Mais que Amigos - Cap 47 e 48

Post 47

Eis que resolvi me mexer na cama e pra minha sorte ele aperta mais. Só podia está sonhando.

- Arthur... – falei baixinho – Thur!

- Huum – sim, esse foi o único barulho que aquele ser lindo e gostoso falou.

- Eu preciso levantar, pode afastar um pouquinho? – continuei falando baixo, não queria acordar Ju.

- Luinha, tá cedo, fica quietinha vai. – ele estava achando que eu era Julia que ele mandava ficar quietinha quando acordava pra ele poder dormir mais?

- Arthur, eu preciso ir ao banheiro, pode ser ou tá difícil? – falei perdendo a paciência.

Será que ele não percebia que se fosse por minha vontade morreria ali naquela cama seminua com ele? Pensando bem, ele não percebia.

- Arthur, eu to falando sério.

- Tá, bom dia pra você também. Não sabe nem ser carinhosa. – ele falou emburrado e abrindo finalmente os olhos e se afastando de mim.

- Bom dia. Desculpa acordar assim, mas eu preciso muito ir ao banheiro. – falei me levantando e abrindo a porta do quarto.

- Epa! Aonde você vai assim? – ele se sentou na cama e apontava pras minhas pernas.

- Banheiro. – falei impaciente – Acho que já falei isso umas três vezes.

- Vestida assim? – ele me olhava de uma forma que estava começando a me deixar constrangida. – Ou melhor, sem se vestir?

- Estou apertada. – me virei pra finalmente sair do quarto ele saltou em cima de mim.

- Pelada você não sai do quarto.

- Deixa de besteira, o banheiro é aqui do lado. – falei já incomodada pra ir ao banheiro. – E eu não tô pelada.

- Tá de calcinha. – ele cruzou os braços e se apoiou na porta.

- Você tá de cueca.

- Não estou passeando pela casa assim.

- Arthur, não tem ninguém na casa.

- Tem sim, os meninos tão ai. Não é só Soph e Mel.

- Arthur, o Chay é meu primo, e o Mica é meu amigo e namorado da Soph.

- Não interessa, não quero que saia assim. – ele estava irritado de verdade. Surtou!

- Eu vou fazer xixi aqui no quarto, estou apertada de verdade.

- Se tivesse vestido a calça já teria ido e voltado.

- Por que você pode me ver assim e os meninos não? – cruzei os braços ficando de frente pra ele.

- Porque... Porque... Não sei, e você só está assim na minha frente porque não sabe dormir de roupa.

- Pelo visto você também não. – falei e fiz questão de fazer uma varredura com o olhar naquele corpinho. Nossa senhora do chuveiro elétrico, dai-me resistência. Que saúde!

- Para de olhar.

- O que tem de mais?

- É feio pra uma garota ficar olhando assim. Tá com cara de depravada.

- Arthur! – falei furiosa, só não gritei porque lembrei de Julia a tempo.

- Tá depravada não, foi pesado. Mas fica com cara de menina que apronta e você não é assim.

- Caro Arthur, se não se recorda...

Post 48

- Caro Arthur, se não se recorda... Não sou mais inocente há algum tempo – encarei o corpo novamente e dessa vez com caras e bocas pra provocar – E da licença ou não respondo por mim.

Ele me olhou achando estranho e só depois entendi o duplo sentido.

- Não respondo por mim em relação a minha vontade de ir ao banheiro.

- Tá... Tá – ele ainda estava perdido – Vou olhar se tem alguém no corredor, se tiver você vai vestir uma roupa.

- Sim papai!

Mal esperei ele abrir a porta, empurrei de uma vez e sair correndo me deparando com Mica saindo do banheiro.

- Bom dia Mica. – ainda ganhei um abraço.

- Lua! – Arthur gritou – Mica respeita sua namorada e larga a Luinha que ela está quase sem roupa.

- Exageradoooo! – entrei no banheiro batendo a porta.

Só pude ouvir risadas de Mica e ele contando o quanto eu era teimosa e dava trabalho. Quando encostei minha mão na fechadura pra abrir a porta após destranca-la, ele logo a abriu com minha calça na mão.

- Ou veste ou não sai daí. – pude ver ele furioso e já vestido com a calça dele.

Apenas dei língua e puxei minha roupa me vestindo com a porta aberta mesmo. Grandes coisas ficar com uma calcinha short no meio de pessoas que eu já cansei de ver de roupas de banho pela casa.

- Satisfeito, papai!

- Não fala assim. – ele vinha atrás de mim furioso – É para seu próprio bem que faço isso.

- Isso o que? Vocês não dormem não? – falou um Chay sonolento saindo do quarto – Quanto barulho.

- Seu amigo que agora quer ser meu pai. – falei entrando no quarto.

- Sua prima que quer andar pelada por ai. – ele ainda estava bravo.

- É Luinha, se eu fosse solteiro e você não fosse minha prima eu ia adorar a ideia de te ver andando como veio ao mundo. – Chay gritou do corredor enquanto Arthur resmungava e entrou no quarto sem nem me encarar.

Eu já calçava meu tênis, já tinha colocado a minha blusa. Dobrei as cobertas e ele escorado na porta ainda mudo.

- Quando Julinha acordar da um beijo nela por mim. – falei e esperei ele sair da frente da porta pra que eu pudesse sair do quarto.

- Vai pra onde? – ele perguntava assustado.

- Já estou vestida, não se preocupe. – falei furiosa. Esse joguinho de ciúme dele só me fazia criar esperanças onde não tinha.

- Vai aonde? – ele repetiu novamente começando a me olhar com cara de cachorrinho que caiu da mudança, ele queria se desculpar. Conheço bem.

- A depravada vai pra casa, não se preocupe papai, prometo que aviso quando chegar e se for sair.

- Não brinca! Desculpa vai, falei sem pensar estava com raiva.

- As palavras às vezes machucam. – comecei meu drama, adoro isso.

- Eu sei, me perdoa. Mas é que eu esqueço que você cresceu, eu esqueço que minha irmãzinha não é tão pequena. E quero te proteger igual faço com Julia. – ele segurava minha mão e eu logo puxei.

- Eu cresci, eu não sou sua irmã, e por sinal eu cuido também da sua filha. – falei me soltando e saindo do quarto. Até quando eu seria só a irmãzinha?

Por Nana F.

Bem... Esse post inda foi programado... Quem sabe eu chego de viagem empolgada e passo por aqui mais tarde.

Mesmo assim, Feliz Pascoa pra todos!!!!