Diário de Férias - Capitulo 15 - parte 6

- Pov Lua – Diário -

Cheguei elétrica demais pra ir dormir. Atualizar logo os últimos acontecimentos.

Minha meia hora de sono se estendeu até a hora do almoço. Acordei com uma Sophia esfomeada batendo na minha porta pra irmos almoçar logo antes de sair.

Assim feito, seguimos pra uma tarde de meninices. Salão com direito a cabelo, unhas, massagens e tudo que temos direito. Arriscamos algumas comprinhas de coisas simples apenas pra complementar o figurino da noite. E posso garantir uma coisa. Nada melhor que salão e compras pra melhorar a alto estima de alguém.

Já na hora de sairmos, comecei a me sentir incomodada com as tentativas de piadas falhas de Chay. O garoto tentava na maior boa vontade me deixar alegre, mas estava difícil. Resolvi que não estragaria a noite de ninguém, e manteria nem que fosse um sorriso falso no rosto.

Tudo muito bom, tudo muito bem, até que um ser caindo de bêbado se aproxima. Juro que após ouvir todas aquelas cantadas na noite me perguntei por que tive que me encantar justo por Arthur. Bonitinho, mas ordinário.

Ele tentou me provocar, falando que eu estava até arrumadinha e quem sabe conquistaria um francês. Não sabe ele que no ponto “se eu quiser pegar qualquer um, eu pego” eu me garantia. Sério, posso não ser nenhuma coisa linda, mas sei que não sou total de se jogar fora. Posso não atrair gente que preste, mas meu dedo podre pra escolha não vem ao caso agora.

O respondi de forma educada, e mesmo assim ele continuou as piadas o que deixou Soph e Chay revoltados. Ele também falou algo sobre pé na bunda, e mais uma vez minha opinião sobre o garotinho mimado não saber ouvir “não” voltou. Ele está acostumado a ter tudo que quer, isso o deixa irritado.

Arthur logo se atracou com uma loira bem na minha frente. Foi a conta pra Sophia falar em ir embora e Chay reclamar por ter que pegar a chave do carro do primo ainda. Eu não queria ser empecilho pra fim de festa e tentei ao máximo esboçar naturalidade com o melhor e mais falso sorriso no rosto.

Mas meu sangue de barata não dura para sempre!

Quando percebi que ele se aproximava com a garota a qual ele nem sabia o nome, pra apresentar a nós três minha vontade foi realmente de soca-lo, o que só piorou com o nome que ele me deu: “Garota do Brasil, uma viajante solitária”. Isso ainda tá ecoando na minha cabeça. Mas eu ainda terei oportunidade de falar umas boas verdades pra ele.

Esperei menos de cinco minutos e me retirei da mesa avisando que iria ao banheiro. Não pensei duas vezes em me dirigir ao bar, pagar a conta e ir embora.

Sim, mesmo não consumindo quase nada, não daria o gostinho daquele infeliz se gabar achando que pagou algo pra mim. Se ele era acostumado a atrair garotas pela carteira, eu também era, e por sinal sempre tentei esconder a minha pra evitar falsidade, mas sabia bem os momentos de usa-la. Aproveitei e deixei um recado pra ser entregue a Sophia também. Não seria justo com ela sair, e deixa-la preocupada juntamente com Chay.

Bom, aqui cheguei, e aqui estou. Realmente solitária, com o orgulho massacrado, e com sintomas de quem se interessou pelo cara errado. Mas eu supero. Sempre superei!

Até amanhã

Por Nana F.