Encontros & Acasos - Capitulo 6 - Final

Capitulo 6

Durante o silêncio, dentro do carro, a mente do Arthur viajava... (Ainda ouvindo Viva la Vida –Coldplay - Música!)

Olhando para a Lua, passou um filme na minha cabeça...

Fui pegá-la em casa, ela estava linda. Tentei ser um cavalheiro, fui abrir a porta do carro. Música tocando no rádio, eu realmente gostava do Coldplay.

Tentei ser engraçadinho, fiz uma brincadeira com as mesas, mas o que eu queria mesmo era ficar pertinho dela, sentir aquele perfume gostoso.

Ela sorriu, que sorriso lindo. Isso quer dizer, que eu pelo menos estou agradando.  Eu podia ser azarado no romance, e meio chiclete, mas não era nenhum idiota, às vezes eu mandava bem, só que não durava muito.

Pedimos e ficamos conversando sobre tudo: trabalho, gostos. Podíamos dizer que nós combinávamos descombinando, ou seja, gostávamos de algumas coisas parecidas e outras bem diferentes. Isso é conviver, se eu quisesse alguém igual a mim, viveria  olhando para o espelho.

Com o tempo, fomos ficando mais à vontade um com  outro. Então, parti para a sondagem.

- Luh (Dei um apelido para ela), você está com alguém, por que aquele dia me pareceu que não ou você havia brigado?

Ela engasgou com o café, ficou bem nervosa. Sabia que ali tinha alguma coisa. Ela se assustou com a minha, digamos, maneira direta de ser. Mas, sou somente curioso, e queria mesmo ver onde estava me metendo. Realmente eu queria tentar alguma coisa mais séria com ela, a Lua mexia comigo.

Quando ela falou que estava sozinha, com certeza sorri. Porém, como para mim nada é fácil, ela me pareceu bem magoada. Talvez, o último namorado tenha vacilado feio com ela. Idiota ele, melhor para mim. Só que ia me dar mais trabalho conquistar essa garota. Com garotas mais simples eu me enrolo, imagina com complicadas. Mas, eu vou reverter essa situação, de cara, já mandei outra piadinha quanto à decepção dela com os homens.

- Tudo bem. Mas não generaliza tá?

Só que ela me pegou de surpresa quando me perguntou sobre eu ser um caçador. Tive que rir e somente resumir, que eu era um azarado no amor mesmo. Mas não perdi a chance:

- E você? Sempre à caça, vi lá no barzinho.

- Eu não ando à caça. Como você mesma diz, resumindo a história, eu não dei sorte no amor. Até hoje.

O papo fluía com uma naturalidade que chegava a assustar.

Só que o inesperado aconteceu...

Na porta da casa dela, após os minutos de silêncio e o fim do meu flashback, tocava Coldplay no rádio do carro, fomos nos despedir com dois beijinhos, só que...

Escapou... E nos beijamos.

Um beijo quente, gostoso, perfeito. Já havíamos passado do estágio do choque. Estávamos era pegando fogo mesmo. Acabou o ar. Paramos o beijo. Nos olhamos e ela saiu.

Eu tinha que vê-la de novo. Esse não era o fim, seria o início.

Ao sair do carro do Arthur, depois de nos beijarmos, eu estava completamente sem rumo, perdi a razão, o chão e até a raiva que eu sentia dos homens havia sumido. Ele era perfeito. Que beijo!

Saí, antes de fazer uma besteira. Mas, uma coisa eu tinha certeza: eu tinha que vê-lo de novo. Esse não era o fim, seria o início.

Fim

Por Paula Gonçalves