A Nossa Chance - Capitulo 23

23 - Bambi

POV Arthur

- Cara, quando você desmaiou no hospital, eu já tinha achado o ato bastante gay, mas agora, te vendo com essa cara toda pintada eu tenho certeza, você nasceu pra ser gay.  – disse Chay zoando com a minha cara, de novo.

Vou explicar, estávamos eu e Mari em mais um momento pai e filha, ela estava terminando de passar o batom, ou gloss, não sei o nome daquele troço, pra mim é tudo batom! Retomando, quando ela passava aqui quando ela tava passava aquele troço em mim o babaca entrou assustando geral, principalmente a mim que tava com a cara toda pintada.

E desde o momento que ele entrou não para mais de zoar com a minha cara, e a minha filha que era pra estar do meu lado, estava rindo das palhaçadas do tio ‘Clay’, enquanto eu tentava inutilmente, me livrar desse carnaval no meu rosto.

- Tio Clay o papá e gley?

- O seu pai é o gay dos GAYS!

- Mesmo? – os olhinhos dela brilharam. Minha filha é tão inocente! – E o que é um gay?

- Não tem aquele desenho, bambi? – ela assentiu – Então, o seu pai é tipo o bambi, todo veadinho.

- Chay! – grunhi aquilo já tava indo longe de mais.

- Então o papá é como o bambi? – ele assentiu – AHHHH, eu tenho um papá bambi, vou contar pra todas as minhas amiguinhas! - e ela saiu toda saltitante dando gritinhos de alegria.

- Você me paga! – apontei o dedo para Chay, que deu de ombros.

- Ahh, qualé foi engraçado.

- Não foi não, agora eu vou ter que explicar pra ela o que é um gay!

- E não é mais fácil deixa-la com a fantasia.

- Era mais fácil você não ter pronunciado isso perto dela. E não, deixa-la com a fantasia só pioraria a situação.

- Você supera! – ele deu-me tapinhas no ombro.

POV Lua

Estava na sala contando em meio a gargalhadas o ocorrido no hospital e a conversa que tive com Arthur ainda inconsciente, a Mel.

- Não perâ, - ri mais um pouco. – ai ele disse ‘ Não se preocupe meu amor eu não vou te abandonar!’, eu falei ‘ é lógico que não, eu não vou ter duas crianças sozinhas.’ Ai ele disse assim, ‘ a vaca já tá prenha mãe?’!

- A vaca já ta prenha? – Mel gargalhou. – De onde ele tirou isso?

- E eu que sei? Ele tava inconsciente e emocionalmente abalado! – ri mais um pouco.

             ***

- Cadê a Mari?- estávamos na cozinha comendo um delicioso pedaço de bolo de chocolate.

 - Ela ta La em cima com o Arthur e o... – fui interrompida pela minha pequena que vinha gritando coisas desconexas do tipo “Eu tenho um bambi”, “ Eu tenho um pai bambi”. Ela entrou na cozinha toda saltitante.

- Mama, mama, mama... – ela abanava as mãozinhas em sua clara demonstração de alegria.

- Calma filha, respira. – ela respirou fundo. – Agora explica.

- O tio Clay de que o papá é gley, ai eu perguntei o que ela gley, ai ele disse que ela tipo o bambi, então o papá é gley e é o meu bambi.

- Eu vou matar o Chay, Mel.

- Fique a vontade!

- Isso num é legal mama? Eu tenho um bambi.

- É meu amor, é muito legal. – disse passando as mãos pelos cabelos da minha pequena.

Por Karina, Andreliny e Yanca