Amizade Colorida - 3 - Capítulos 21 e 22

Capítulo 21

POV- Lua

Sou surpreendida pelo Arthur, que entra na cozinha e beija o meu pescoço. Começo a rir e me viro pra ele. Passo um pouco de brigadeiro no lábio inferior dele e ele ri.

“Você me sujou.” Ele fala, passando um dedo na boca.

“Sujei. E daí?” Falo.

Com isso ele me puxa para perto dele e nossos lábios ficam quase se tocando. Antes que eu me arrependesse recuo. Não poderia beijá-lo. Se fizesse isso me arrependeria.

POV- Arthur

Eu estava disposto a tentá-la. Seria uma tentativa de voltar a me relacionar com ela. Ela passa o brigadeiro no meu lábio e eu quase a grudo na parede, ficamos apenas a alguns centímetros de distância.

Me inclino para beijá-la, podia sentir que ela também me desejava. Não contenho-me mais e a beijo. Ela não se contem e me beija também.

Eu estava tão desesperado que sento-a na mesa de granito que havia ao lado do fogão. Ela crava as unhas nas minhas costas e eu mordo a boca dela. Quanto tempo havíamos ficado sem nos tocar? Sem nos beijar? Deveria ter sido um século, mas ao mesmo tempo algumas horas, pois eu conseguia me lembrar cada coisa que eu e ela fizemos, o que ela gostava, o que a levava à loucura.

POV- Lua

Não contenho-me, beijo-o. Ele me senta na mesa de granito e eu começo a desabotoar a calça dele. Mas, com um surto de lucidez, eu paro. Olho-o e falo:

“Arthur, não posso fazer isso mais.” Falo.

“Por que?”

“Por que é muito doloroso, não agüento mais machucar ao meu coração.” Falo.

Saio da cozinha e ele me puxa de volta para si.

“Por que doe tanto?” Ele pergunta.

“Por nada.” Eu falo.

“Lua, eu preciso falar uma coisa.” Ele me avisa.

POV- Arthur

“Fala Arthur, to ficando nervosa.” Ela exige.

 “Ta, eu falo...”

“LUAEUTOAFIMDEVOCÊ”

“O que?” Ela fala.

Eu havia falado enrolado, não tinha como ela compreender.

Decido então repetir, ando até a varanda do quarto e grito, em alto e bom som:

“EU, ARTHUR AGUIAR, AMO A LUA BLANCO”

Capítulo 22

POV- Lua

O que ele falou? Que me amava? Não. Impossível!

“Como? Quando? O que?” Falo imitando a personagem da Mel.

 Antes que eu tivesse a chance de falar qualquer coisa ele sai correndo do meu quarto. Estava com uma cara triste, de magoado.

POV- Arthur

Nunca me sentira tão humilhado. Ela deveria achar que eu era um besta. Um bobalhão. Saio correndo da cozinha dela.

Penso em todos nossos momentos juntos. Em como eu havia beijado-a na piscina, da inveja que senti quando ela beijou o Bê, do nosso momento na rede, lembro-me de tudo, to pulo de asa-delta...

POV- Lua

Ele sai correndo da minha cozinha. Lembro-me de como havia sido bom beijá-la. Tento não pensar que estava prestes a perde-lo. Concentro-me nas coisas que havíamos passado juntos, enquanto corro pelo corredor atrás dele.

Não podia gritar, afinal se gritasse os outros me ouviriam, e minha chance de falar qualquer coisa seria perdida.

Quando finalmente o alcanço o seguro pelo braço. Ele me encara se solta e continua a andar.

POV- Arthur

A Lua sai atrás de mim, mas não estou a fim de escutá-la, estava humilhado demais. Largo-me dos braços dela e continuo andando.

Por Amanda L.

Passando mesmo só pra avisar que amanhã são os últimos capítulos, e que tem uma novidade pra contar pra vocês... Mas só amanhã!

Beijos, Nana F.