Rediscovering Love - Capitulo 19

Capitulo 19 – Mudanças

POV LUA

Quando Arthur me abraçou senti que estava protegida, que nada de ruim iria acontecer. Que estávamos bem, tudo era um pesadelo e passaria. Falei que estava com medo e ele como sempre, me tranquilizou. Quando o médico se aproximou avisando que havia feito os exames e que já poderíamos entrar, mas não todo mundo pra não tumultuar o quarto.

Não houve duvidas de quem entraria, é claro que iria eu e Arthur, porém ele se mostrou receoso, acho que esperando uma reação minha.

- A gente vai primeiro ok?! – falei com os demais que estavam sentados ali, deixando claro pra Arthur que era ele que entraria comigo.

Seguimos um ao lado do outro sem nenhum contato físico, mas na verdade eu queria aquele abraço novamente. Adentramos o quarto e meu pequeno estava dormindo já, segundo o médico era devido ao antitérmico, o manteria sonolento por umas horas. Ele logo começou a nos explicar que foram feitos todos os exames e que não se tratava de nenhuma infecção ou inflamação, que geraria provavelmente uma febre tão alta.

Rafael também não tinha nenhum outro sintoma de uma possível virose, o que o medico logo descartou perguntando se meu pequeno havia passado por alguma emoção, ou mudança forte durante aos últimos dias. Eu logo encarei Arthur e não falamos nada, o médico percebeu provavelmente que havia algo e foi logo dizendo que a febre era de fator emocional. O que um antitérmico, e algumas horinhas a mais de atenção iriam garanti a melhora.

Eu avisei que passaria a noite com Rafael, mas Arthur disse que ficaria também se eu não me incomodasse. E além de querer a presença dele, eu não poderia priva-lo do contato com o filho.

- Vou avisar aos outros que está tudo bem. – ele falou e saiu do quarto. Sentei numa poltrona ao lado da cama. E por um instante apaguei.

POV ARTHUR

Sair do quarto deparando com quatro criaturas assustadas. Tranquilizei todos avisando que se tratava de uma febre emocional, mas que deveria passar a noite em observação devido aos medicamentos. Mel logo falou que não deixaria Lua sozinha, e quando eu avisei que ficaria me deparei com olhares arregalados e me senti um ET.

- Ei! Eu sou o pai, acho que posso fazer isso. – falei e ninguém me questionou apenas nos despedimos e voltei para o quarto.

Lua cochilava encolhida numa poltrona, se eu a pegasse no colo pra acomoda-la no sofá ela acordaria e poderia ficar um clima estranho. Então decidi tentar acorda-la e avisar pra ir deitar um pouco.

A principio ela ficou irredutível e disse que não dormiria, mas eu avisei que havia descansado mais que ela, e garanti que assim que Rafael acordar eu a chamaria. Só ai então ela concordou.

Quando começou a clarear o dia ela despertou. Eu então tive coragem de conversar.

- Lua, sei que você tem outra pessoa, mas ontem foi inevitável ouvir as meninas comentarem que vocês tinham se desentendido – eu tentei não parecer ansioso – E eu pensei a noite inteira. Acho que você deveria voltar para o apartamento.

- Como assim? – ela olhava confusa.

- Você volta com o Rafael pra vida que vocês estavam adaptados lá, e eu providencio um lugar para que eu possa ficar, sem problemas. – falei, mas na verdade a queria lá comigo.

- Arthur o apartamento é seu, não é certo você sair de lá. A intrusa sou eu. – ela falava com um sorriso torto de quem não entendia nada.

- Lua, Rafael pode ter sentido isso tudo devido a essa mudança... – ela me interrompeu.

- Arthur, ele tá acostumado a ficar na casa de Mel, ele ficou assim por te conhecer certeza. – ela sorria – Ele chamou você delirando o tempo todo, e isso nunca havia acontecido.

- Certo Lua, mas eu queria que você voltasse pra lá. É o seu canto, o cantinho dele. Por mais que todos na casa da Mel sejam maravilhosos, você nunca vai ter a sua privacidade, ele nunca vai ter o espaço dele.

- Não Arthur. – ela parecia sem graça.

- Então ok! Hoje a tarde mesmo eu vou providenciar um apartamento pra vocês ficarem, um lugar de vocês.

- Arthur eu não quero. Eu vou resolver isso. – ela encarava apenas o chão.

Eu sei muito bem que a condição financeira dela não era suficiente pra manter um apartamento e tudo mais que precisasse. Ela trabalhava, mas era apenas meio turno, não a pagariam o suficiente pra ela se manter sozinha.

- Luinha, tá na hora de eu assumir minha responsabilidade de pai né? Se você não quer pra você aceita pelo nosso filho?!

Ela pensou, pensou, passava as mãos uma na outra, mordia os lábios, era visível o nervosismo.

- Então faremos o seguinte. – ela começou com uma ideia...

Por Nana F