Cap 18
O silêncio ainda imperava no jatinho.
Até Arthur quebrar o clima.
- Lua, você está chateada com alguma
coisa?
- Não, Arthur, imagina. Mas, eu não
esperava isso.
- Desculpe se eu exagerei. Eu não sou
de sair muito.
- Você é muito focado no trabalho, né?
- Sim, e eu gosto do que eu faço olhar
tudo de perto. Eu não sou um caipira não, Lua. Só prefiro o sossego do campo.
- Eu percebi. Eu também gosto do que
eu faço, mesmo que nem tudo mundo aceite. Aprendi a não me importar com a
opinião dos outros.
- Não vejo nenhum problema em você ser
delegada, mas acredito que o preconceito seja bem difícil.
- Já me acostumei.
Eles continuaram conversando e aos
poucos o encantamento, que antes era focado na aparência e em algo que eles não
sabiam explicar, agora tomava forma. Os gostos combinavam ambos se sentiam à
vontade para falar e fazer até algumas confissões pessoais. Mas confiança vem
com o tempo, Lua e Arthur de alguma maneira sentiam que poderiam confiar um no
outro.
O jantar correu como se fossem amigos,
se conhecendo. Sem intimidades, indiretas ou cantadas. Eles pisavam em ovos.
Após o jantar, eles ainda conversavam e
Lua já encantada com aquele homem foi
surpreendida de novo. Começou a tocar uma música suave, só piano. Arthur chamou
Lua para dançar.
- Dança comigo?
- Arthur, ninguém está dançando.
- E você se importa com a opinião das
outras pessoas? Não é isso que eu entendi durante o nosso jantar.
- Isso é um desafio, Sr. Aguiar?
- Se a Delegada encara assim? Sim, é
um desafio. Te desafio a vir aqui e dançar comigo.
Lua levantou e chegou perto de Arthur,
ficaram frente a frente, um respirando no rosto do outro. Lua sentia o estômago
revirar, Arthur podia jurar que surgia outro coração em seu peito que começou a
bater ao encarar aqueles olhos castanhos. Eles ficaram segundos se encarando,
que parecia uma eternidade. Arthur tomou a iniciativa e tomou a cintura da Lua
com uma das mãos, com a outra pegou na mão dela. Lua reagiu colocando a mão
livre nos ombros de Arthur e pode sentir o quanto era forte, e também o quanto
ele estava tenso.
Choque. Eletricidade corria pelas mãos
deles. Eles dançaram o tempo todo se encarando.
A música acabou, mas eles não se separaram
e não tiraram os olhos um do outro. De repente Lua, acorda do transe que aquele
momento causou a ambos.
- Arthur, é melhor irmos, ainda temos
que voltar para Campo Feliz.
- Sim, você tem razão. Vamos.
Eles saíram do restaurante, e foram a
caminho do jatinho em silêncio. Já em Campo Feliz, no carro, eles ainda iam em
silêncio, mas agora o constrangimento que parecia existir deu lugar a uma troca
de olhares e sorrisos tímidos. Os dois não sabiam como agir. Chegaram à casa da
Lua. Arthur teve coragem de perguntar.
- Lua, espero que tenha gostado do
jantar.
- Arthur, eu adorei o jantar, a dança
e a companhia.
- Então, podemos conversar outro dia?
- Sim, podemos. Boa noite.
Lua saiu do carro e teve uma surpresa
ao chegar em casa.
Por Paula Gonçalves
Nooooooossa! Ameeeei.
ResponderExcluirQue bom que está gostando. O que será que nosso casal complicado vai aprontar?
Excluiro anti social do pedro !
ResponderExcluirSerá? Se for quais os números da Mega Sena?
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