Discovering Love - Capitulo 13

Capitulo 13 – Duvida

POV LUA

Engraçado mesmo é saber que quando a gente menos espera o coração da gente parece bater diferente por pessoas que até então eram insignificantes na nossa vida. Tá bom, nem tão insignificante assim.

Logo quando entrou na escola achei aquele projeto de nerd uma gracinha, mas o fato de ser popular não me permitia aproximar dele, a não ser pra alguma zoação. Pessoas assim não me traziam boas recordações. E foi o que logo planejei. Como eu não poderia me aproximar dele como amiga, tratei logo de armar algo pra ele. Sempre fiz isso, ninguém desconfiaria.

As meninas foram contra minha ideia, o Ricardo então nem falo, quase enlouquece, depois quando ele se declarou pra mim, vim entender o motivo daquilo tudo. Dessa vez minha armação era beijar aquele garoto pra poder deixa-lo iludido. O que quase ninguém sabe, é que aquele foi o meu primeiro beijo. Sempre fingir ser tão descolada que ninguém desconfiou disso.

Tá, e o beijo dele, apesar de tão desajeitado quanto eu, não foi nenhum lixo.

Daquele dia minhas provocações só aumentaram. Nunca assumir pra ninguém que gostei do beijo, e também procurava não ficar me lembrando. Ele começou a namorar uma garota da escola e aquilo me fez repensar nas provocações, acho que era hora de dar uma parada naquilo tudo.

Pouco depois Ricardo me pediu em namoro, e por ele ser meu amigo desde sempre, resolvi tentar. Era o meu primeiro namorado, não o amava, na verdade nem sabia direito o que sentia por ele, apenas me deixei levar, estava na hora de tentar superar tudo.

No dia em que descobrir sobre a morte da avó do Arthur me sentir mal, só eu sabia o que aquela noticia gerava em mim. Sei a dor de perder quem a gente gosta, mas isso não vem ao caso agora. Apenas tentei me aproximar pra ajuda-lo de alguma forma. E ouvir dele que eram os seus últimos dias ali me fez sentir um aperto no peito.

Não entendi direito, não gostava dele e ao mesmo tempo não queria me manter longe.

Não sei por qual motivo, graças a Deus ele resolveu ficar, mas ele mudou. A forma que ele agora me tratava era diferente, ele me tratava com frieza, respondia as minhas provocações e me ignorava sempre que podia, e eu odiava isso.

Meu namoro seguia bem até aquela maldita festa. Percebi que Ricardo estava estranho aquele dia, ele não parou quieto nem por um segundo. E quando ele me levou para aquela sala fiquei com medo. Digamos que a fama dele não ajudava muito. Ele sempre foi o pegador do colégio, nunca deixava passar as meninas que ele tinha interesse, o que acho que mudou um pouco enquanto estávamos juntos. Logo quando entramos na sala ele tentou me agarrar, aquele lugar cheio de velas estava tenebroso. Fiquei com medo, muito medo. Afinal, ninguém sabia onde estávamos e aquela área era isolada da parte da festa.

Quando Arthur apareceu, eu me sentir aliviada e envergonhada de está passando por tudo aquilo. E ele, justo o garoto que eu fazia sentir um ódio absurdo por mim, aquele garoto que me ignorava, estava ali não sei por qual motivo e me ajudou. Só não entendo o porquê disso tudo.

Eu agradeci pela ajuda sem nem encara-lo, sai da festa avisei a Melzinha e a Sophia que queria ir embora naquele momento. Os dias se passaram, contei para as meninas o que tinha de fato acontecido, e elas sempre me aconselhando a ir falar com o Aguiar direito. Mas ele me ignorava sempre. Até o dia que o Ricardo veio mais uma vez falar comigo. Ele queria voltar de qualquer forma, mas a ultima pessoa que eu queria por perto era ele.

Naquele corredor já vazio, ele me surpreendeu novamente, querendo de toda forma me convencer a voltar, sentia medo, esse era meu único sentimento. E logo depois ao ver aqueles lindos olhos castanhos se aproximando de mim me veio à sensação de está protegida. Porem não queria me mostrar fraca, afinal, ele me defendia e depois me ignorava.

Naquele mesmo dia o encontrei na biblioteca, tomei coragem de ir falar com ele, mas mais uma vez fui ignorada e ironizada. Afinal, o que esse garoto queria mesmo? Se me defendia por que não podia pelo menos me escutar? Não vou ficar mais me humilhando. Não pra ele.

Por Nana F.