Discovering Love - Capitulo 36

Capitulo 36 – Sábado

POV ARTHUR

Lua logo sugeriu um programa para o nosso sábado que seria sem graça.

- Gente! Eu nunca tenho ideia nenhuma, nunca sugiro nada, mas estava pensando aqui...

- Vai pegar fogo, chama os bombeiros porque essa menina pensando ou vai pegar fogo ou vem maldade. – Mica a interrompeu e foi logo recriminado.

- CALA A BOCA MICAEL! – eu e Chay gritamos, assustando um pouco Lua.

- Deixa pra lá! – ela falou sem graça.

- Desculpa Lua, manda ai, qual a super ideia que surgiu nessa cabecinha? – Mica tentava se redimir, mas ela ainda estava sem graça. Um dia ainda mato esses meus amigos.

- Esquece, vocês já devem ter planos pra amanhã. – ela balançava a cabeça em negação.

- Fala Lu. Eu não tenho plano nenhum ainda. – Chay falava a confortando e me deixando com ciúmes. Eu sei que era amizade, mas me incomodava mesmo assim.

- Eu só imaginei que poderia rolar uma reuniãozinha na piscina lá em casa. O tempo tá bom esses dias, a casa tá vazia. – ela falou e ninguém se manifestou – Mas deixa pra lá. Só foi mesmo uma ideia boba.

- Eu topo! – respondi fazendo-a me olhar assustada.

- Eu também! – Sophia e Mel falaram em uníssono.

- Já é! – foi a vez do Mica.

- Desde que você dona mocinha não resolva me matar afogado novamente. – Chay falava em tom de brincadeira a abraçando – Também topo.

E assim acabamos aquela noite, ansiosos para o dia seguinte.

Acordei com o sol brilhando e barulho na minha cozinha. Só podia ser um dos caras. Levantei, tomei um banho rápido, vestir uma sunga preta, uma bermuda escura e uma regata branca, peguei meus óculos escuros, celular e carteira, e sai do quarto. Deparei com Chay e Mel na cozinha.

- Além de invadir minha casa ainda trás visitas? – falei brincando dando um toque na mão de Chay e um beijo no rosto de Mel que estava sentada numa cadeira da mesa – Bom dia mocinha.

- Bom dia! – ela se virava pra mim – Ta diferente hoje, arrumadinho, cheiroso.

- Obrigada Mel! Quer dizer que até ontem eu era bagunçado e fedorento? – falei brincando, meu humor estava excelente.

- Não é isso. Tá com um ar diferente, olhinhos brilhando. – Mel falou e Chay riu.

- É paixão querida Mel... Paixão. – Chay falava e eu nem me incomodei.

Tomei um copo de suco apenas enquanto os dois me davam pressa. Chay tinha saído cedo de casa pra buscar a Mel, e por isso pararam lá em casa. Segundo eles, estavam com medo que eu desistisse e não fosse pra casa da Lua.

Realmente era estranho, mas fui o primeiro a aceitar e não faria desfeita, não pra ela! Seguimos em direção a casa dela. Lá encontraríamos Soph e Mica. O dia seguiu tranquilo, muitas brincadeiras, risadas, e eu babando quando avistei Lua tirando a saída de praia pra entrar na piscina. Certo que eu já tinha ficado bem próximo e aproveitado bem aquilo tudo, mas aquela noite no meio do mato a pouca iluminação e a proximidade não me permitiu visualiza-la assim tão bem.

Viajei no corpo daquela garota. E o pior de tudo foi ter sido “despertado” por Chay.

- Para de babar cara. – ele falava rindo da minha cara – Toma uma atitude vai.

- Eu sempre pioro as coisas. Deixa ela com o “tempo” que ela diz tanto precisar. – falei dando ênfase ao tempo e fazendo o sinal das aspas com as mãos.

- Cuidado pra não esperar tempo demais caro Aguiar... Cuidado. – ele falou e seguiu pra piscina.

Pelo visto eu teria que esfriar minha cabeça lá também. A situação estava ficando tensa com essa garota de biquíni na minha frente. Seguindo com toda aquela resenha do dia de sol, as meninas se empolgaram e tiveram a ideia de ir fazer uns coquetéis pra beber, e algo me dizia que aquilo não iria acabar bem. Álcool e adolescente inexperiente são algo que não combinam.

Aquilo virou uma bagunça. Sorte a nossa que só utilizamos o espaço externo da casa, ou então teríamos vários vasos quebrados pra catar os caquinhos depois. Mel tomou todas e mais algumas, a garota não estava bem e isso era visível. Quando ela começou a extrapolar os limites Lua logo parou de beber, segundo ela teria que ter alguém pra cuidar da garota. Chay assim como eu não bebemos. Eu porque nunca gostei muito, e Chay porque tinha receio da volta pra casa, chegar em casa mais pra lá do que pra cá não seria legal.

Já começava a anoitecer quando perceberam que Mel já estava muito mal. Após algum tempo no banheiro, Soph saiu falando que o jeito seria leva-la para o hospital, tomar glicose seria a única solução. Quando preparávamos pra sair, a mãe de Lua telefonou, avisando que chegaria ainda essa noite, e foi ai que ficou tudo mais complicado.

- Como eu vou sair e deixar essa bagunça aqui? – Lua estava aflita – Se minha mãe chegar e ver que a gente bebeu, eu tô ferrada.

- Chay é o único consciente, Mel vai dormir lá em casa. – Soph fazia as suposições – Ou o Mica ou o Thur fica aqui com você e te ajuda a ajeitar tudo.

- Eu quero ir com você linda! – Mica falou abestalhado com Soph, sobrou pra mim.

- Eu fico! – era o que eu queria, mas era ainda uma situação estranha pra gente.

- Ok! – Lua falava e pelo tom de voz ela sentia o mesmo que eu, mas agora não dava pra esperar – Me liga assim que chegarem em casa Soph?

Soph assentiu e o taxi que nós chamamos já chegava. Eu e a Lua assim que eles saíram entramos e fomos da uma geral naquela bagunça. Era copo revirado pra todos os lados. Garrafas até que não tinha muito, apenas algumas latinhas de cerveja que Mica tomou, e uma garrafa praticamente cheia de vodka que sobrou. A vazia deveria está perdida por algum lugar.

Após catarmos tudo, lavarmos os copos pra retirar o cheiro da bebida, jogarmos o lixo fora, levamos os pratos e outras coisas pra a cozinha. Segundo Lua a empregada ajeitaria no outro dia, só não poderia ter as bebidas no meio ou a explicação teria que ser grande.

Era engraçado vê-la com medo dos pais. Parecia uma criança, e eu gostava tanto dela assim que não segurei um sorriso.

- Que foi? – ela perguntava achando estranho.

- Nada, calor. – falei saindo pra área da piscina novamente – Que horas seus pais chegam mesmo?

- Na madrugada provavelmente, ainda falta algum tempo. – ela me acompanhava.

- Posso ficar esperando, as meninas ligarem? – eu perguntei com a desculpa mais esfarrapada – É porque pode dar algo errado, sei lá.

- Claro! É bom que me faz companhia. Não gosto de ficar sozinha. – ela falou tirando novamente a saída e entrando na piscina.

Lua do céu cheia e linda, minha Lua na terra mais linda ainda. Eu não mereço tanto!

- Entra na agua. Você não disse que estava com calor? – ela perguntava após emergir de um mergulho.

- Verdade. – falei tirando minha bermuda, pois já me encontrava sem camisa desde que cheguei.

Por Nana F.