Discovering Love - Capitulo 22

Capitulo 22 – Um dia

POV ARTHUR

Os dias se passavam e eu só tinha uma certeza: Lua tinha algum problema. Não era possível uma pessoa ter momentos tão sensíveis e delicados, e tão grosseiros de repente. Em questão de segundos ela ia do bom humor a cara fechada. Do carinho a patadas. Definitivamente, manter distancia seria o mais adequado.

Difícil era conseguir tal feito. Ela tinha uma necessidade em mostrar que era autossuficiente, em ser a forte, mas as mínimas coisas conseguiam fazer aquele sorriso lindo sumir do rosto dela. Pra falar a verdade, bastava alguém se destacar mais que ela e ter a atenção desviada que ela se fechava. Enquanto ela era a inteligente do grupo tudo bem, mas se alguém se destacasse mais que ela e ganhasse um elogio, seja de quem for, ela entrava na caverna dela.

E eu notei que isso não passava nunca, principalmente se tratando de estudos, de esforço, eram coisas que a deixavam perturbada, e uma coisa era certa, Mel e Sophia sabiam disso também. Tanto que sempre quando algo acontecia um simples olhar de uma pra outra fazia um elogio surgir pra Lua e um carinho. Talvez quem visse tudo de longe encararia isso como bajulação delas, mas eu sabia que algo estranho rolava ali.

Mas só o tempo iria me dizer. Sophia sempre fingia de desentendida quando o assunto era esse, e Mel apesar de já ter deixado claro que realmente tem algo, era incapaz de me contar. Enquanto isso, eu resolvi pedir ajuda a Chay.

Fui chamado de louco, psicopata, ameaçado de ser internado, de ligarem para os meus pais, mas eu estava decidido. Eu queria ter a Lua, nem que fosse mais uma única vez, um único dia. Eu sabia que por de trás daquela mascara de durona tinha uma pessoa doce, por trás da pedra tinha um coração, sei que esse não batia por minha causa, mas a única forma de poder me desligar completamente daquela garota seria ficando com ela mais uma vez.

Só assim quem sabe ela me encheria de porrada, ou sorriria da minha cara até se contorcer no chão e eu enxergaria que ela não era pra mim, enxergaria que ela era realmente uma garota mal, doida, fria. O que não dava mais era pra continuar nessa angustia toda, vendo ser boazinha num dia e no outro não olhar nem na minha cara.

- Você está maluco, eu não vou te ajudar nisso. – Mica gritava.

- Cara, preciso falar com sua mãe, você não está normal acho bom a gente te internar. – era a vez de Chay.

- Bom, eu tô pedindo ajuda pra uma ideia de como chegar junto dela, não tô pedindo a opinião nem autorização de vocês. – fui grosso eu sei – Poxa, custa vocês entenderem que eu realmente gosto dela? Custa vocês se lembrarem que eu já tentei esquecer ela com outras? Custa tentar me dar uma ideia?

- Cara foi mal, mas eu não vejo ideia pra isso, ela não é igual uma garota normal que você manda flores e convida pra um cinema. – Mica falou.

- Depende Mica, se você pegar ela num dia bom pode conseguir fazer tudo isso, mas se ela não tiver bem, nem beijando os pés dela você consegue nada. – era a vez de Chay.

- Cara, eu não quero uma ideia pra sair com ela, eu quero uma ideia de algo que eu possa fazê-la enxergar que tem um sentimento aqui, e que ela não é essa pedra de gelo toda que tenta passar.

Aquela conversa acabou sem nenhum consenso ou ideia definida, apenas com uma garantia de que Chay iria pensar em algo pra me ajudar, já que Mica se recusa a me ajudar a ir pra forca como ele mesmo diz.

Por Nana F.