Por um Acaso - Final

Epilogo

Pov Narrador:

1 ano depois: 

Coloquem pra tocar: Música!

Lua abriu os olhos devagar, um reflexo do sol batia em seu rosto, o que a fez despertar lentamente. Foi levantando seu corpo devagar e olhou ao seu lado na cama. Arthur não estava lá.

Sentiu um cheiro delicioso bater em suas narinas e já sabia onde ele estava, levantou-se da cama se arrastando um pouco, cobria a nudez da noite passada com um simples lençol branco e ao levantar se deparou ainda com as roupas dos dois, espalhadas pelo quarto. As catou uma á uma e sorriu consigo mesma ao lembrar do que os dois haviam feito ali no escuro já que havia faltado luz no lugar, o que tornou tudo ainda mais prazeroso pra ambos.

Depois de juntar as roupas se dirigiu, para o pequeno banheiro que havia no quarto e fez sua higiene matinal, prendeu os cabelos em um coque mal feito, e vestiu suas roupas íntimas voltando ao quarto. Abriu o guarda-roupa onde continham roupas de Arthur e pegou uma de suas camisas a vestindo logo em seguida. Havia ficado um pouco curta, mas não se importava, ultimamente andava mais no apartamento de Arthur do que em sua casa, então já sabia onde ficavam tudo... Saiu do cômodo indo pra cozinha onde encontrou o garoto de costas preparando alguma coisa no fogão.

- Bom dia meu amor. – falou o abraçando pelas costas e depositando um beijo estalado em seu pescoço.

- Bom dia linda, dormiu bem? – ele falou cínico recebendo um tapinha no braço logo depois.

- O que está fazendo? – falou se sentando a mesa que havia ali e olhando pra pequena decoração na mesa, havia uma cesta com pães, suco, bolo, leite e café, todos arrumados.

- Panquecas. – falou desligando o fogo e colocando a frigideira sobre a mesa.

- Hum que delícia. – ela falou já pegando um prato e colocando sobre ele algumas panquecas e Arthur se sentou em outra cadeira em frente á dela já se servindo também.

Depois de tomarem café os dois ficaram no sofá da pequena sala do apartamento de Arthur assistindo TV, às vezes trocando carícias.

- O que a gente vai fazer hoje? É domingo, podíamos sair. – ela sugeriu.

- Tem muita coisa pra fazer aqui. – ele falou em seu ouvido e mordeu de leve o pescoço dela.

- Thur, deixa de ser safado. Eu to falando sério. – ela falou rindo e o empurrando de leve.

- Mas eu nem falei nada demais, foi você quem pensou besteira. – falou dando de ombros.

- Tá, tá! Mas o que vamos fazer hein? – fez bico.

- Tudo bem... Que tal irmos visitar uma pessoa hoje? – falou chegando mais perto dela.

- Quem? – ela franziu o cenho.

- Você vai ver. – falou e a beijou a deitando no sofá e colocando seu corpo por cima do dela.

...

Pararam em frente á uma casa com jeito de antiga, ela não estava entendendo nada. Arthur simplesmente tinha parado e não falava mais nada. Só encarava aquela casa sem dizer nada.

Haviam viajado quase todo o resto da manhã e durante a viagem ele não havia lhe falado onde realmente estavam indo, o que a deixava intrigada com aquele suspense.

Sentiu ele tocar sua mão. As entrelaçou e de repente falou algo:

- Vamos. – falou simplesmente, e ela mesmo não entendendo nada daquilo o seguiu, subiram uma pequena e gasta escadinha que dava para a casa e Arthur olhou pra Lua sorrindo fraco antes de tocar a campainha.

- Quem é? – ouviram uma voz do outro lado da porta e Lua ficou ainda mais confusa.

- Sou eu... Pai, Arthur. – Lua arregalou os olhos e então ouviram a porta ser aberta rapidamente e um senhor de aparência cansada surgir na porta e abraçar Arthur de repente.

Arthur parecia surpreso por achar que o pai não o receberia, mas também retribuiu ao abraço do pai soltando-se da mão de Lua e a mesma sorrindo ao ver aquilo.

