Diário de Férias - Capitulo 22 - parte 3

- Pov Cupido -

Passavam-se de quatro horas da tarde e Lua tomou uma decisão.

Ou ele a contaria o porquê daquele silêncio todo, ou voltaria ao normal. Caso contrário, ela que voltaria pra casa.

- Arthur, você está bem?

- Ótimo – ele era sarcástico e se sentava em frente ao sofá da pequena sala que ela havia deitado mais cedo e pegado no sono.

- Essa sua resposta não me convenceu. – Lua tentava anima-lo – Certeza que não quer conversar?

- Eu já falei que estou bem. – o garoto ficou em pé de frente pra janela, onde visualizava um bonito fim de tarde.

- Eu só queria poder te ajudar. – a garota se levantou, aproximando-se dele com uma voz mansa – Fala pra mim vai?

- Você pediu seu tempo, eu dei. Respeita o meu agora? – ele não encarava a garota, apenas respondia de forma fria.

- Desculpa, eu só tentei ajudar. – ela fez um leve carinho no rosto dele, que ao sentir o toque fechou os olhos, mas logo se afastou.

- Não preciso de ninguém com pena de mim agora tá? Isso é o que eu menos quero.

- Eu não estou com pena de ninguém, só queria tentar melhorar seu humor...

- Esse é o humor que tenho pra hoje, me desculpe se te fiz acreditar que seria diferente ficar muito tempo ao meu lado. – ela queria acreditar não ouvir aquilo.

- Eu realmente acreditei que seria diferente. Realmente eu acreditei que você era diferente. Mas acho que me enganei. – Lua falou saindo da sala – Vou tomar um banho.

Durante o banho Lua se lembra da carta, e do pedido de Chay. Ela não tomaria nenhuma atitude precipitada, apesar da vontade ser apenas de ir embora daquele lugar. Não era agradável ficar com um Arthur transtornado. Um Arthur que não era o dos seus sonhos nem de longe. Um Arthur mudo e irritado sabe-se lá com o que. Ela finalmente resolve voltar pra sala.

- Cheirosa. – Arthur falou, mas depois de um breve sorriso, voltou a ficar sério.

- Obrigada. – Lua respondeu, achando que ele finalmente poderia está melhor – Vai tomar um banho também, quem sabe você relaxa?

- Banho não costuma levar meus problemas embora. – ele era sério novamente, mas pelo menos falava algo.

- Tá. E o que eu posso fazer pra você pelo menos me dar um pouquinho de atenção?

- Lua, eu acho melhor você não querer minha atenção. – ele falava se irritando novamente – Sei que fui eu que te pediu pra vir, mas eu não estou sendo uma boa companhia. Não sei por que ainda insisto em trazer alguém comigo.

- Talvez seja pra não deixar que você fique ainda mais só do que tenta.

O garoto nada respondeu.

Meia hora...

Quarenta minutos...

Cinquenta... Foi o tempo que se passou em silêncio. O sol já sumia e pela janela Lua avistava o chegar da noite.

- Arthur, eu vou respeitar seus problemas, não vou obrigar que me conte nada, mas pelo menos da pra conversar algo comigo? – ela não se conformava com todo aquele mistério e silêncio – Será que pelo menos você pode lembrar que me trouxe pra cá e que a gente poderia conhecer algo aqui, sei lá! Da uma volta, falar algo, qualquer coisa...

- Eu já te falei que infelizmente eu não consigo ser uma boa companhia pra ninguém. Não quero pegar a estrada de volta agora, a gente volta amanhã cedo pode ser?

Por Nana F.

Manhã recheada de DDF... E mistérios.

A tarde promete!