Renasce o Amor em Viena - Capitulo Único

No fundo mesmo que negamos para o mundo a fora. Os "inteligentes" e os "ignorantes" são todos iguais... Vivem sobre as mesmas leis... Justas ou injustas... As leis da sociedade... E isso que ela faz conosco! Tentam criar uma perfeição que sabem que nunca criarão! Nos submetem as certas coisas, que preferíamos esconder. Nos humilham... Nos amedrontam... Mas temos que continuar assim... Por que não temos a consciência que possuímos a garra para destruí-la, mas alguns até sabem... Só não sabem o que faríamos após o fim dessa sociedade...  

Eu como ser humana, me sinto mais pirada.

Acho que estou mais louca que o possível... Eu não te esqueço... Sinto sua falta, por isso estou escrevendo essa carta, que seria para você, porem não tenho coragem de mostra-la. Para você ou ninguém... Talvez um dia alguém leia. Provavelmente encontre o em meus armários, ou jogado ou até mesmo em minha estante... Uma parte minha queria que você lesse isso para que soubesse que eu te amo... Que muito ao contrario do que eu te mostro.

Mas como disse antes. Você nunca lerá... Essa é minha única certeza...

Estou tão longe de casa, da minha família, dos meus amigos, de você... Estou num dos lugares que eu sempre quis conhecer... Viena... Mas tudo que eu penso é sobre você. Mas tudo me leva a você... Pelo menos a pensar em ti.

Fico o dia inteiro a pensar como fui tão idiota de não aproveitar o tempo que tinha contigo. Sempre soube que você não era meu e sim que eu era sua! Uma pequena serva do Amor, recém descoberta e tão apaixonada, e medrosa. Por isso se esconde atrás de uma menina durona. Por isso não te tem... Ela tem medo isso seja só fachada e que na verdade é mais uma seguidora dessa sociedade ignorante e que queria lhe magoar.

Sou uma serva do amor, recém descoberta, tão apaixonada e medrosa e tão idiota.

Digo isso, pois é um idiotice que eu fiz, o que eu faço. Me sinto uma garota de um livro de romance em conflito emocional! Mas todos sabem como acabar com aquilo! Menos a anta da garota.

"Se sabe que ele gosta de você, por que fica pensando no que não deve? Por que não lhe dar uma chance? Por que fica se passando de vitima? Por que é tão idiota? Por quê?"

Eu me pergunto isso quase todos os dias... Porque se não estou pensando nisso...

"Aff garota, ta chorando? Pelo amor de Deus! Levanta, lava essa cara e para de se fazer de vitima! Isso tudo e culpa sua! Não gostou? Pena. Vai se acostumando que esse é seu castigo. E isso que você colhera a partir em diante! Não se fez de garota idiota? Acho que seria a mesma coisa que nos livros? Agora passara a viver aqueles onde a mulher é uma solitária, que fumará três ou cinco cigarros por dia, ficará com depressão será uma velha amarga sem filhos, só com dois divórcios... Só te restará, eu, sua razão. Que se dane seu "coração", não é assim que a sociedade chama quando sentimos o amor? Não criaram um lado onde fica sentimentos conectados ao amor? Uma reação química? Esse tal "coração" fui o primeiro a te deixar... Não fui? Eu não lhe disse? Fique com ele... Se divirta... Se ame... O ame... Mas não, você decidiu confiar no outro o que lhe dizia: Não se meta com esse garoto... Somente lhe fara mal... Agora fique ai... Sozinha! No Lugar onde você sempre quis ir! E que um dia o garoto lhe disse: Eu ainda te levarei a Viena. La eu quero te beijar! Te Amar! Fazê-la minha... Minha pequena princesa...

Você se lembra... Claro que sim... Agora fique ai, com suas lembranças..."

Parece que minha razão é um pouco dura na queda... Mas é um amor de pessoa...

E cada minuto que passa, me sinto mais louca, depressiva...

Mas eu como ser humano tenho que vencer essa luta que estou traçando com a sociedade, para que no futuro, as pessoas não sofram as mesmas coisas do que eu.

Eu como ser humana tenho que lhe agradecer por tudo que fizera por mim.

Por cada abraço... Por cada beijo... Por cada palavra...

Você me fez acreditar que o mundo ainda existe salvação... Que não estamos condenados... Com sua bondade, afeto, carinho... Me fizeram ver o mundo com uma visão diferente, aparentemente, um melhor.

Eu como humana, já pensou, já sonhou com um futuro melhor... Mas o meu melhor é você. Meu pequeno sonhador.

Sonhei tantas coisas envolvendo-te. Sonhei com o que aconteceu e que não aconteceu e o que pode acontecer...

Eu como humano sou orgulhosa, por isso paro essa carta com essa ultima frase tão conhecida pelos inteligentes e ignorantes.

Não me arrependo de nada... Só por te sido medrosa.

