Cap
30
Zé Lima olhava para o advogado, quase
em desepero. Esse assentiu e tentou acalmar o seu cliente.
- Zé, calma. Já vou providenciar a sua soltura provisória.
Nada aconteceu, você é primário. Tudo vai dar certo.
Zé Lima estava detido. Lua e Mel a
caminho da casa dos Cassiano para fazer cumprir o mandato. Só que algo incomodava
Lua: Zé assumiu muito rápido, e o crime sendo passional era quase impossível
ligá-lo aos assassinatos do Jorge e do Roberto. Os seus instintos nunca
falharam, não seria essa a primeira vez.
Na
fazenda dos Cassiano
Lua e Mel chegaram a fazenda acompanhadas
de outros policiais e do advogado Dr. Pìnheiro. Foram recebidos com certa
estranheza por Dona Clara e Pedro.
- Bom dia, Dona Clara. Bom dia Pedro.
- Bom dia Lua, Mel, Dr. Pinheiro. Cadê
o Zé?
- Bem Pedro, o Zé confessou ter
sabotado a correira do cavalo. Ele está preso. Mas eu já vou providenciar a
soltura dele.
- Por que ele fez isso?
- Pedro, ele afirmou que fez tudo isso
por ciúme. Sempre foi apaixonado pela Sophia, não aguentou vê-la com o Micael,
tinha a esperança de que ela o visse com outros olhos.
- Que absurdo Mel. Dá onde ele tirou
que a Sophia ficaria com ele?
- Pedro, ele se considera da família.
Visto que vocês mandaram o advogado, faz sentido.
Pedro olhava para Mel, para o advogado
e para a mãe, meio sem entender. Lua cortou logo aquela conversa, queria
revistar tudo e achar o tal tesourão. Caso encerrado: motivo, culpado e arma do
crime.
- Dona Clara, Pedro estamos com um
mandado para revistar os estábulos e a casa do Zé Lima. Se vocês quiserem
acompanhar...
- Que absurdo é esse! Lua, ninguém vai
revistar nada. Nós não temos culpa que o Zé é perturbado. Minhas propriedades
ninguém revista, não!
- Dona Clara, a Delegada só está
cumprindo a lei. Assim a senhora só atrapalha o andamento do caso, por favor.
- Ok. Pedro e Dr. Pinheiro os
acompanhem. Não quero uma palha fora do lugar. Onde já se viu? Somos a família
Cassiano, de nome e poder. Desde quando somos revistados. Isso é um ultraje! As
pessoas perderam o respeito ao nome e a tradição.
Dona Clara saiu da sala deixando todos
perplexos com sua reação. Pedro ainda tentou se desculpar.
- Lua, desculpa a minha mãe, ela está
ficando velha e só fala no passado. Vamos então, a lei é a lei.
Todos foram em direção aos estábulos.
Tudo foi revirado e nada. Foram para a casa do Zé. Esta pequena casa, de um
quarto, ficava dentro dos limites da fazenda. A revista começou. De repente, um
dos policiais chama Lua.
- Delegada, olha o que encontramos?
- O tesourão?
- Não, um revólver trinta e oito, com
uma caixa de munição faltando seis balas.
Lua foi ver, na sua cabeça só uma
coisa se passava: “Bingo, meus instintos estavam certos.”
Por Paula Gonçalves
Se toda delegada fosse Lua Blanco...
ResponderExcluirSeria ótimo ... e esse país teria jeito
ExcluirQuero mais um pf
ResponderExcluirkkkkkk :)
ExcluirSera Ki Foi O Pedro Ki Mandou Ele Matat O Antigo Delegado?..Ou A Dona Clara..Curiiosa Aki..Amando <<3
ResponderExcluir#curiosa.....
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