Capitulo
Especial 5
POV Lua
Ansiedade era meu nome, antes de abrir o
exame já me veio um embrulho no estomago. Um enjoo absurdo devido ao meu
nervoso. Corri para o banheiro sem nem mesmo olhar. Enquanto me recuperava
ouvir uma batida na porta do consultório, sequei o meu rosto que acabara de
lavar e avisei que poderia entrar.
- Luinha que cara é essa? – Mel me olhava
assustada.
- Cara... Que cara? Nada, não foi nada. –
tentei parecer o mais normal possível.
- Amiga, talvez se eu tivesse te conhecido
ontem eu acreditaria. Alguma coisa tá acontecendo. – Mel me encarava irônica.
- Alguma coisa que eu comi não me fez bem.
Foi só isso. Não precisa se assustar. – falei terminando com uma piada – Se não
fosse eu ter certeza da diferença de idade entre você e o seu irmão eu
apostaria que eram gêmeos, as mesmas caras, mesmas manias, mesmas suspeitas.
- Ok, mas eu me preocupo mesmo, além de minha
amiga é minha cunhada linda por quem meu irmão seria capaz de morrer. – ela
completou sorrindo.
- Comenta nada com ele não. É capaz de querer
me internar. – falei caindo na risada com ela.
Conversamos mais um pouco, abrir outras abas
no computador pra que ela não visualizasse a do laboratório e contava os
segundos pra poder ficar sozinha ali. Foi quando ouvimos o bip dela tocando,
era algo na emergência, a desejei sorte, e ela logo sumiu pelo corredor do
hospital.
Era agora!
Ao visualizar aquilo tive um misto de
felicidade, ansiedade, realização, emoção, e não sei mais o que era aquilo.
Minha vontade era apenas de correr gritando pelos corredores que ia ser mãe,
ligar para Arthur e conta-lo logo, mas não. Aquela não era uma noticia pra ser
dada dessa forma. Só sentir as lágrimas molhando o meu rosto, lagrimas de
felicidade. Não demorei muito pra me recompor, afinal teria que me explicar e
não contaria isso pra ninguém por nada.
Naquele mesmo instante liguei pra casa e
pedir pra Lucia, nossa empregada, fazer o prato preferido do Arthur para o
jantar, avisei também que assim que tivesse tudo pronto estaria dispensada. Eu
precisava fazer uma surpresa pra ele. Assim que acabei meu plantão, corri no
shopping que havia no caminho entre o hospital e nossa casa, fui até a primeira
lojinha de artigos pra criança que encontrei e queria algo pra poder contar
para o Thur. A atendente logo me sugeriu os sapatinhos, achei ótima a ideia,
além do mais eu não teria tanto tempo assim pra escolher.
Cheguei em casa, tomei um banho, verifiquei o
jantar, estava tudo certinho. Faltava pouco mais de quinze minutos pras 19:00,
horário que ele sempre chegava.
Triste engano, justo hoje ele se atrasou.
Passou vinte minutos... Quarenta... 20:30 e nada do Arthur chegar. Resolvi
ligar pra ele, afinal com tanta violência nos dias de hoje o atraso me deixou
preocupada.
Ao atender o celular vi que estava num lugar
com muito barulho, ao perguntar ele me respondeu que estava com meu irmão, o
Chay e o Mica comemorando algum contrato que a empresa fechou hoje. Pedi pra
que ele voltasse logo pra casa, pois tinha uma surpresa o esperando, e ele me
avisou que não demoraria.
Passou então mais 20 minutos, tempo
suficiente do local onde ele disse que estava até minha casa. 22:15 da noite,
esse foi o horário que ele resolveu aparecer. Chegou em casa e encontrou todas
as luzes apagadas, porem fiz questão de deixar a mesa posta e a pequena
caixinha na frente do local que era dele.
Eu já tinha ido pro quarto, me acabava de chorar.
Guardei tanto segredo pra promover a ele a noticia que ele tanto queria e era
isso que ganhava, fui trocada por uma comemoração de um contrato da empresa. Eu
sei que os hormônios da gravidez já estavam mexendo comigo, e que minha
sensibilidade já estava alterada. Mas não me controlava. Ao ver os passos de
Arthur se aproximando do quarto, só tive a reação de tentar enxugar minhas
lagrimas e não parecer tão arrasada quanto estava. Minha vontade era de
mata-lo, mas nem isso eu tinha força pra fazer.
Sentada na minha cama abraçada com os joelhos
aonde apoiava o meu rosto eu pude sentir sua presença ao entrar no quarto e
apoiar-se com os ombros na porta me encarando. O seu rosto parecia o de um
bebê, um sorriso bobo se misturava as lagrimas que escorriam pelo rosto e os
olhos, ah os olhos brilhavam como nunca tinha visto antes. Eu não poderia
amolecer com isso, não podia.
- Me perdoa por estragar a melhor surpresa
que você poderia fazer por mim? – foi o que ele engasgado conseguiu dizer.
Por
Nana F.
Sera que a lua vai perdoar??
ResponderExcluir//Mary
Arthur vacilão...
ResponderExcluirAMO MFL
Lembro tanto dessas cenas e o gostinho de ansiedade ainda continua ;3 XxCamila
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