Capitulo 10 – Festa
Dia de festa, igual a dia de nervoso. Era
essa a comparação que eu sempre fazia se tratando de festas da escola. Nunca
vou me esquecer do episodio do lixo. Passei o dia inteiro em casa, falei com
meus pais logo cedo, eles sempre me ligavam pra saber como eu estava, pois
apesar de ter alguns tios aqui por perto, nunca mantive muito contato.
Logo no final da tarde, os caras surgiram
aqui no apartamento, segundo eles, era a forma de não me deixar desistir de
sair. Pra falar a verdade algo naquele dia me dizia pra ir à festa, algo
importante aconteceria. Nunca acreditei em nada dessas coisas, mas era estranha
demais aquela sensação.
Ao chegar à escola, muita gente já se
encontrava no local. Mesmo com festa tudo se mantinha dividido da mesma forma
que todos os dias de aula. Eram sempre os mesmos grupinhos. Eu sentir um
calafrio enorme em visualizar o grupinho das amigas da Lua, elas me lembravam a
ultima festa da escola que participei, e a todo instante eu tentava descobrir
qual daqueles novos alunos ali presente seria a nova vitima delas.
Demorou um pouco, festa rolando quando meus
olhos encontraram aquela visão maravilhosa, a qual me trazia a sensação de raiva
e me deixava com o coração de um bobo. Ela estava divinamente linda, se não
fosse por aquele infeliz do Ricardo ao lado dela, eu diria que estava perfeita.
Tentei me manter o mais distante possível, mas não conseguir parar de
observa-la durante toda a festa.
E foi devido a essa minha fixação a todos os
movimentos dela que percebi algo estranho. Vi por diversas vezes o Ricardo se
afastando e andando em direção a um dos corredores da escola que ficavam
isolados nesses eventos. Lembrei-me que foi exatamente em um daqueles que eu
cair naquela armadilha da Lua a dois anos atrás. Mas dessa vez Ricardo agia
sozinho, nenhuma das meninas se afastaram com ele, nem mesmo a Lua.
Numa dessas idas não resistir e tentei ir
atrás. E o fato dele entrar em uma das salas desativadas pra reforma me deixou
ainda mais intrigado. O que aquele cara queria ali sozinho? Ao perceber
movimento dele se aproximando me escondi em uma sala ao lado, quando ele se
afastou de fato, fui até a porta da sala e pude verificar a presença de algumas
velas espalhadas pra manter o lugar iluminado. Mais intrigado ainda eu fiquei.
Quando estava saindo da sala pude ouvir vozes
se aproximando, e imaginei que seria a próxima vitima de armações deles.
Resolvi então ficar escondido atrás de algumas estantes armadas no fundo da
sala que guardavam alguns instrumentos de trabalho dos pedreiros eu acho.
Quando a voz se adentrou naquela sala, conseguir visualizar que se tratava
apenas de Ricardo e Lua.
- Por que você me trouxe até aqui? – ela
perguntava com uma voz intrigada.
- Pra poder ficar sozinho com você. Não
gostou? – Ricardo perguntava a abraçando pela cintura.
“Nossa que romântico, o cara traz a namorada
pra ficar sozinho numa sala em reforma da própria escola... Que palhaço!” –
pensei.
- Só acho um pouco estranho. Eu não vejo
necessidade da gente ter que ficar sozinho aqui. – pela voz, ela parecia
receosa, e pelo que pude perceber tentava se afastar sem sucesso.
- Para né Lua, você sempre tentando fugir
quando eu quero alguma coisa a mais com você. – Ricardo já tinha um tom rude na
voz, e não a soltava de forma alguma.
- Ricardo, eu não quero. Para. Vamos voltar
lá pra fora? – Lua tentava se soltar, mas ele estava irredutível.
- Mas eu quero, e você vai gostar. – ele
falou a prendendo entre ele e a parede começando a beija-la de forma violenta.
Naquele momento eu poderia ficar quieto e
deixar que ela pagasse um pouco por todas as armações que ela fez. Mas ouvi-la
pedindo ajuda deixou que o meu lado apaixonado e bobo falasse mais alto.
- Ricardo, por favor, eu não quero me solta!
– ela pediu e eu não aguentei mais.
- Acho bom você soltar ela cara! – eu tirei
coragem sabe lá de onde e gritei assustando os dois.
- O que você tá fazendo aqui? Quem te chamou?
– ele veio pra cima de mim.
- Ninguém me chamou, mas se você não quiser
que eu chame alguém pra ver sua “noite romântica” acho bom largar ela. – falei
com ironia olhando para aquele lugar horrível que ele deve ter tentado deixar
romântico sem sucesso.
- A namorada é minha, deixa que com ela eu me
entendo. – ele falou novamente comigo furioso.
- Ok! Se ela disser que realmente quer ficar
aqui com você eu saiu fora e finjo que nunca vi nada. – falei encarando Lua, o
que fez com que meu coração se apertasse ao vê-la toda encolhida e chorando.
- Você me paga Aguiar, você me paga! – Ricardo
saiu bufando de raiva e bateu coma porta.
Suspirei aliviado por ele não ter partido pra
violência. Encarei Lua mais uma vez, mas decidi sair dali sem falar nada. Ao
passar por ela andando em direção a porta, escutei a voz dela quase
sussurrando.
- Obrigada! – ela se encolheu ainda mais e
chorava muito.
Não conseguir larga-la ali daquela forma.
Aproximei-me, levantei o seu rosto, enxugando aquelas lagrimas que teimavam em
cair. O contato próximo com ela me deixou bobo, por um instante, senti que
poderia ficar a noite inteira ali com ela, mas meu lado consciente falou mais
alto e eu logo me afastei.
- Escolha melhor seus acompanhantes da
próxima vez. – falei e fui logo saindo daquela sala.
Como não sei aonde aquele maluco se
encontrava, fiquei escondido na sala ao lado esperando que ela saísse daquele
lugar e voltasse pra festa em segurança. Só depois que avistei ela andando em
direção as amigas me distanciei de fato. Encontrei os caras e de longe a
observei indo em direção a saída da escola.
Por
Nana F.
aiiiii q lindjoooo
ResponderExcluirai tô muito anciosa para os próximosssssssssss
nossa a sua escrita é perfeita parabénss
bjusss da Nubia
Ta MUUUUITO boa mesmo ... amo tua web :D:D:D
ResponderExcluir----------+++++++++++++++++++-------------
ResponderExcluirAI NANA TO MT EMOTIVA ESSES DIAS AMIGA, E TU AINDA POSTA ISSO? TO CHORANDOO
ResponderExcluir=')
ResponderExcluirAwn. Eita homem apaixonado.
ResponderExcluirThur herói...
ResponderExcluir