terça-feira, 1 de abril de 2014

Aquela Pessoa - Capitulo 14


CAPITULO 14

28 de dezembro – Manha

Estava tomando café da manha junto com minha mãe, eu ainda estava assustada com o pesadelo. Mas uma coisa me chamou atenção... Antes de Lua me chacoalhar desesperada, ela disse “estou aqui”, na hora não pude raciocinar, estava atordoado o bastante de não me restabelecer.
Soltei um sorriso de saudades...
- Arthur... Filho quer contar com o que você sonhou?
- Eu não posso.
- Nem para sua mãe?
- Não posso falar para ninguém... Desculpa.
- Tudo bem, mas então a Giovanna vai vir hoje para cá?
- Não sei, mas tarde eu ligo para ela. – minha mãe assentiu.
Como tinha dito, liguei pra Giovanna. Tinha coisas importantes para fazer junto com o pai.
Eu passei o dia e a tarde com minha mãe. Passeamos, vimos filmes, conversamos... Tudo as mil maravilhas, porém de noite Claudia nos convidou para jantar com elas, eu achei melhor não ir por causa de Lua. Mas ela me informara que, a pequena Blanco estaria na casa de Mel. Então fui.
- Então Arthur... Você e a Kátia conversaram sobre seu pai, certo? – Assentimos.
- Como vou dizer... Hoje de manha estava em minha sala quando vi um homem sair do consultório do novo médico que foi transferido, bom... Era Frank. Nós conversamos.
- O meu pai esta bem? – perguntei assustado.
- Ele esta... Mas ele me disse que aquele médico tinha recebido dinheiro para falsificar o papel onde fala que você é o pai do bebe de Giovanna.
- Como? – perguntou minha mãe indignada.
- O tal médico que é o filho dele que se juntou com o pai de Giovanna para derrubar você. Parece que o garoto tem inveja de você, porque quando ele nos encontrou conversando, disse que você é o preferido de Frank.
- Claudia... Por favor, pare. – pedi – Eu já sei que o filho não é meu já tem tempo. Assim que chegamos aos USA Giovanna me disse, ela não estava suportando mais. Mas pelo amor de Deus, não contem a mais ninguém! Carlos Lancellotti é muito poderoso, pode acabar com suas carreiras, pode dar um jeito de que eu, Lua, Roobert e outros não tenham futuro na vida ou pior! Vamos fingir que isso entre você e meu pai nunca aconteceu! É para o bem de vocês...
- Arthur... – eu lhe interrompi.
- Escutem! Eu nunca disse nada! Vocês não sabem de nada! E se eu fizer algo estranho, já sabem o porquê. – me retirei da mesa – Obrigado pelo jantar Tia Claudia. – dei um beijo na cabeça dela e da minha mãe.

Enquanto eu caminhava pelas ruas encontrei Lua e Mel... Elas fingiram que não me olharam e seguiram seu rumo e eu o meu. A praia deserta e escura.

Por Arthur Bandeira

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