou me interrompendo sorrindo e eu retribuí seu sorriso.

- Que ótimo! Fico feliz pela senhora e por seu marido.

- Sim, estamos muito felizes, acho que dessa vez será um menininho. Nicole está adorando a novidade. Quanto ao senhora, deixe pra depois, temos quase a mesma idade. – falou e ri ficando um pouco envergonhada.

- Bom, temos que ir não é Nicole? Hoje o dia está cheio. – falou já colocando sua bolsa nos ombros e colocando a pequena no chão pegando em sua mão.

- Obrigada pela visita, espero a Nicole aqui mês que vem. – falei sincera.

- Está certo. – falou já abrindo a porta do escritório e sorriu pra mim uma última vez e eu acenei pra pequena então as duas saíram fechando a porta logo depois, e me vi sozinha de novo.

Me sentei na cadeira novamente tentando me concentrar em algo bom, pelo menos algumas pessoas estavam felizes enquanto eu ficava aqui pensando em... Arthur, como sou burra!

Pov Mel:

Estava preocupada com a Luh, ela não parecia nada bem hoje, até tentei puxar um papo com ela pra saber o realmente ela estava sentindo por aquele garoto pra está daquele jeito, mas não consegui nada.

Se tem uma coisa que me irrita na Sophia e na Lua, é querer esconder o que tá na cara. É óbvio que ela tá apaixonada pelo garoto e agora tá se culpando de novo como daquela vez em que me contou sobre o tal garoto da faculdade, mas é claro que o Arthur também era o principal culpado nisso. Poxa, será que ele não sabia que ia ser difícil pra ela saber as coisas assim, de uma hora pra outra, arght!

Tivesse contado antes, oras...

Nem na hora do almoço a Lua apareceu, ainda tentei ir a sala dela perguntar se ela estava precisando de alguma coisa, mas a mesma só respondeu que estava bem e sem fome, me fazendo ficar com mais raiva ainda, agora o hospital estava meio parado, poucas pessoas entravam. Só algumas gestantes em trabalho de parto gritando, mas nada demais, pelo menos pra mim. Tirando o meu estresse em ter que aguentar os recém-papais exaltados na hora de preencher a ficha de sempre.

Já se passavam da uma da tarde, e estava organizando algumas papeladas quando alguém para em frente a mesa da recepção, não podia vê quem era por que estava abaixada guardando alguns papeis nas gavetas de baixo, a pessoa poderia muito bem esperar. Me leventei e quase caí sentada no chão ao ver quem era.

- O que está fazendo aqui? – perguntei surpresa.

- Pode me ajudar? – perguntou desesperado.

Pov Lua:

As horas se arrastavam naquele bendito relógio e eu contava os segundos pra dar o horário do meu expediente acabar para ir pra casa. Meu dia estava razoável, depois daquela "conversa" engraçada com Nicole, não tive mais motivos pra sorrir, tudo por que justamente hoje o chefe resolveu pegar no meu pé e pra acabar de vez eu estava me saindo uma verdadeira "cara de enterro" hoje.

Por isso que dizem 'não leve seus problemas para dentro do ambiente de trabalho', ora, mas quem é que consegue controlar seus sentimentos? Esses científicos e suas conclusões patéticas.

Estava me distraindo olhando minha figura reflexa no espelho infantil que havia ali quando ouço batidas na porta. Se eu fosse dona desse lugar mandaria que fosse embora, mas como não tenho essa sorte, murmurei um simples "Entra" pra pessoa do lado de fora. Segundos depois a porta se abriu.

- Luh, é... Posso falar com você? – era Mel novamente, aquilo já estava me irritando, estou bem será que ela não entende?

- Mel já lhe disse que estou bem e que não preciso de nada. – falei bufando impaciente a olhando.

- Não, não é isso. Éé que tem uma pessoa ai que quer falar com você, posso mandar entrar? – ela perguntou meio receosa, o que estava escondendo?

- Mel, estou trabalhando, não quero falar com ninguém. – falei e fiz um bico a fazendo soltar uma leve risada.

- Vamos Luh, acho que você vai gostar de saber quem é. – ela falou e sorriu de canto.

- E quem seria? Por que não pode me falar? – perguntei franzindo o cenho, aquilo estava estranho, muito estranho.

- Espere ai, vou mandá-lo entrar. – falou e saiu fechando a porta atrás de si, como se eu fosse sair pra algum lugar, revirei os olhos.

Segundos depois, ouço a porta batendo novamente, só pode ser brincadeira.

- Entra. – falei e de repente senti meu colar que usava caindo no chão e me abaixei para pegá-lo, ouvindo a porta sendo aberta e a pessoa que queria "tanto" falar comigo entrar.

Peguei o colar do chão rapidamente e me levantei olhando em frente para ver a pessoa melhor, com certeza só podia ser brincadeira, meus olhos ficaram um pouco arregalados.

- O que está fazendo aqui? – foi a única coisa que perguntei antes de cruzar meus braços.

Por Amanda Amorim

Pessoal, nessa correria que está minha vida, nem dei por mim que ontem ficou faltando o capitulo de Emanuelle. Mas explico!

Mas uma vez programei e ficou salvo como rascunho, de toda forma, peço desculpas e hoje vocês terão os dois.

Beijocas, Nana F.