Apenas um Feriado... Ou não! - Capitulo 13

Capitulo 13

Domingo, 18 de novembro de 2011

É hoje o dia de ir embora. Dia de dar tchau a todos os momentos engraçados que passamos aqui. Não quero pensar muito nisso que me dar uma dorzinha no peito. Estou aqui acordada e só apreciando essa perfeição do meu lado. Sério, esse garoto deve ter sido desenhado.

- Se você ficar me olhando mais um pouquinho, eu vou começar a cobrar. – ele falou ainda de olhos fechados.

- Tô olhando nada. Quem disse? – falei fazendo desfeita.

- Bom dia, coisa linda! – falou e me beijou num selinho demorado.

- Bom dia preguiçoso. – respondi fazendo um leve carinho com meus dedos no seu rosto.

- Dormiu direitinho?

- Assim que me acostumei com um ronco horroroso, eu dormir. – falei séria e ele riu – Só acordei agora a pouco quando o Chay antes de sair do quarto, puxou meu pé.

- Ele vai encher meu saco, mas valeu a pena. – ganhei mais um beijinho.

- O que vamos fazer hoje? – perguntei me sentando na cama.

- Bom, pelo horário, vamos comer algo. Arrumar as malas. Ou dar uma ultima volta ou descansar um pouco e pegar estrada. – falou fazendo bico.

- Putz! Onze horas já? – falei assustada – Vou tomar um banho, arrumo minhas coisas, depois vamos comer e dar uma volta, pode ser?

- Tô com fome. Posso comer antes? – falou rindo e com olhinhos pidões.

- Enquanto eu tomo banho você come, mas não demora pra gente não perder tempo. – falei e corri pra fora do quarto ouvindo ele reclamar que queria um beijo.

Sem tempo agora. Agradeci a todos os santos existentes ou não o fato de entrar no quarto e não ter nenhuma das meninas. Porem depois do meu banho, eu fui bombardeada por perguntas de Sabrina e Sophia. Mas nada muito sério. Arrumei tudo meu que estava espalhado e sair do quarto dando de cara com aquela criatura linda me esperando. Me entregou meu celular dizendo:

- Esqueceu no quarto, tocou, mas eu tava no banho.

- Minha mãe. – falei assim que vi o numero da chamada perdida – Deve ser pra saber que horas a gente vai sair daqui.

- Falei com Chay, ele quer sair umas quatro, cinco horas. – falou me abraçando de lado e caminhando comigo na direção da sala – Pra não pegar nem um sol muito forte na cara, nem um transito insuportável.

- Ok! Vou ligar pra ela.

Assim que retornei pra sala, um Chay e uma Mel com cara de quem aprontavam, me aguardavam. Mel fazia perguntas indesejáveis, e Chay bancava o ciumento. Mas o meu bom humor não me permitia ficar chateada nem me incomodar com isso.

Logo sai com Arthur e fomos almoçar fora. Menininho querendo ser romântico!

Foi tudo lindo, tudo magico. Parecíamos um casal de namorados felizes da vida. Eu com certeza vou sentir falta disso tudo amanhã. Só de pensar, dar aquele aperto no peito sabe? Aquela sensação de vazio.

Dada hora marcada retornamos pra casa. Encontrando apenas os dois casais. Segundo Mel, Sabrina voltou com Marcelo, não iria segurando vela de jeito nenhum. Voltamos nos carros da mesma forma que fomos. Mel com o Chay, e eu com Arthur, Mica e Soph.

Pegamos um pouco de engarrafamento, chegamos por volta das 19h00. Arthur deixou o casal de maluquinhos primeiro, indo me levar sozinho, segundo ele pra se despedir direito.

- Sério que acabou? – ele falou assim que estacionou em frente a minha casa – Queria que só estivesse começando.

- De volta a realidade querido Arthur. – falei e fiz carinho no rosto dele.

- Não quero. – fez bico – Vamos voltar? A gente foge e esquece de tudo.

- Proposta tentadora. – dei um selinho rápido – Cuidado se não eu aceito.

Rolaram mais algumas dessas piadinhas, e o que percebi na verdade, é que nenhum dos dois queria acabar esse clima gostoso. Até que no meio de tantas risadas, o momento tenso de silêncio reinou, e eu percebi que era hora de acabar com aquele sonho.

- É... Tudo bom, tudo lindo, hora de entrar. – falei me distanciando dele e ele assentiu calado – Obrigada pela companhia, pelas risadas, obrigada pela carona... Acho que já agradeci tudo.

Ele riu e abriu a porta dele, o mesmo fiz com a minha. Caminhamos em direção ao porta-malas a fim de pegar as minhas coisas. Aquele silêncio todo me matava. Era torturante!

- Quanto à carona, estamos ai sempre que precisar. As risadas, você não precisa agradecer, pois foram recíprocas. E quanto a companhia... – ele se aproximou mais de mim – A sorte foi minha.

Foi à vez de um beijo rolar. E esse foi diferente. Tinha sabor de saudade de despedida. Havia a necessidade de se respirar, mas o medo de separar nossos lábios e ser o fim de tudo era maior. Decidi que morreria asfixiada, mas não o largaria. Pena que essa era uma opinião só minha.

Ele deu fim ao beijo com selinhos, ficamos nos encarando enquanto as respirações normalizavam, ou tentavam pelo menos, e ele quebrou o silêncio dessa vez.

- Adorei esses dias com você. Só que agora é hora de ir. – ele distanciou um pouco nossos rostos, mas permanecia encarando.

- Tchau! – nunca imaginei que dizer isso fosse doer tanto.

- Tchau. – ele respondeu baixinho.

Pronto. Aquele foi o final do meu feriado.

Apenas entrei em casa, arrumei algumas coisas que precisaria pra faculdade amanhã, verifiquei meu e-mail pra saber se tinha algo novo, tomei um banho e me joguei na cama.

Lembranças do feriado eram inevitáveis, mas também, quem disse que eu queria esquecer?

Por Nana F.