Diário de Férias - Capitulo 13 - parte 1

13º Dia

-Pov Lua – Diário -

Bom dia querido diário. Hora de colocar as novidades em dia.

Pra começar, vamos ao que faltou de ontem. Não tive paciência pra escrever tudo quando cheguei.

Depois do nosso café, convenci a Arthur voltar ao seu humor normal. O garoto realmente não gosta de ser contrariado. Seguimos entre piadinhas, para um shopping. Assistir filme. Eu queria mesmo assistir um belo romance aguas com açúcar, mas poderia deixar a situação chata então concordamos em uma comédia.

Terminado o filme, no qual rolamos de rir, e fiquei observando Arthur se divertir igual uma boba, fomos “almoçar”. Comemos ali mesmo no shopping.

Almoçar depois das cinco da tarde, só nós mesmo. Seguimos então a uma maravilhosa loja de chocolates, Arthur realmente era tão viciado quanto eu. Me fez experimentar diversos recheios diferentes, acho que vou morrer intoxicada antes de voltar pra casa.

Mais uma volta olhando vitrines e conversando amenidades, é dada a hora de seguirmos o nosso passeio. Em momento algum ele me contou pra onde iriamos. Foi surpresa até eu avistar no fim daquela grande avenida o Arco do Triunfo (Foto!) o lugar é realmente lindo. Sophia já havia me falado sobre, mas nada em que minha mente, ou fotos eram capazes de descrever. Ao vivo era tudo mais lindo ainda.

Chegamos pela Champs Elysées, uma das doze ruas que direcionavam para o monumento. Era absurdamente lindo aquelas arvores todas, todas aquelas luzes. Sem palavras. Assim que Arthur estacionou o carro percebi que ele olhava pra cara de idiota que eu provavelmente fazia. Ele logo saiu do carro mandando que eu pegasse o celular pra tirar fotos. Todo delicado como sempre. Quase um ogrinho.

Enquanto observávamos tudo e ele não parava de admirar o local, percebi que a admiração dele era maior que o normal. O brilho nos olhos era algo diferente. Alguma coisa a mais esse lugar significava pra ele, eu só não sabia ao certo o que. Ousei a perguntar o porquê de aquele lugar ser tão especial. Mas ele preferiu dar atenção a um gesto meu de frio e mudar de assunto. Respeitei. Não queria estragar o momento.

Ele me abraçou de lado pelos ombros, tentando me proteger do vento gelado, mas a forma delicada que ele conversava me chamando de lesada, de burra me fez gargalhar e chama-lo de carinhoso de uma forma irônica. Eu só não imaginava ser surpreendida. “Se quiser, realmente eu sou carinhoso.” Foram as palavras dele.

Não sei mais no que pensei, no que ouvi, só sei que me entreguei ao momento e me deixei levar. Foi um beijo calmo, bom. Aqueles lábios macios encostados nos meus me fez ver estrelinhas e as borboletas voarem pela minha barriga. A língua brigando por espaço junto a minha me fazia arrepiar. O perfume inebriante fez meu coração saltitar. O beijo realmente foi muito bom, mas termina-lo se fez necessário pela falta de ar. Separamos entre sorrisos e selinhos, e a vergonha de encara-lo por um momento, mas poxa! Eu estava aqui era pra aproveitar, queria mais era curtir, e iria fazer isso. Continuávamos com as fotos. Ele era uma verdadeira criança, e eu só fazia sorrir de tudo. Até que o alvo das fotos se tornou eu.

Nunca gostei de fotos e fui salva por uma mensagem de Soph, querendo saber onde eu estava. Nem respondi, mas foi o suficiente pra ele ousar a tirar fotos minha, com o celular dele. Ainda postou.

Brinquei a respeito da legenda que ele colocou e o fato dele ser mulherengo. E mesmo com brincadeiras ele foi fofo pra responder. Em momento algum me enganou, se mostrou ao contrario do que é, ou me deu esperanças de algo futuro. Foi apenas ele.

Terminamos na porta do hotel, já tarde, e com três mensagens de Sophia no meu celular. Beijos, carinhos, risadas, fotos, troca de números de celular, enfim. Fui dormir feliz.

Porém, hoje não acordei tão bem assim.

Por Nana F.