quarta-feira, 19 de março de 2014

Aquela Pessoa - Capitulo 1


Aquela Pessoa
Capitulo 1 

27 de outubro de 2013 – Manha.

Sabe aqueles dias que você acorda já pensando na vida. Nas pessoas que conheceu, nas que foram as que ficaram... 
Ás vezes arranca lágrimas minhas quando penso nas coisas, que por medo, deixei ir... Mas me arranca sorrisos dos meus momentos com aquela pessoa...
Parece que todos os meus pensamentos me levam ate ela, e junto me leva a infância. Lembrando quando tinha as festas de aniversários e as nossas tias perguntam: E como vai aquela pessoa? Já então juntos? E você com toda sua educação e vergonha diz: “Que nada, somos só amigos”.
Depois passa para o presente e lembra-se de seu belo sorriso... Do seu cabelo, do seu jeito, do modo que ela te trata, mas aí acaba pensando que “ela” só te ver como amigo, e que tem um ser que ela chama-o de Amor. E você fica triste.
Para um pouco e respira, e vai para o futuro, onde pode sonhar com um casamento, filhos... Os seus, os meus, os nossos. Da um sorriso meio sem jeito, e volta para o passado recordando do dia, que estavam deitados na grama e aquela pessoa diz: “Quando crescer, diferente do meu pai, eu vou ter vários filhos, vou os amar com todo o meu amor! E quero que você esteja comigo, Lua... Cuidando deles, sendo a mãe deles!” 
Simplesmente as lágrimas caem...


27 de outubro de 2013 - Tarde

Engraçado como é a vida... Quando você é criança, sonha com o impossível, mas você vai crescendo e o mundo destrói boa parte dele.
Vêm milhares de coisas na minha mente, mas nenhuma faz sentido, nenhuma...
Como eu pude ser tão imaturo, ingênuo, dissimulado? Meu mundo caiu,desmoronou, espatifou ao meio do chão!
Filho... Filho... Filho...
A única palavra que ecoa em minha mente...
- Arthur... Saia dessa cama! – Disse minha mãe autoritária.
- Eu só saio dessa cama quando os pais da Giovanna deixarem fazer o teste!
- Arthur, pare de palhaçada! Tente entender que esse filho é seu! Arthur, você tem que amar seu filho!
- Eu nunca disse que não o amava! Mas eu creio que esse filho não é meu! Foi tudo armação dela! O bar... Eu disse para ela que nunca tinha bebido! E ela me levou para experimentar! – eu pausei para respirar – Eu nunca faria aquilo com ela, em nenhum estado físico, mental... Eu não faria...
- E como pode ter tanta certeza?
- Não sei. – No fundo eu sabia, mas seria muito idiota o que falaria. “Eu nunca faria isso com alguém que não seja a Lua!” Não teria sentido... No mundo real, ninguém ia acreditar que o amor possa fazer isso, só talvez uma criança.
- Arthur... Estou de esperando para jantar.
Acham que meu único problema é a Giovanna? Agora minha mãe esta fula da vida comigo. Só me chama pelo meu nome e às vezes pelo nome do meu pai. Que raiva! 
[...]
Estava na varanda tocando quando, Lua senta do meu lado. Ela pede para que eu continue. Eu a obedeço.
- Já disse que você toca muito bem?
- Sim, milhares de vezes! – Nós sorrimos.
- Já disse que você canta super bem?
- Muitas e muitas vezes. – Eu fiquei de frente para ela – Eu já disse que te amo?
- Não nesse segundo.
- Eu te amo cachinhos.
- Eu te amo topetinho, mas oh! Não espelha para ninguém, acabaria com minha reputação. – Larguei o violão e abracei forte – Arthur... (Cof... Cof...) Eu to sem ar – ela estava ficando vermelha e eu a soltei – Eu odeio quando você faz isso!
- Era saudade bebê! – eu aperto suas bochechas – Mas e ai, qual é o motivo de sua visita? 
- Sua mãe me ligou falando que você tava mal.
Eu deitei na grama, e ela me seguiu. Fiquei respirando e refletindo, sendo que senti o olhar doce de Lua sobre mim.
- Sabe Lua... Eu queria voltar a ser criança.
- Eu também.
- E fugir... Para bem longe, com você.
- Comigo? – Falei coisa que não devia.
- É você é a única que me entende... Você acha que o filho é meu?
- Espero que não!
- Eu tenho certeza! Eu nunca... Não posso ter feito isso!
- Pelo jeito, você não acredita em você próprio! Isso é horrível!
- Me ajuda?
- Como Arthur? Ta me vendo com uma varinha mágica?
- Eu to desesperado! Ela e nem os pais querem que ela faça o teste para ver se o filho é meu!
- E como eu... – eu lhe interrompi.
- Você é amiga da Sophia, certo? E ela é amiguíssima da Lancellotti, por favor, vê se ela consegue tirar algo dela! Vai... Por favor? – Fiz biquinho.
- Eu te odeio Arthur Aguiar! Ok eu vou tentar, não espere nada.
- Brigada Luinha. – Enchi ela de beijinhos.

Depois nós ficamos tocando e cantando. Voltamos a nos deitar na grama, onde Lua adormece em mim, e eu me aconcheguei com ela no jardim.

Por Arthur Bandeira

7 comentários:

  1. Um autor. Se eu nao me engano eh o primeiro. Parabéns pela web.

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  2. Duas supresas boas.
    Parabéns pela web. Já começa com agito e reflexões.
    Parabéns por termos um autor... um outro olhar. Aguardando o desenrolar da história.

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  3. fiquei super curiosa e ansiosa pelos próximos capítulos

    Ana

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  4. um autor no blog <3, adorei a escrita e a forma como é retratada a história. lindo demais
    ass Sofia

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  5. Que lindooo, além da história ser linda é um autor homem *-* Parabéns. XxCamila

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