Por um Acaso - Capitulo 13

Capítulo 13

Pov Arthur:

- Uau, que gata! – falei pra Lua na porta com a maior cara de pau.

- Boa noite pra você também, Thur. – ela falou sorrindo, já falei o quanto é lindo o seu sorriso? Bem acho que sim, mas quem se importa em ouvir mais um pouco não é mesmo?

- São pra você. – estendi um buquê de rosas do campo pra ela que eu estava escondendo em uma das mãos.

- Thur são lindas, eu adorei. Você não vai entrar? – ela perguntou arqueando as sobrancelhas enquanto cheirava uma das rosas do buquê.

- Ah claro! – falei entrando e eu mesmo fechei a porta ainda olhando pra Lua.

- Então eu vou colocar o buquê em um vaso e já venho pro jantar. - ela falou já saindo em direção á cozinha, mas a segurei pelo braço.

Ela ia falar algo, mas antes disso eu a puxei pela cintura colando nossos corpos e encostei nossos lábios em um selinho demorado que logo deu espaço pra algo mais intenso, já que ela mesma pediu passagem com sua língua, o que me deixou meio surpreso. Cedi passagem e começamos um beijo um pouco quente, ela afagava meu cabelo com as mãos, e eu estava com a minha mão fixa em sua cintura às vezes a puxando mais perto se é que era possível. O clima estava um pouco quente entre nós, mas eu não conseguia afastar meus lábios dos dela, até que ela separou de repente.

Nossas bocas estavam um pouco vermelhas pela intensidade do beijo e senti que ela estava um pouco corada.

- É... É melhor eu ir colocar as flores logo no vaso. – ela falou colocando as flores dos braços de novo, já que na hora que em a beijei ela as colocou no sofá, e foi pra cozinha enquanto eu fiquei lá observando aquele lugar onde eu estava indo muitas vezes.

O jantar se seguiu normalmente, Lua cozinha muito bem. Nosso jantar foi ao mesmo tempo divertido e um pouco romântico também. Ficamos falando besteiras ou eu ouvi-la contando sobre sua irmã e sua melhor amiga. Ela me perguntou se eu queria ir com eles ao cinema outro dia e eu respondi que talvez iria sim, às vezes nós trocávamos alguns carinhos ou beijinhos.

Estávamos agora sentados no sofá assistindo á alguma coisa que estava passando na TV, não estava prestando atenção, olhava às vezes pra Lua que parecia está em outro mundo.

Já estávamos nesse silêncio fazia um certo tempo e eu confesso que já estava um pouco incomodado com aquilo, de repente ela fala algo que eu sabia que iria perguntar.

- Arthur, falta muito pra você ir embora? Quero dizer, do Rio? – ela perguntou se virando pra mim e eu senti um certo tom de tristeza em sua voz.

- Luh, eu... Eu não sei, não depende só de mim. Por que se eles quiserem ir eu tenho que ir entende? – eu perguntei segurando uma de suas mãos.

- E como nós ficamos? Você vai acabar tudo comigo não é, e também nunca mais nos veremos de novo... – ela falou e pude jurar que vi seus olhos marejarem, não sei.

- Não vamos pensar nisso agora está bem? Pensa assim, você é uma garota incrível e eu te juro que já fazia muito tempo que eu não me sentia bem assim com alguém. – falei e ela deu um sorriso de canto de boca pra mim.

- Posso te perguntar uma coisa?

- Já perguntou, mas fala o que foi? – sorri e dei um beijo em seu nariz enquanto ela ria baixinho.

- Quem era, é... Aquela que te abraçou lá no parque aquele dia? – ela perguntou franzindo o cenho, o que? Ela estava com ciúmes de mim?

- Era a Helena. - falei torcendo um pouco a boca, ultimamente Helena estava se  tornando um pé no saco.

- Uma de suas colegas, certo?

- Sim, está com ciúmes de mim? – perguntei risonho.

- Ah, eu só não gostei de ver aquela intimidade toda. Eu sou humana, tá? Vocês já tiveram algo? – ela perguntou cruzando os braços e fazendo bico.

- Não sua bicuda. Na verdade ela sempre quis que a gente tivesse algo a mais, mas eu não gosto de misturar as coisas. Ela é pra mim como uma irmã. – falei acariciando seu rosto enquanto a via desmanchar o bico e praticamente se jogar em cima de mim.

- Então eu não corro perigo certo? – ela falou rindo, essa garota tem sérios problemas de humor.

- Nunca vai correr, agora só tenho olhos pra você. – falei colocando uma mecha de seu cabelo atrás da orelha.

- É bom mesmo! – falou e juntou nossos lábios iniciando mais um beijo.

...

Estava subindo as escadas do hotel sem fazer nenhum barulho, não queria mais interrogatório do que já estava tendo. Cheguei ao quarto, os meninos já estavam dormindo. Saí tarde da casa da Lua, já se passavam das 10:00, ela insistiu em me trazer até aqui de carro, mas eu lhe disse que não seria necessário. Sabia andar sozinho e me cuidar bem.

Não me levem a mal, mas não quero que ela saiba que meus amigos não aprovam nosso "relacionamento". Estávamos curtindo nosso momento e era isso que importava. Fui ao banheiro, tomei um banho e troquei de roupa. Voltei para o quarto e me deitei na cama, agora era ir dormir por que amanhã o dia seria longo.

Pela manhã acordo sentindo um pouco de dor de cabeça. Fui ao banheiro, fiz minha higiene matinal, e troquei de roupa pra descer pro café.

Quando entro no pequeno cômodo, encontro Rosana sentada á mesa do jeito que eu citei outro dia, ia dá meia volta e retornar para o quarto, mas ela me chamou e eu não tive como fugir.

