Rediscovering Love - Capitulo 7

Capitulo 7 – O retorno

POV ARTHUR

Logo que minha mãe retornou a suas atividades normais, eu fui ficando mais tranquilo, mas com um pouco de receio que ela tivesse uma recaída. Já se passara praticamente dois anos, ela afirmava está bem, voltou ao trabalho, retomou algumas amizades e aos poucos eu fui relaxando mais.

Era visível o meu incomodo naquela cidade, e ela percebia isso. Até que um dia ela perguntou por que eu não retornava pro Brasil, já que a minha vontade foi nunca ter saído de lá. Fiquei tentado não nego, mas a opção de deixa-la sozinha me assustava ainda. O problema é que minha mãe se incomodava em me ver daquele jeito, sabia que em partes era por causa dela que eu estava lá ainda e se sentia culpada. E depois de muito pensar resolvi me dar essa chance.

Quando fui resolver minha vida no trabalho, tive uma surpresa. Daqui a aproximadamente três ou quatro meses estariam abrindo uma filial no Brasil, mas precisamente no Rio, e que se eu me interessasse poderia me mudar. Mas eu tinha urgência em voltar, e graças à amizade de um dos donos com meu pai eu conseguir sair bem dessa. Eu recebi uma licença do trabalho, na qual eu deveria me estabilizar no Brasil pra depois dar inicio aos trabalhos da empresa por lá. Em outras palavras, eu iria voltar pra minha casinha e esperar de férias, afinal eles não precisavam saber que eu já tinha meu local certo lá.

Despedir da minha mãe não foi tarefa fácil. Na verdade eu queria que ela viesse comigo, mas ela disse que só faria isso após ter a garantia que meu emprego estava certo ou que precisasse dela. Já que segundo ela, era ela que deveria cuidar de mim e não ao contrario. Mãe tem a mania de achar que a gente não cresceu.

Chegado o dia, passagem comprada, malas prontas, e agora era só partir. Se eu avisei alguém? Bom, mandei um e-mail para o Chay assim que marquei a passagem, espero que ele tenha lido pelo menos, já que não me respondeu. O sentimento que me tomava aquele momento era estranho, uma mistura de felicidade e medo. Eu não sabia o que iria encontrar no Brasil, nem qual a reação dos meus amigos, qual a reação que eu teria ao ver Lua, se ela estava bem, se continuou a vida dela, se estava com... Outro. Era estranho pensar nisso.

A viagem pareceu mais longa que o normal, o tempo não passava, e ao chegar ao aeroporto eu concluir que ou o Chay não havia lido o meu e-mail, ou a nossa amizade não era mais tão importante. Ninguém me esperava. Tentei logo telefonar, mesmo se eu não fosse mais o amigo deles, eu precisava pelo menos das chaves de casa.

Liguei para o Chay nada! Liguei para o Mica também nada. Pensei ainda em telefonar pras meninas, mas tive receio por não querer ser chato. Tentei mais uma vez os meninos e consegui falar com o Mica.

           

LIGAÇÃO ON

M: - Alo?

A: - Mica? É o Thur.

M: - Fala aê Thur, como estão as coisas ai cara?

A: - Bom, aqui está cheio de gente, cheio de mala, e muito calor. – não resisti e sorrir.

M: - Não entendi a piada!

A: - É, tô começando a achar que a anta do Chay não viu meu e-mail.

M: - Que e-mail cara? Da pra explicar direito Arthur, tô te achando meio complicado hoje.

A: - Eu mandei um e-mail para o Chay há quatro dias, e agora nesse momento eu estou no aeroporto do Rio, e preciso saber onde eu encontro uma chave da minha casa.

M: - RIO?! Como assim cara, você... Você voltou?

A: - Isso tudo é saudade, ou medo?

M: - Não Arthur, Eu... Não esperava, acho que Chay não comentou desse e-mail.

A: - Se é que ele leu. Mas bem, me fala ai onde você tá, ou onde posso pegar uma chave minha, quero ir pra casa.

M: - Ok! Eu ia sair pra faculdade agora, mas ainda estou em casa, e ela fica no mesmo lugar, passa aqui.

A: - Falou!

LIGAÇÃO OFF

Desliguei o telefone, adentrei em um taxi e seguir pra casa do Mica. Como era bom respirar o ar daqui, o calor do sol, eu imaginava que não iria ver isso mais nunca.

Por Nana F