Tal pai, tal filho - Capitulo 5

Capitulo 5

5 minutos depois e lá estava Mel.

Mel – Boa tarde Lu! – Disse me cumprimentando com os famosos dois beijinhos e já pegando Enzo do meu colo – Oi meu bebê mais lindo do mundo.

Lua – Então é assim, já chega roubando meu filho?!

Mel – Amiga sem drama... Soph tá vindo aqui, precisamos falar com você.

Lua – Ih lá vem.

Mel – Não Lu, dessa vez é sério.

Mel terminou de falar e Soph chegou, depois de meia hora paparicando Enzo, e resolveram dar início a conversa monstra.

Sophia – Luinha, eu e Mel andamos conversando ontem e precisamos te fazer uma pergunta.

Lua – Pode falar, acho que imagino o que seja.

Mel – Então... Assim como eu e Soph e qualquer outra pessoa que vê, percebe as semelhanças entre Enzo e o novo médico que conhecemos ontem... E aí amiga?

Lua – Meninas... Eu pensei nisso a noite toda, mas acho que é quase impossível ser ele... Não me lembro dele na faculdade e além de tudo ele estava em Londres.

Sophia – Amiga, mas ele formou no Brasil.

Lua – Ai, não sei! – Disse nervosa.

Mel – Amiga pergunta se ele tem um irmão gêmeo então. – Mel e seu senso de humor.

Lua – As coisas não são assim Mel... Não vou perguntar nada, melhor deixar tudo como está.

A conversa terminou assim, logo depois fui pra casa, confesso que esse assunto mexeu comigo.

Tudo seguia tranquilo, minha vida caminhava normalmente, a sexta-feira logo chegou e era dia de rever Arthur e pra ajudar assim que cheguei fiquei sabendo que teria que fazer meu plantão completo pelo menos nessa e na próxima semana, até Arthur se familiarizar com tudo. Achei desnecessário ter dois médicos na mesma sala, mas era assim que eu e Arthur passaríamos o dia.

09h00min em ponto ele chegou, eu já estava na sala e ouvi quando ele cumprimentou todos com um bom dia.

Arthur – Bom dia Lua! – Disse já dentro da sala e sentando ao meu lado como na semana passada.

Lua – Bom dia Arthur!

Atendemos uns três pacientes apresentando sintomas de um resfriado forte, o 4° era uma criança de 3 anos que chorava incontrolavelmente e estava com febre.

Mãe da criança – Doutora, ele não para de chorar. – Disse diretamente pra mim, acho que pelo fato de ser mulher, não generalizando, mas geralmente médicas são mais atenciosas com crianças.

Lua – Tudo bem, o deite ali, vamos examina-lo. – A criança apenas deu um grito de dor e colocou a mão no ouvido, examinei-o e realmente era isso, infecção de ouvido.

Lua – Bom, pode ficar tranquila é apenas uma dor de ouvido e a febre é normal, toda infecção causa febre, vou receitar um remedinho e logo ele vai está correndo por ai de novo. – disse com um leve sorriso e antes de pegar o canhoto para passar o remédio, Arthur estendeu o papel para a mãe do menino e se pronunciou pela primeira vez.

Arthur – Aqui está... E você garotão já pode parar de chorar, já já não vai está sentindo mais nada. – Disse e abriu um sorriso para a criança que também sorriu.

Mae da criança – Obrigada doutores. – Disse e saiu.

Arthur – Espero que não tenha se incomodado, não quis intrometer sua consulta, só adiantei e escre...

Lua – Ei tá tudo bem, não vi problema algum. – Disse o tranquilizando.

12h00min, Clara, a secretária, entrou na sala dizendo que estávamos dispensados para o almoço.

Arthur – Vai almoçar em casa?

Lua – Não, uma hora de almoço é praticamente o caminho que teria que fazer.

Arthur – Almoça comigo?

Demorei pra responder, mas o que teria de mais em um almoço?!

Lua – Claro! Só que já vou avisando que a comida daqui não é lá essas coisas, geralmente vou até o café da esquina e peço um lanche.

Arthur – Ok! Um lanche então no café da esquina. – Disse fazendo graça.

Sentamos em uma mesa do lado de fora do café, fizemos nossos pedidos e enquanto esperávamos ele puxou assunto.

Arthur – Você leva jeito com crianças.

Lua – Você também.

Arthur – É mais ou menos, trabalhei um tempo na pediatria do hospital de Londres, confesso que adorava, me sentia bem em volta delas, acho que vem daí um pouco do meu “jeito com crianças”. – Disse fazendo o movimento das aspas – E você?

É não teria escapatória, teria de falar de Enzo.

Por Julia Lopes