Anônimo

Minhas costas estão doendo, depois de quase um dia de viagem, estou acabado. Como pude deixa-la partir? Fui negligente em não escuta-la e fui burro em lhe dizer...  Que eu não te amava... Me arrependo disto profundamente. Mas você que me levou a fazer aquilo! Você com seu medo! Com medo de se entregar nessa paixão... Mas não devia ter feito isso, por isso estou indo em seu destino. Viena. Onde espero que possamos conversar, nos entender... Espero que quando você leia esse E-mail, não se esconda, porque eu estou em sua procura. Como eu estava a procura do amor, que eu encontrei em você. Por mais que tenha me magoado diversas vezes, sei que não estava preparada. Se acostumou com um mundo que procurava perfeição... Um mundo que te criticava, te humilhava, e só tinha refugio em sua casa... Deitada em sua cama. Onde guarda os seus sonhos mais loucos, puros, pervertidos e lindos. Ai... Como sinto falta de me esconder em algum arbusto para ouvir suas conversas com suas amigas... Ouvir seus sonhos... Te ouvir. E sinto mais falta de lhe roubar beijos e te ver rubra e depois com raiva. Sinto falta de lhe ver... De você, meu pequeno sonho que nunca pensei que realizaria... Não mentirei, quando tinha 14 anos, estava indo embora da casa de um amigo meu, e vi um casal... Eles pareciam muito felizes. Nessa mesma noite sonhei com uma garota linda de pele clara, cabelos enrolados, olhos castanhos e que possuía um sorriso encantador. Ela falava coisas bobas, me fazia rir e me beijava... Ela era você, mas eu nunca tinha reparado ate um mês atrás, porque ela estava de vestido e salto alto. Um "pouco" diferente do que a senhorita costuma usar...

Estou andando nessas ruelas atrás de ti. Estou andando e escrevendo... Estou perto de um restaurante onde vou jantar, afinal ninguém é de ferro. Enquanto escrevo observo o local a minha volta... E me chama atenção uma mulher...  Ela chora escrevendo numa folha de papel... Essa mulher me lembra você...  Mas não choraria em público. Orgulhosa...  Quando acabou de escrever, ela dobra-o e coloca em sua bolsa, ou pelo menos tenta. A folha é levada por um vento forte.  A senhorita sai atrás da folha, e consigo olhar... O seu rosto...

Eram sete da noite quando Arthur chega em Viena atrás de sua amada Lua. Que estava jantando num restaurante meio próximo do aeroporto.

La estava ela... Escrevendo e se entregando. Entregando o seu verdadeiro ser num pedaço de papel. Nessa altura do tempo, estava sem fome, sem sono... Somente com os pensamentos a mil!  Lua ficava imaginando, quando parava para respirar e descansava seus dedos, como seria ter seu verdadeiro amor. Mesmos que ela ache que isso seja ridículo, pois parece que esta tentando viver num romance onde a garotinha sonha com seu príncipe encantado e eles ficam juntos no final.

Enquanto isso Arthur, fica a observar e escrever para a mesma pessoa sem saber.

Mas quando ele consegue olhar para o rosto daquela mulher, se surpreende...  

"Minha Lua esta chorando? Em publico?" Pensou sentindo uma ligeira pontada no coração. "É tudo culpa minha..."

Ele correu junto a ela para pegar o pedaço de papel. Arthur conseguiu pegar.

-Arthur...? - Lua pergunta olhando fixamente para face de seu amor. Ele estava chocado com o estado que ela se amostrava.

-Ai, meu Deus, Lua - Ele a abraçou, e ela nada fez contra, somente correspondeu-o. -Lu, o que estava escrevendo? - ele disse olhando para o papel. Ela tentou tirar de suas mãos, mas ele não deixou - Deixa eu ler? - pediu e ela negou com um não que ele tanto conhecia. Correu para o banheiro do restaurante para ler a carta.

Cada palavra que ele lia, uma lágrima era jorrada. Ele sabia que ela gostava dele... Mas não sabia que ela o amava... Era como entrar entrando no paraíso, só faltava ela.

Quando finalmente saiu do banheiro a encontrou sentada e a ela o chamou para sentar.

-Eu pedi por você, aqui tem sua comida favorita! - Lua fala sorrindo para Arthur.

-Você é louca! E eu amo isso em ti. - disse se sentando.

Eles ficaram conversando. Se desculparam. Se entenderam. Se beijaram.  

-Arthur, você esta hospedado aonde? - ele se ligou.

-Na verdade eu ia ver isso, quando chegasse aqui.

-Tinha que ser você - Disse brincando - Pode dormi no meu quarto - ele se animou - Afinal tem duas camas - desanimou.

Chegando ao quarto, eles começam a se beijar e Arthur pergunta.

-Você me ama? - Sussurra perto do ouvido de sua amada.

-Muito... Eu te amo muito. - disse entre os beijos.

-Eu também te amo muito minha marrentinha.

-Minha fonte de inspiração! Meu Lindo... Meu Amor. Promete que nunca vai me deixar? - ele riu e ela percebeu o que tinha dito - Ai... Estou parecendo uma idiota apaixonada.

-Você está parecendo você mesma. Não aquela garota durona. E eu to amando poder te conhecer como você é de verdade! - lhe deu um beijo - Eu não vou te deixar, e espero que você também não me deixe!

-Eu não vou... Arthur... Eu... - Ele o interrompeu.

-Quer ser minha namorada?

Ela aceitou selando seus lábios.

Eu poderia dizer que eles viveram felizes para sempre, mas eu estaria mentindo. A vida é cheia de complicações, desavenças, desafios, a questão é saber vencer seus obstáculos, os contornar. Mas eles souberam... Pelo menos boa parte deles. Mas passaram juntos! Apoiando um ao outro. Por isso digo, eles viveram juntos, bem, apaixonados... Pelo resto dos dias de suas vidas.

Por Brenda Farias

Por que eu choro com tudo hein???
Arrasou Brendinha! Já quero as próximas!

Beijocas, Nana F.