Capitulo
143
POV Lua
As meninas tentavam me
passar força, que tudo ficaria bem, e que quando eu menos imaginasse estaria de
volta. Meu pai estava um pouco tenso. Minha mãe emocionada de felicidade. Peu
me partia o coração chorando tanto ou mais que eu naquele momento, o que não
era de se estranhar visto que o maior período que nós ficamos distantes foi às
três semanas que ele passou na casa de praia durante as férias sem mim. Mas o
que me acabou mesmo foi o Arthur.
Ele estava com cara de quem
não dormiu de tanto chorar, tentou ficar distante de mim o tempo que foi
possível, pouco falava. Sabia que pra ele estava sendo a mesma dor que pra mim.
Apenas quando ouvi o primeiro chamado do meu voo que ele se aproximou e me
abraçou. Chorávamos abraçado como crianças, nós não conseguimos trocar se quer
uma palavra a não ser lagrimas por todos os lados.
Quando meu pai me avisou que
eu finalmente deveria ir, que o pessoal do curso já me aguardava é que
conseguir falar com o Arthur a única coisa que veio na minha cabeça.
- Não esquece que eu te amo?
– falei me desmanchando.
- Nunca seria capaz disso.
Se cuida minha pequena, e volta pra mim logo tá?! – ele falava tão emocionado
quanto eu, e me deu um selinho demorado – Eu vou ficar te esperando.
Não tive reação pra mais
nada, e só me separei dele porque não tinha outro jeito. De longe pude ver que
Soph e a Gabi já choravam e a Mel abraçava o irmão. Peu era consolado por meus
pais. A cena mais triste até hoje com toda certeza do mundo.
Entrei naquele avião com a
intensão de esquecer tudo, mas precisei tomar um dos meus remédios de enjoo,
aqueles que dão sono, pra conseguir dormir a viagem inteira. Triste engano, das
onze horas de viagem só conseguir dormir as três primeiras. Foi muito tenso. A
supervisora do curso mesmo veio umas três vezes até o local onde estava pra
saber se eu estava melhor.
Ao chegar a Londres,
ajeitamos as bagagens, conhecemos os quartos, e lá já passavam das 22:00 horas
quando enfim pude ligar pra casa. Estava o bagaço, mas era a única coisa que
poderia me animar naquele momento. A diferença de 4 horas do fuso horário me
deixou mais tonta do que eu já estava.
Ao conseguir discar pra casa
o telefone nem chamou direito, e Pedro já atendia do outro lado. A voz dele era
de quem ficava um pouco mais tranquilo. Perguntei por todos, e ele fez questão
de falar, apenas ressaltando que Arthur não tinha nem ido pra faculdade hoje a
tarde, nem atendia o celular. Meus pais ainda não tinham chegado da empresa,
então falei pra ele que avisasse que cheguei bem, mas que por lá já está tarde
eu voltaria a ligar amanhã. E quanto ao Arthur iria tentar mandar um e-mail,
pois sabia que ele também não me atenderia.
Ao entrar no MSN pra abrir
meu e-mail, vi que o Arthur estava online. Ele logo veio falar comigo. Disse
que não ligaria a câmera pra que eu não me assustasse, pois realmente tinha passado
o dia chorando, mas iria ficar bem. Tudo em seu tempo.
Nós conversamos pouco, eu
estava com sono e amanhã cedo tínhamos que ir conhecer as dependências da
escola nova, bem como alguns lugares julgados como essenciais pra nossa
sobrevivência naquele local.
Depois de falar com Arthur e
com Peu fiquei até um pouco mais tranquila, nem parecia que estávamos tão
distantes. Tomei um banho e logo dormir.
No outro dia de manhã fomos
acordadas com uma campainha que tocou alto no corredor dos quartos. Pulei da
cama achando que era um alarme de incêndio. As meninas que dividiam quarto
comigo não tiveram reações muito diferentes da minha. Segundo a monitora, foi
apenas por ser o primeiro dia, geralmente esse sinal era só pra recolhermos, de
manhã ficaria ao nosso critério uma forma de acordar.
Voltando a falar sobre as
meninas que dividiam quarto comigo, eram duas, uma loira do Rio de Janeiro,
Carla, e uma morena de São Paulo também, mas que eu não conhecia antes, a
Julia. Essa ultima por sinal tinha uma prima que também estava aqui nessa
viagem, mas ficou em outro quarto, pois não poderíamos escolher, era sorteio
mesmo.
Após acordarmos e sermos
direcionadas ao refeitório, até então o único local que conhecíamos devido ao
jantar quando chegamos ontem. Após o café conhecemos o restante do colégio e
fomos aos lugares julgados importantes. Nada mais eram do que farmácias,
supermercados, algumas lojas, como se fosse um mini centro comercial que ficava
próximo ao colégio, facilitando assim a nossa vida quando precisássemos de algo
e estivéssemos em horário livre.
Por falar em horário, ao
retornarmos para a escola tínhamos que levar os nossos documentos e pegar os
horários individuais. Lá as coisas funcionavam meio diferentes. O dia acabou
bem, falei com as meninas pelo Skype a tarde, mas não conseguir esperar o
Arthur chegar, ele tinha palestra na faculdade a noite. Conversei com minha mãe
também. Tive que ligar pra empresa pra isso, pois o horário era muito
diferente.
Por
Nana F.
Essa parte da história me dá uma aflição u.u
ResponderExcluirAi namoro a distância é barra pesada.
ResponderExcluirAMO MFL
Pensar que daqui pra frente, coisas e coisas acontecerão... XxCamila
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