- Thur, senta aqui. – ela tinha cara de que aprontava alguma, eu sabia.

- Tudo bem. – falei indo até onde ela estava e sentei na outra cadeira, olhando enquanto a mesma tomava seu café calmamente e mantinha um sorriso discreto no rosto.

- Sabe, eu queria te falar uma coisa. – ela olhou pra mim.

- Rosana, se for pra falar da Lua pode ir parando. – falei demais!

- Ah então é esse o nome dela? Lua? – ela mantinha seu sorrisinho e aquilo me irritava profundamente.

- Isso não interessa. – falei e olhei pra outro lado.

- Tudo bem, mas não vou lhe falar sobre a "Lua". – ela deu ênfase no nome.

- E o que é então? – minha paciência já estava se esgotando.

- Eu e Helena decidimos que é melhor se nós fôssemos embora logo, estamos indo daqui a dois dias. – ela sorriu e meus olhos arregalaram.

- Como assim, daqui a dois dias? Nem temos tanto tempo assim na cidade. – falei tentando parecer calmo, mas estava aflito e muito.

- Sabe Thur, só queremos evitar certos tipos de coisa. – ela falou e colocou sua mão em meu ombro, mas eu logo tratei de tirar.

- Eu... Eu preciso de mais tempo, não posso ir embora assim. – falei nervoso.

- Ah Thur, deixe disso. Logo você vai esquecer essa carioquinha e ela não vai passar de uma lembrança na sua memória. – ela falou sarcástica.

- Não Rosana, nós não podemos ir assim, eu... Preciso falar com a Lua. – levantei somente apoiando meus braços na mesa.

- Está decidido! Vamos depois de amanhã e trate logo de acabar esse seu casinho ridículo, ou você vai querer vê a garota sofrendo? Tenho certeza que não. Beijos Thur – ela soltou beijos no ar pra mim e se direcionou até o caixa. Pagou sua conta e como naquele dia, saiu me deixando lá sozinho novamente.

Chutei uma das cadeiras que caiu um pouco longe e pude ver o olhar da senhora do caixa sobre mim, resolvi sair de lá antes que fizesse alguma besteira.

Com isso minha dor de cabeça tinha passado, mas meu problema era maior agora.

Como eu ia dizer pra Lua que estava tudo acabado se nós mal começamos? Ela não merecia isso.

Pov Lua:

- Tá Luh e ele aceitou ir com a gente hoje no cinema? Você perguntou não foi? – eu e Sophia estávamos na sala do meu apê vendo filmes melosos e se enchendo de pipoca e brigadeiro, isso é uma cena de fossa.

- Ah ele disse que ia, mas não senti muita firmeza entende? – falei pensando de repente.

- Olha, liga pra ele e pergunta de novo. – ela falou enchendo a boca de pipoca depois, o que me fez fazer uma careta.

- Vou tentar. – falei pegando o celular que estava ao lado no sofá, disquei o número do Arthur que eu tinha gravado, chamou... Nada de atender. Parecia está fora de área, ou coisa parecida.

- Hum, não atendeu. – falei entortando a boca.

- Que estranho Luh. – ela falou se virando pra mim novamente enquanto continuava comendo.

- Vai ver ele tá ocupado, depois eu tento de novo. – falei mesmo assim me sentindo incomodada com algo, só não sabia o que era.

- Então te contei uma novidade? – ela falou mudando de assunto de repente toda animada.

- O que foi? – falei a maior animação, sente a ironia!

- Eu, Sophia Abrahão Blanco, fui convidada a morar com Micael Borges, meu gato, tem coisa melhor? – ela falou se levantando do sofá como se aquilo fosse a coisa mais fantástica do mundo.

- O QUE? Sophia, você vai me abandonar? E o seu apê?

- Onw mana, você sabe que o eu o Mika sempre quisemos morar juntos não é?! Você vai me ver todos os dias, pode deixar. E quanto ao apê, bom... Não pensei nisso direito ainda, mas acho que não vou me desfazer dele.

- Tá, mas e os nossos pais já sabem? – falei sentada e cruzei meus braços dando um sorriso sarcástico pra mesma que desmanchou seu sorriso na hora.

- Ah... Isso eu conto depois. Você não vai abrir o bico pra eles não é Luh? – ela falou se ajoelhando de frente pra mim e fazendo biquinho.

- Eu devia sabe. – falei rindo.

- LUA! Eu sou maior, sei o que estou fazendo, e você não vai contar nada porque quem vai contar sou eu! – ficou brava de repente. Não sei com quem essa garota aprendeu essas manias.

- Hahaha! Vamos ver. – falei levantando do sofá com meu celular na mão, fingindo que estava digitando um número e correndo enquanto Sophia vinha que nem uma louca atrás de mim. Corremos quase a casa toda, foi quando ela conseguiu puxar meus braços, e tomou meu celular me mim.

- É mentira sua boba, eu não vou contar. – falei tentando pegar meu celular em vão já que Sophia era alta e eu, bom... Baixinha demais, era isso!

- Quem garante? – ela falou enquanto segurava o celular no alto, eu estava parecendo uma criancinha tentando pegar de volta.

- Sério Soph, juro que não vou contar. Essa é uma decisão sua. – falei me rendendo mas eu realmente não iria contar nada.

- Tudo bem. – ela abaixou seu braço devagar e colocou o celular na minha mão e eu de repente a abracei.

- Vou sentir sua falta, sua chata. – falei enquanto apertava aquela magrela.

- Onw, eu tenho a irmã mais fofa do mundo. – ela falou me abraçando de volta, era assim sempre. Na verdade a gente não se desgrudava.

Por Amanda Amorim