Emanuelle - Capitulo 14

Capitulo 14 – Camisado

Obs: os capítulos que Emanuelle está no hospital, a partir desse capitulo, chamaram apenas ‘Camisado’, Contudo seria um capitulo somente, mas será gigante, e tive que corta-lo em partes.

Eu não podia acreditar no que via... Novamente... Essa foi a ultima memória que tenho de Niall, mas ele estava pior, por causa do tumor que gerou em seu olho direito, mas por sorte Emanuelle não gerou o também.  Seria horrível falar essa experiência pra Arthur... Melhor ficar em silêncio, afinal ele está menos nervoso, pois é melhor retirar-me daqui, daqui a pouco tenho que ir para casa e acho que Arthur vai querer ficar sozinho.

Você é uma emergência regular enfeitada

De repente sinto a falta de Lua, que estava do meu lado observando minha Emanuelle.

- Lua? – Ele virou para mim – Aonde vai?

- Tenho que voltar para casa.

- Fica aqui Lua... Por favor...

- Me desculpe Arthur, mas meus pais vão ficar preocupados comigo, eu tenho que voltar. – eu ia dar um beijo de despedida em sua bochecha, mas ele me segurou.

- Você voltou a morar com seus pais?

- Sim, será que pode me soltar?

A largou – Desculpa, mas você tinha dito que o hospital é longe da casa de seus pais.

- E é, mas foi aqui que acolheram Niall, então eu venho para cá nos finais de semanas, acordo cedo e venho para o hospital e agora tenho que voltar, são três horas de viagem e provavelmente chegarei muito tarde se ficar mais aqui – a expressão dela... Estava séria e pouco me olhava...

- Está brava comigo?

- Como?

- Está seria demais pra meu gosto, tem pouco prazer em olhar-me, está diferente daquela menina que conheci antes. – meu pai me chamava, mas primeiro tenho que falar com Lua – Está brava comigo por ter saído de sua casa? Eu não tive escolha...  – ela me interrompeu.

- Não estou brava consigo e muito menos estaria por ter saído... Foi até bom, mas estou brava comigo mesma. Você não entenderá, depois que você foi embora muita coisa aconteceu, conheci outras pessoas, e... Só estou um pouco abalada, não imaginaria encontrar Emanuelle assim... É uma facada por trás das minhas costas – ela riu – Sei que mal a conheço, mas sinto que poderia mudar essa situação se fosse mais firme, se tivesse te ajudado no tribunal... – uma lagrima escorreu em um dos seus olhos – Desculpe... Mas eu sinto que tenho obrigação em cuida-la... Pode ser pelo fato de Niall, ou seja, meu destino desde que nasci... Eu não sei qual o motivo que me levou a ir ao teatro naquele dia onde te conheci, por que me escalaram para ficar com as crianças com enfermidade, pois eu ia cuidar dos pacientes mais velhos. Por ter me envolvido, por Emanuelle e por você... Eu não sei... Por que te deixei morar comigo. – ela começou a chorar forte, eu tentei me aproximar dela, mas recuou – Isso está corroendo dentro de mim... Eu não sei o motivo que me levou a isso... – ela soluçava – Eu tenho que ir. – ela pegou sua bolsa e saiu correndo, queria sair correndo atrás dela, mas não pude, meu pai segurou meu braço.

- Depois você fala com ela... Temos assuntos a discutir agora. Emanuelle não pode mais esperar... Você sabe...

- Eu... Sei, eu já vou... Só quero beber um copo d’água, por favor.

O anestésico que nunca foi aplicado e estou querendo saber onde

A apatia e a urgência é que eu pensei que eu telefonei

Não, não é tão agradável.

E não é tão convencional

E isto definitivamente não é normal

Mas nós aguentamos, nós aguentamos.

Por Brenda Farias