Emanuelle - Capitulo 8

Capitulo 8 – I wanna be free

Música!

Existe um coração dentro da noite

Eu posso sentir seus sinais vitais

A batida continua seca, e o espírito morre.

Eram seis da tarde, Arthur e Marcos estavam na casa de Lua, a pedido da mesma. Estavam numa situação meio desconfortável.

- Quer o seu café com açúcar ou adoçante? – A menina perguntou, estava fazendo o café – E o seu Arthur?

- Eu não quero Lu.

- Adoçante, por favor. Então ela é sua amiga ou mais?

- Ela é minha amiga. Um anjo que caiu de paraquedas na minha vida.

- Hum... Conheceram-se onde?

- Umas amigas delas levaram-na para ver uma peça minha, e depois conversamos um pouco – riu se lembrando da briga inicial.

- Ok. E você esta fazendo o que aqui?

- Ele mora aqui – ela disse entrando na sala com o café de Marcos.

- Como? Não estava morando na casa de um amigo seu?

- Sim, mas eu não consegui pagar o aluguel e tive que sair.

- E Maria Luiza sabe disso?

- Sabe.

- E ela aprovou? Onde estar ela?

- Com o marido dela.

- Arthur me explique isso direito. – Alguma esperança começara a nascer em Marcos “Meu filho abriu os olhos” Pensou.

Jogando nossas peças em solo coberto

Afoguei nossas dores, as depositei

Minhas lembranças estão mantendo a efígie

- Certo, assim que você me proibiu de voltar para casa, Maria Luiza me contou que estava com outra pessoa, fizemos ate teste para ver de quem era o filho. Meu! Emanuelle é somente minha filha! Ai pedir abrigo ao Eduardo, porém eu pagava aluguel, como Emanuelle foi diagnosticada com câncer, meu dinheiro vai para você, eu não consegui continuar a pagar, e Maria Luiza nunca se importou com Manu, não sei qual é sua motivação para ter pegado minha filha! – Marcos via a dor nas palavras de seu filho... A dor de um pai, a mesmo dor que ele sentiu quando o expulsou – Eu então comecei a morar nuns quartos do teatro, onde trabalhava, mas um médico me cedeu um quarto que já não era usado no hospital para dormir, em troca eu fazia uma pecinha para as crianças. Num dia contei sobre minha vida e Lua chamou-me para dormir no quarto de visitas de sua casa, ela se deu muito bem com minha Emanuelle, e fez várias coisas boas para mim – Marcos o cortou.

- Certo. Outro momento nós falaremos das coisas que Lua fez, mas e Emanuelle?

- Maria Luiza um dia me mandou dizer que ela estava morta, Manu estava me deixando no precipício, pois queria ver sua mãe e eu fui atrás... E eu disse que ela estava morta... E ela apareceu num dia e levou Emanuelle para sua casa e agora o marido dela acenou o Conselho tutelar dizendo que pretendia fugir com minha filha e minha namorada, que eu não tenho e que seria Lua... E eles me disseram que tem informantes no hospital... Eu não quero perder minha filha... Ela está brava comigo, acha que eu sou um monstro... Eu sei que Maria Luiza não vai cuidar de minha filha! Não vão continuar com o tratamento e não vai pagar nada! Por isso deixaram a comigo! Por favor, pai eu te imploro continue a pagar! Não deixe minha filha nas mãos daquela víbora!

- Eu... Farei de tudo em meu alcance, tenha minha palavra filho – Ele segurou as mãos de Arthur, que estava à beira dos prantos – Arthur volte para casa, por favor, em deixe cuidar de você! Desculpe-me por ter de expulsando de casa, eu nunca quis fazer isso, só queria que percebesse que aquela coisa não é mulher para você! – a mesma dor de perda que Arthur sentia, Marcos também sentia.

Lua estava ouvindo tudo, observando tudo. E estava com medo.

- Arthur...? – Lua disse baixinho de cabeça baixa. Arthur escutou e lembrou-se da antiga conversa observando o estado de lua...

- Quero que você more aqui! – Arthur estranhou e muito – Calma, eu fico muito sozinha aqui e a sua companhia e da Manu me alegram! Eu amo aquela pequena!

- Isso é muito estranho...

- Eu me apeguei muito a ela... E vejo você como um irmão que eu sempre quis!

Eu quero mergulhar neste cano até ficar a sete palmos do chão

É seguro dizer que o tempo é tudo

Eu sei que é insano, mas se eu for para o inferno

Você viria comigo ou me abandonaria?

Eu sei que é insano, mas se o mundo estivesse

acabando

Você me beijaria ou me abandonaria?

Por Brenda Farias