sábado, 22 de fevereiro de 2014

My First Love - Capitulo 157


Capitulo 157

POV Arthur

- Arthur, cadê aquele cara que me dizia que minha primeira vez tinha que ser especial, que tinha que ser tudo certo pra não me arrepender depois, que me deixou só na vontade por não querer avançar o sinal hein? Não estou te reconhecendo! – falei realmente irritada, ou era cachaça demais, ou ele definitivamente tinha mudado muito.
- Perai! Sua primeira vez? – ele falou começando a rir – Eu entendi direito?
- Vai dormir Arthur! – suspirei e sair do quarto com ódio.
Eu tinha falado que era minha primeira vez, será que agora vai virar motivo de palhaçada isso? Não bastava a Mel que ria de mim sempre quando eu chagava em casa falando que tinha fugido de alguém, ia ter que aturar o Arthur também agora? A Soph era a única que não falava nada, afinal ela e o Mica também demoraram bastante pra chegar aos finalmente.
Meu celular vibrou na cabeceira da minha cama na qual eu tinha acabado de deitar. Vi que era uma mensagem do Arthur.

“Desculpa vai, não entendi direito quando você disse.
Vem dormir aqui comigo, prometo que não faço nada.”

Juro que foi uma proposta tentadora, mas eu tinha que resistir. Apesar de que meu sutiã ainda estava perdido naquele quarto, e não ia ser fácil explicar isso pra Mel amanhã. Resolvi responder a mensagem, mas desistir no meio indo logo direto ao quarto.
Ao abrir a porta o encontrei só de boxer branca, sentado na ponta da cama com o celular na mão me olhando com a cara de cachorrinho que se perdeu da mudança num dia de chuva. Resiste Lua, resiste!
- Só voltei porque tenho que encontrar uma coisa. – falei explicando e sem dar muita conversa.
- Para de clima vai, olha aqui pra mim. – ele falou se levantando e segurando meu braço com uma mão e com a outra virando meu rosto pra ele – Me desculpa?!
- Tá bom Arthur, mas eu ainda tenho que encontrar meu sutiã que você sumiu. – falei nervosa.
- Por um acaso é esse? – ele andou em direção à mesinha do computador da Mel e achou logo atrás do monitor – Apesar de que eu ainda prefiro sem.
- ARTHUR! – falei furiosa novamente.
- Desculpa, foi brincadeira. – ele falou me abraçando – Entendi errado o que você falou. Achei que estava querendo dizer sobre nossa primeira vez, e não da sua primeira vez.
- Ok! Mas vou voltar para o meu quarto. – falei tentando me soltar e acabar com aquele assunto constrangedor.
- Não, fica aqui. Não me deixa sozinho. – ele pedia com voz manhosa, que saudade que eu estava disso tudo – Eu não vou fazer nada.
- Não é questão de fazer algo, simplesmente você carrega essa droga de aliança no dedo e amanhã não vou ter cara de olhar pra meus amigos e meu irmão se passar a noite aqui com você. – eu falei tentando explicar minha posição em relação àquela ideia dele.
- E se eu garantir que te acordo antes? – ele queria de qualquer jeito, e ia ser difícil faze-lo desistir.
- Então você vem para o meu quarto. – falei saindo e ele me puxou novamente.
- E a Sophia?
- Ela tá dormindo e só acorda amanhã à tarde se eu conheço bem, além do mais, não vai acontecer nada. – falei explicando e voltei – Mas coloca uma bermuda pelo menos.
- Ah! Claro. – ele falou indo pegar uma bermuda em sua mochila, e vestindo. Logo depois saindo atrás de mim.
No quarto, tinha um colchão de casal no chão, no qual se encontrava a Soph e minha cama que também era de casal.
- Na sua cama de solteiro era melhor, a gente tinha que ficar mais juntinhos. – ele falou baixinho tentando fazer graça.
- Aquela cama não existe mais. – falei dando de ombros – Descobri que sou muito espaçosa.
- Desculpa ai. – ele deitou e ficou me olhando trocar de roupa – Vai trocar de roupa na minha frente?
- O que tem aqui que você nunca tenha visto? – falei parando de calcinha e blusa apenas, encarando ele – Muito difícil pra atravessar o colchão da Soph e chegar ao banheiro.
- É estranho te ver toda desinibida assim, e saber que você ainda é virgem. – ele não parava de me observar enquanto tirei a blusa e vestir uma camisola.
- Apesar de ainda ser virgem eu cresci, continuo tímida pra muitas coisas, nervosa pra tantas outras, mas não vejo problema nenhum em trocar minha roupa na sua frente, já que não é a primeira vez que me ver assim. – tentei parecer normal, mas o nervosismo me dominava, eu não podia bancar a adolescente de 14 anos que viajou pras estrelas de tanto prazer na beira da piscina, vestida, e sem nem saber do que se tratava.
Falei me deitando do lado dele, sem encara-lo, ou todo aquele discurso de garota descolada iria por agua abaixo. Ele logo me puxou para deitar no peito dele, me abraçando e beijando o topo da minha cabeça.
- Você ainda gosta de mim como antes? – ele perguntou fazendo carinho no meu braço.
Ele me perguntou e eu demorei um pouco pra responder, não queria estragar tudo.


Por Nana F.

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