- Filho, eu achei que nunca mais o veria. – Lua viu uma lágrima surgir no rosto do senhor, e ficou ainda mais comovida com aquilo.

- Eu sei pai. Me desculpe, me desculpe! – o garoto repetia a frase sem parar e os dois ainda estavam abraçados.

- Então, quem é ela? – o pai de Arthur falou assim que se separou do abraço com o filho.

- Pai, essa é a Lua, minha namorada. Luh, esse é o meu pai, Eduardo. – falou e a puxou pra mais perto segurando sua mão. Lua sorriu pro senhor que estava a sua frente olhando seu rosto e percebendo que Arthur tinha puxado muito ao pai, a semelhança era grande.

- Prazer senhor Eduardo, fico feliz em conhecê-lo. – falou e os dois apertaram as mãos em um comprimento sutil.

- Entrem, entrem! Garanto que temos muito pra conversar. - o senhor falou, dando espaço para que os dois entrassem e ao adentrarem a casa Lua esbouçou um sorriso ao conhecer a casa que com certeza Arthur havia crescido.

...

- Seu pai é um amor. – falou enquanto andavam pelo parquinho perto do prédio onde Lua morava, os dois haviam ficado na casa de Arthur todo o resto da manhã e parte da tarde. Senhor Eduardo insistiu para que ficassem para o almoço e assim foi feito.

Agora que estavam de volta, decidiram ir ao parque ver o por do sol antes de irem para casa.

- Você gostou dele? – perguntou para a garota que estava em suas costas, os dois andavam pela grama verdinha do parque, despreocupados.

- Sim, quando vamos vê-lo de novo? – perguntou ao garoto.

- Quando você quiser ir, nós vamos. – respondeu assim que chegaram ao lugar que queriam e Lua desceu das costas de Arthur.

- Você estava mais nervoso do que quando fomos conhecer os meus pais. – ela falou rindo.

- A é? Vamos ver quem vai tá nervoso aqui agora. – ele falou e começou a correr atrás da garota que gritava desesperadamente correndo pelo parque e atraindo a atenção de quem estava lá. Arthur conseguiu pegá-la pelo braço e no movimento os dois caíram com ela por cima dele rindo.

- Machucou? – ela perguntou vendo a cara que ele fez.

- Não e você? – falou e deu um selinho rápido nela.

- Não. - respondeu o olhando.

- Que foi? – perguntou vendo que a garota não tirava o olhar dele.

- Eu te amo, sabia? – perguntou acariciando seu rosto.

- Eu também te amo... Muito. – falou de volta e ela juntou seus lábios rapidamente. 

Nesse um ano que havia se passado, muitas coisas haviam mudado. Depois daquele dia em que Arhur pediu Lua em namoro, ele resolveu arrumar um emprego fixo, o que foi um pouco difícil de encontrar por causa de não ter terminado seus estudos. No fim, acabou encontrando um que gostava e que poderia se sustentar. Trabalhava como professor de violão em uma escola de música. E com esse que se sustentava. Estava pagando aluguel em um apartamento que cabia em seu orçamento e decidiu que se quisesse ter um futuro melhor, teria que correr atrás.

Resolveu terminar seus estudos e agora estava cursando uma faculdade perto de onde morava.

Sophia havia se mudado para o apartamento de Mika duas semanas depois que Arthur havia pedido Lua em namoro, e segundo ela foi a melhor escolha que ela já fez. Chay e Mel haviam finalmente se casado e o mais surpreendente foi que Mel apareceu grávida dois meses depois. Esperavam a pequena Sarah que já era muito amada por todos ao seu redor e Lua ainda trabalhava no mesmo local, sempre amou o trabalho que escolheu e não o trocaria por nenhum outro.

“A coisa mais linda que estou sentindo… é estar afim de você… é te abraçar e não querer te perder… é me apaixonar e não querer sofrer… é te beijar e sentir o gosto de viver !”

The End

Por: Amanda Amorim

Amanda, já te disse o quanto gostei dessa história, e já te falei o quanto espero por outras.

Parabéns fofa! Beijocas,

Nana F.