Tal pai, tal filho - Capitulo 8

Capitulo 8

Assim que o paciente saiu, ele me perguntou:

Arthur – Deu tudo certo?

Lua – Ah sim, eles já estão a caminho, obrigada.

11h39min vi Beth entrar com Enzo no colo, meu pequeno já não chorava, mas realmente estava abatido. Assim que o vi, corri, pegando-o no colo.

Lua – Oh meu bebê o que você tem em?! Mamãe está preocupada com você. – Disse lhe depositando um beijo no rosto e ele afundou a cabeça no meu pescoço.

Arthur levantou e se aproximou de nós, Enzo então virou encarando Arthur e só vi a expressão em choque de Arthur, foi ai que me lembrei das semelhanças e de que Arthur não poderia ter visto Enzo.

Arthur – Lua... Lua, ele é minha cara quando criança. – Disse em um tom de quem não entendia mais nada.

Lua – Arthur, depois a gente conversa, tudo bem? Deixe-me examina-lo agora.

Ele apenas concordou e não tirava os olhos de Enzo enquanto eu o examinava.

Lua – Meu amor você está com infecção de garganta. – Disse para Enzo que já sorria para mim.

Arthur – Você quer que eu faça uma receita pra que... – Não deixei nem que ele terminasse.

Lua – Não Arthur, pode deixar que eu mesma vou a farmácia agora no meu horário de almoço e compro tudo.

Arthur – Tudo bem então. – Percebia-se que ele estava nervoso.

Lua – Beth meu horário de almoço é agora 12h00min, falta 2 minutos, pode deixar que eu fico com Enzo, aproveite para descansar, infelizmente tenho que voltar a 1, então você terá que vir busca-lo, tudo bem?

Arthur – Lua, pode ir pra casa, eu termino o plantão.

Lua – Arthur, infelizmente é regra do hospital, não posso abandonar o plantão a não ser que EU esteja passando mal.

Arthur – Não se preocupe com isso, eu resolvo.

Lua – Acho melhor não. – Apesar de querer ir pra casa e ter meu filho em primeiro plano na minha vida, não podia abandonar meu trabalho, questão de ética.

Arthur – Ok! Se você acha melhor assim... Posso pelo menos ir com vocês até a farmácia? – Não poderia negar isso a ele.

Lua – Claro, sem problemas.

Beth aproveitou para ir almoçar com sua família, enquanto eu, Enzo e Arthur fomos para a farmácia em frente ao pronto socorro, comprei tudo que era necessário e depois fomos almoçar no mesmo café da semana passada.

Arthur – Lua será que agora a gente pode conversar? Milhares de coisas estão passando pela minha cabeça e nenhuma faz sentido.

Lua – Arthur, prefiro falar disso depois... Prometo que não vou fugir desse assunto. – Notei que ele era uma pessoa um tanto compreensiva e não insistiu mais. Almoçamos tranquilamente, dei os remédios de Enzo e pra completar, Arthur lhe deu um pirulito de chocolate e quando Beth chegou para busca-lo estava todo sorridente e completamente lambuzado.

Com o coração apertadinho despedi do meu pequeno e recomendei que qualquer coisa era para me ligar. Terminamos o dia bem e marquei com Arthur de nos encontrarmos as 15:00 amanhã para então conversarmos.

Por Julia Lopes