Diário de Férias - Capitulo 19 - parte 4

- Pov Cupido -

- Algo que eu posso te ajudar? – ele perguntou finalmente a encarando depois de estacionar ainda dentro do carro.

- Por enquanto não. – a garota respondeu baixo, com os olhos lacrimejando novamente.

- Não chora. – Arthur arriscou passar a mão para enxugar as lágrimas da garota.

O simples contato, o toque entre os dois gerou uma sensação estranha, diferente para os dois. O que deixou ele bobo, e ela sem graça.

- Vamos subir logo? – Lua cortou o clima que ali se formava – Meu joelho tá realmente doendo, quero limpar logo isso.

- Claro... Claro. – Arthur falou e desceu correndo do carro indo ajudar a garota a sair do outro lado.

- Eu posso andar, relaxa. – Lua falou assim que pegou sua bolsa e saiu de dentro do carro.

Ao colocar o pé no chão e da os primeiros passos, a garota se incomodou com o ardor dos arranhões, mas não falou nada. Apenas deu alguns passos lentamente e tentando não mudar muito a fisionomia.

- Sinto muito, você está tentando disfarçar, mas não tá rolando. – Arthur falou pegando a garota no colo de surpresa – Para de orgulho e deixa eu te ajudar a subir.

- Arthur me põe no chão? – ela encarou o garoto, incrédula – A gente vai subir de elevador, não precisa isso.

- Pode espernear, gritar, eu não vou deixar você forçar nada. Já basta que não deixou eu te levar para o hospital e vou ficar com peso na consciência.

- Você quando quer sabe ser chato. – a garota falou irritada.

- E você quando quer sabe pirraçar. – ele falou assim que ia entrar no elevador e a garota esticou as pernas pra que ele não pudesse entrar com ela nos braços – Luh, dobra a perna e colabora?

- Me põe no chão. – ela olhava irritada. Ele não teve como convencê-la.

O silêncio reinava no elevador. E Arthur inquieto, logo tratou de quebra-lo.

- Você estava vindo de onde?

- Não quero falar. – ela fechou os olhos e respondeu se apoiando na parede do elevador.

- Foi o lugar que não te deixou bem... Ou foi... Ou foi alguém? – ele não resistiu e perguntou.

- A gente pode falar disso outra hora? – Lua olhou pra ele com carinha de súplica, ele logo entendeu.

- Se você prometer que me conta depois. E que não tá assim pelo que te fiz. – ele falou realmente arrependido.

- Não foi sua culpa. Nem o motivo de está assim, nem atropelar uma louca no meio da rua. – ela falou com um leve sorriso e ele acompanhou. A situação já se tornava engraçada – Que vergonha!

- Não precisa ter vergonha, poderia ter sido grave. – ele olhava pra ela com carinho. E aquele olhar era o suficiente pra conforta-la.

- Deus me perdoe, mas talvez bater de leve com a cabeça e ter uma perda de memória recente não me faria tão mal. – ela falava e o elevador já parava no andar do garoto.

- Não fala isso nem de brincadeira. Eu sei que eu te magoei, mas...

- Já falei que não foi sua culpa. – ela parou e segurou o rosto do garoto.

Eles se olhavam, se encaravam. Sentiam que um precisava do outro, mas tinha receio de tudo isso. Ela por achar que não deveria arriscar novamente – a decepção era mais evidente que a felicidade. E ele por medo da reação que ela teria se ele tentasse algo novamente, mesmo que fosse apenas um beijo.

- Já que não posso te levar no colo, pelo menos apoia o peso em mim? – ele esticou o braço abraçando a garota de lado e ela apoiou finalmente nele.

Ao abrir a porta do apartamento, a surpresa.

Por Nana F.