A Nossa Chance - Capitulo 51

51 - Mês seguinte

POV Arthur

Tudo estava indo de mal a pior. Depois da cirurgia Lua havia ficado em coma. Mari ainda ficou alguns dias no hospital, mas logo voltou pra casa. Ray sempre aparece aqui para cuidar dela, por que depois que eu descobri que Caique era realmente meu filho eu não parava mais em casa. Sim, foi positivo, recebi há uns dez dias depois do acidente o resultado do exame, e foi a melhor coisa que poderia ter me acontecido nesses últimos tempos. Ele era um amor de menino, claro que houve estranhamento da parte dele, já que ele não sabia o que era uma figura masculina dentro de casa a não ser aqueles homens que iam ‘visitar’ as meninas do bordel. Falando no bordel, eu aluguei um apartamento para ele e a ‘tia’ Margô. Eles vivem bem agora, ajudei a mulher a pagar as contas daquela casa e estou ajudando-a a criar meu filho, pelo menos até Lua acordar do coma e eu criar coragem para contar.

- Papa, o sinhô vai sai de novo? – perguntou minha princesa, quando eu estava pegando as chaves do carro.

Ela estava relativamente carente, mesmo com todos os tios babões que sempre vinham aqui ficar com ela e os priminhos que a ajudavam na bagunça, ela sentia falta de Lua e minha também. Mas não posso fazer nada, Caique também precisa mais de mim do que ela.

- Sim princesinha, mas eu volto logo. – beijei sua testa e fui em direção a porta. Já do lado de fora minha querida irmã me alcança para mais uma de suas brigas cotidianas sobre eu não parar mais em casa.

- De novo Arthur? – ela cruza os braços e bate o pé. – Onde você vai todas as tardes? Por que trabalhar é que não é, já que pegou o turno da manhã!

- Eu direi no tempo certo.

- Você já parou pra pensar o que isso tá causando a sua filha? Você sabe o que ela me disse? Ohh que burra que eu sou é claro que ele não sabe, não para mais em casa!

- O que ela disse? – suspirei.

- Disse que o pai dela não a ama mais, disse que ele acha que ela é a culpada pelo acidente da mãe. Eu perguntei o porque, daí ela respondeu, por que ele me ignora de todas as maneiras possíveis.

Eu petrifiquei, aquelas palavras foram mesmo ditas da boca da minha menininha? Deus o que eu estava fazendo? Eu dava atenção demais a um e esquecia totalmente da outra.

- Pois diga a ela que isso não é verdade. Eu já vou indo. – dei as costas a Ray e fui pra casa do meu filho.

Por Karina, Andreliny e Yanca

Foi mal... Chegando em casa só agora e cansadinha.

Amanhã a gente conversa direitinho... Comentem.