sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

My First Love - Capitulo 135


Capitulo 135

POV Lua

Não vou mentir que pensar nessa viagem depois desses dois dias maravilhosos ao lado do Arthur me deixava muito triste. Era como se não houvesse mais necessidade de fugir. Mas ao mesmo tempo sabia que isso só estava acontecendo por causa da bendita viagem. E dizer não a proposta agora só mesmo por alguma objeção dos meus pais.
Ficamos mais algum tempo ali até o celular do Arthur tocar. Era a Mel, só assim pra levantarmos e sairmos daquele quarto entre beijinhos e abraços, eu levantei e fui para o quarto da Mel trocar de roupa. Passamos pela cozinha, comemos alguma coisa, apesar de que o Arthur reclamava de que aquele não era o café que ele queria que tomássemos juntos. Ele era muito fofo!
Após pegar as meninas, e ser encarada com as carinhas mais curiosas do mundo, Arthur dirigia de volta pra casa, e entre um semáforo fechado e outro, a única coisa que se ouvia no carro era os beijos dele em mim. Quase chegando em casa o celular dele toca, e ele pediu que eu atendesse. Fiquei com receio, mas logo passou ao ver que se tratava do meu irmão.
           
Ligação ON
L: - Fala Peu.
P: - Senhora Aguiar acabou suas férias e o seu conto de fadas! Mamãe chegou e pediu que você viesse pra casa. Quer falar com você.
L: - Ok! Daqui a pouco eu estou chegando ai. – era notório o tom de aflição em minha voz.
P: - Até daqui a pouco então. Ah! Marca com o Arthur algo pra fazermos hoje a tarde.
L: - Pode deixar! Até.
Ligação OFF

- O que foi? – Arthur me perguntou a me ver mudar de humor.
- Minha mãe quer que eu vá pra casa, quer falar comigo. – eu falei com uma voz engasgada, sabia que se tratava da viagem.
- Já que estamos aqui, deixamos as meninas em casa e te levo lá. – ele me falou todo carinhoso, mas encarando apenas a estrada.
Acho que ele imaginava qual seria a conversa. Nem sairmos do carro ao deixar as meninas. Apenas esperamos que elas entrassem em casa. Minhas coisas depois eu pegaria, isso já era normal. Fomos o caminho todo em silencio. E mesmo com o Arthur usando aqueles óculos escuros que me deixava tonta de tão lindo, pude notar que ele estava diferente.
- É sobre a viagem né? – ele me perguntou ao estacionar na porta da minha casa.
- Não tenho certeza, mas acho que sim. – não adiantava nos enganar. Descemos do carro e ainda do lado de fora de casa ele me abraçou.
- Fica tranquila tá!? – ele falava sem me encarar. Eu tinha certeza que se demorássemos mais ali ele não aguentaria.
- Pode deixar. À tarde eu te ligo pra gente fazer alguma coisa. – eu tentei tranquiliza-lo, mas por dentro eu estava me acabando em dor.
Despedimo-nos, ele entrou no carro e eu entrei em casa. Passar por aquela porta fazia-me sentir como se estivesse sendo levada pra forca. E ao me deparar com meu pai, minha mãe e Peu sentados na sala me encarando minha vontade foi de voltar.
Minha mãe começou a falar, pedindo desculpas como a forma que me abordou na quinta feira, e como contou pro Arthur. Que a intensão dela não era provocar todo aquele constrangimento, era apenas por ela está feliz comigo. A partir daquilo vi Pedro fechar ainda mais a cara e tive a certeza de que eles concordariam com que eu fosse.
Meu pai sempre muito calmo apenas perguntou se eu realmente estava disposta a abrir mão das minhas amizades por algum tempo. E como bom “filosofo” tentou me agradar falando que “se essas amizades fossem verdadeiras elas sobreviveriam ao tempo e a distancia”. O encarei tentando sorrir, mas lagrimas já se formavam em meus olhos. Eu finalmente falei que concordava e que estava disposta a encarar toda essa mudança na minha vida.
Peu me olhava ainda incrédulo com aquilo, mas cumprindo ordens da minha mãe ele não se meteu. Meu pai logo avisou que então passaria no curso na segunda feira pra acertar tudo e minha mãe me abraçava com o sorriso mais satisfeito do mundo. Eu não podia acabar com aquilo por uma simples possibilidade de salvar um namoro cheio de problemas. Após essa festa toda dos meus pais, encarei Peu.
- Eu não ganho nem um abraço pelo meu esforço nessa prova? – perguntei tentando descontrair.
- Quero apenas saber duas coisas e depois que me convencer te dou quantos abraços você quiser. – ele me falou sério, e minha mãe ainda nos escutava no outro sofá.
- Pergunte então, farei o possível pra merecer esse abraço. – falei sabendo que viria bomba. Ele não estava nada satisfeito com essa história.
- Primeiro: você e o Arthur, como ficam? – se essa era a primeira, já temia pela segunda.
- A gente já conversou, vamos aproveitar o tempo que ainda tenho, e deixar o tempo guiar a gente enquanto estiver fora. – falei já me engasgando e sentindo uma lagrima rolar, falar do Arthur e da viagem na mesma frase ficava a cada instante mais difícil.
- Segundo: você vai ficar feliz assim? – ele falou erguendo meu rosto pelo queixo pra poder me encarar.
- Eu juro que eu vou tentar, e vou conseguir se vocês me ajudarem. – não esperei nem o prometido abraço. Fui correndo para o meu quarto.
Eu não podia ficar assim, não podia! Afinal o que eu realmente queria?


Por Nana F.

3 comentários:

  1. Pois é Lu... O que você realmente quer? XxCamila

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  2. Dilemas e escolhas... a vida e cheia disso.
    precisamos de apoio sempre, pois nunca temos certezas do futuro, só esperanças.
    AMO MFL

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