quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

My first Love - capitulo 143


Capitulo 143

POV Lua

As meninas tentavam me passar força, que tudo ficaria bem, e que quando eu menos imaginasse estaria de volta. Meu pai estava um pouco tenso. Minha mãe emocionada de felicidade. Peu me partia o coração chorando tanto ou mais que eu naquele momento, o que não era de se estranhar visto que o maior período que nós ficamos distantes foi às três semanas que ele passou na casa de praia durante as férias sem mim. Mas o que me acabou mesmo foi o Arthur.
Ele estava com cara de quem não dormiu de tanto chorar, tentou ficar distante de mim o tempo que foi possível, pouco falava. Sabia que pra ele estava sendo a mesma dor que pra mim. Apenas quando ouvi o primeiro chamado do meu voo que ele se aproximou e me abraçou. Chorávamos abraçado como crianças, nós não conseguimos trocar se quer uma palavra a não ser lagrimas por todos os lados.
Quando meu pai me avisou que eu finalmente deveria ir, que o pessoal do curso já me aguardava é que conseguir falar com o Arthur a única coisa que veio na minha cabeça.
- Não esquece que eu te amo? – falei me desmanchando.
- Nunca seria capaz disso. Se cuida minha pequena, e volta pra mim logo tá?! – ele falava tão emocionado quanto eu, e me deu um selinho demorado – Eu vou ficar te esperando.
Não tive reação pra mais nada, e só me separei dele porque não tinha outro jeito. De longe pude ver que Soph e a Gabi já choravam e a Mel abraçava o irmão. Peu era consolado por meus pais. A cena mais triste até hoje com toda certeza do mundo.
Entrei naquele avião com a intensão de esquecer tudo, mas precisei tomar um dos meus remédios de enjoo, aqueles que dão sono, pra conseguir dormir a viagem inteira. Triste engano, das onze horas de viagem só conseguir dormir as três primeiras. Foi muito tenso. A supervisora do curso mesmo veio umas três vezes até o local onde estava pra saber se eu estava melhor.
Ao chegar a Londres, ajeitamos as bagagens, conhecemos os quartos, e lá já passavam das 22:00 horas quando enfim pude ligar pra casa. Estava o bagaço, mas era a única coisa que poderia me animar naquele momento. A diferença de 4 horas do fuso horário me deixou mais tonta do que eu já estava.
Ao conseguir discar pra casa o telefone nem chamou direito, e Pedro já atendia do outro lado. A voz dele era de quem ficava um pouco mais tranquilo. Perguntei por todos, e ele fez questão de falar, apenas ressaltando que Arthur não tinha nem ido pra faculdade hoje a tarde, nem atendia o celular. Meus pais ainda não tinham chegado da empresa, então falei pra ele que avisasse que cheguei bem, mas que por lá já está tarde eu voltaria a ligar amanhã. E quanto ao Arthur iria tentar mandar um e-mail, pois sabia que ele também não me atenderia.
Ao entrar no MSN pra abrir meu e-mail, vi que o Arthur estava online. Ele logo veio falar comigo. Disse que não ligaria a câmera pra que eu não me assustasse, pois realmente tinha passado o dia chorando, mas iria ficar bem. Tudo em seu tempo.
Nós conversamos pouco, eu estava com sono e amanhã cedo tínhamos que ir conhecer as dependências da escola nova, bem como alguns lugares julgados como essenciais pra nossa sobrevivência naquele local.
Depois de falar com Arthur e com Peu fiquei até um pouco mais tranquila, nem parecia que estávamos tão distantes. Tomei um banho e logo dormir.
No outro dia de manhã fomos acordadas com uma campainha que tocou alto no corredor dos quartos. Pulei da cama achando que era um alarme de incêndio. As meninas que dividiam quarto comigo não tiveram reações muito diferentes da minha. Segundo a monitora, foi apenas por ser o primeiro dia, geralmente esse sinal era só pra recolhermos, de manhã ficaria ao nosso critério uma forma de acordar.
Voltando a falar sobre as meninas que dividiam quarto comigo, eram duas, uma loira do Rio de Janeiro, Carla, e uma morena de São Paulo também, mas que eu não conhecia antes, a Julia. Essa ultima por sinal tinha uma prima que também estava aqui nessa viagem, mas ficou em outro quarto, pois não poderíamos escolher, era sorteio mesmo.
Após acordarmos e sermos direcionadas ao refeitório, até então o único local que conhecíamos devido ao jantar quando chegamos ontem. Após o café conhecemos o restante do colégio e fomos aos lugares julgados importantes. Nada mais eram do que farmácias, supermercados, algumas lojas, como se fosse um mini centro comercial que ficava próximo ao colégio, facilitando assim a nossa vida quando precisássemos de algo e estivéssemos em horário livre.
Por falar em horário, ao retornarmos para a escola tínhamos que levar os nossos documentos e pegar os horários individuais. Lá as coisas funcionavam meio diferentes. O dia acabou bem, falei com as meninas pelo Skype a tarde, mas não conseguir esperar o Arthur chegar, ele tinha palestra na faculdade a noite. Conversei com minha mãe também. Tive que ligar pra empresa pra isso, pois o horário era muito diferente.


Por Nana F.

3 comentários:

  1. Essa parte da história me dá uma aflição u.u

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  2. Ai namoro a distância é barra pesada.
    AMO MFL

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  3. Pensar que daqui pra frente, coisas e coisas acontecerão... XxCamila

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