terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Um Amor de Novela - 2 - Capítulos 34 e 35


Capítulo 34


POV- Arthur

Lua me abandonara logo depois que a Anne começou a me beijar, imagino que ela tenha ficado enciumada (J ). Tive a infelicidade de vê-la de mãos dadas com um cara, mais velho que eu, entrando num táxi. Não vi mais ninguém além deles entrando no veículo.
Imagino que aquele seja o namorado dela. Pela forma que ele a olhava. Decido que estava mais do que na hora de eu esquecer dela.
Chego no hotel, de mãos dadas com  a Anne, ela me convida pra dormir no quarto dela, penso em recusar, mas lembro-me da Lua e do carinha que estava com ela, acabo aceitando o convite.
Na manhã do dia seguinte a minha ficante, que segundo os jornais do mundo inteiro era uma das maiores beldades da atualidade, levantou-se antes de mim e foi para o salão. Naquela noite eu e ela teríamos a nossa grande festa.

POV- Lua

Acordei cedo e liguei para um dos meus salões preferidos em São Paulo, nunca fui do tipo que amava ir ao salão, e me produzir, mas aquela noite exigiria um preparo especial.
Fiz luzes invertidas no cabelo, escova e depois cacheei-o, maquiagem, pé e mão. No salão, logo que cheguei, encontrei a Anne (amiguinha do Thur) saindo do salão. Ela apenas deu um sorrisinho antipático ao me ver.
Enquanto eu me arrumava no salão liguei para uma loja que eu amo e encomendei um vestido que eu experimentara a um tempo, mas não comprei por achar que não teria aonde usá-lo. Era preto, acetinado, frente única, com um decote em “v”, se ele não tivesse um corte tão bem feito ele seria vulgar.
Estava quase preparada para guerra, faltava apenas uma coisa: companhia masculina.

POV- Arthur

Quando a Anne chegou, usando um vestido branco, salto dourado eu chegeui a achar que era Lua no nosso casamento, mas ao olhar ela mais uma vez notei as diferenças. A Lua tinha uma beleza delicada, um olhar amigável uma risada deliciosa. A Anne era mais fria, muito bonita, mas era aquela beleza obvia demais.
Acabei de me vestir e entramos no carro que nos levaria para grande festa. Lá posamos muitas vezes juntos para fotos, e finalmente chegou a hora de eu fazer meu discurso.
Quando subi no palco vi a porta do salão se abrindo, o salão possuía duas entradas, uma lateral e uma por onde apenas os VIPS entravam, uma escadaria enorme. Por ela entrou a Lua, reconheci na hora, usando um vestido preto, e uma máscara de Veneza (a festa era um baile de mascaras, por causa do filme). Ela não estava só.

Capítulo 35

POV- Lua

Cheguei na festa atrasada, mas por sorte consegui um par. O André, que logo descobri gostar da Stela, se oferecera para me levar. Tenho que confessar que ele estava muito gato de Smoking.
Arthur estava no palco, e fiquei muito feliz ao notar que ele só faltava babar ao me ver entrar no salão. Logo ele retomou o discurso que estava fazendo, ignorando-me.
Quando a pista de dança foi liberada o André puxou-me para dançar. Era um tango, a dança da paixão. Arthur provavelmente ficaria morrendo de ciúmes, afinal, ele não sabia dançar nada.

POV- Arthur

Ao ver a Lua e o amigo dela indo para a pista puxei a Anne para a pista de dança, para que dançássemos. Por sorte tango eu sabia dançar, por causa do filme. Inicialmente o tango estava comportado, mas quando o amigo da Lua levanto-a, segurando-a pela coxa, e colocando a mão com tremenda intimidade tive um ataque.
Peguei a Anne e inclinei-a para trás, depois ela abaixara-se da tal forma que a dança tormava-se cada vez mais quente. Quando chegara a hora de trocar as duplas peguei a Lua pela mão e puxei-a para mim.
Anne fora dançar com um amigo nosso, e o namorado da Lua foi com uma amiga dela.

POV- Lua

Arthur e  a antipática pareciam que iam fazer mais do que dançar na pista, mas quando teve a troca de pares fui surpreendida, Arthur pegara-me para ser dele.
A música voltou a tocar, e nós a dançar. Quando ele me levantara, sua mão ultrapassara o local “amigo” para “namorado”.
“Satisfeito?” Perguntei, brincando com ele ao tirar a mão dele da região entre minhas costas e minha coxa.
“Faz tempo que não.” Ele responde.
Continuamos dançando e cada vez mais o meu sangue circulava com maior dificuldade. Em determinado momento estava tão tonta que decidi sair correndo dali. Caminhei até um dos vários salões privados da festa.

POV- Arthur

Quando dancei com a Lua senti-me em guerra, comigo e com ela. Desejava reconquistá-la, mas ela estava como uma pedra de gelo.
Estavamos dançando, evitando o se olhar nos olhos, quando a Lua soltara-se de mim e correra para uma das salas. Decidi ir atrás dela.

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