domingo, 2 de março de 2014

My First Love - Capitulo 169


Capitulo 169

POV Soph
           
Putz! Depois que a Melzinha me ligou e contou o sofrimento do irmão dela e toda essa confusão envolvendo a Luinha me desesperei. Fiquei de pensar em alguma coisa, alguma solução. Foi quando me lembrei de algo que poderia ser útil. Todos aqueles anos de amizade, e toda aquela proximidade da nossa família tinha que servir pra nos ajudar quando precisássemos de verdade.
Fui correndo atrás da minha mãe no quarto dela. Não expliquei muito bem a história até porque não tinha como perder tempo. Perguntei sobre o telefone da casa de praia, minha mãe deveria ter aquilo em algum lugar, afinal foram anos viajando pra lá todo mundo junto. Revirei mil cadernos da minha mãe, ela encontrou algumas agendas antigas numa caixa e me disse que ali deveria ter.
Saí com a caixa inteira para o meu quarto pra poder procurar com calma. Nunca vi tanto papel velho na minha vida, e nem entendi o porquê da minha mãe ainda guardar tudo aquilo. Quando já eram quase 2:00 horas da manhã eu finalmente encontrei. Agora era só rezar pra que ainda fosse o mesmo. Minha vontade foi de ligar naquele mesmo instante, mas só de pensar o que minha amiga deve ter sofrido hoje durante todo o dia, era melhor deixa-la dormir, se é que ela conseguiu isso.

... Enquanto isso, a noite de Lua...

POV Lua

Estava difícil, durante o fim da tarde fui caminhar na areia da praia pra tentar esquecer tudo. Aquele lugar sempre me acalmava quando eu precisava. Pra falar a verdade nunca tive boas recordações disso aqui a não ser durante minha infância. Passei sim, bons momentos da minha adolescência com meus amigos, com o Arthur, mas no final das férias era sempre a mesma tensão, algo tinha dado errado. E aqui estou eu, me refugiando de tudo e todos. Tentando fugir da realidade triste que está minha vida. Talvez se eu não tivesse dado aquele tempo, se eu não tivesse viajado pra Londres, se eu não tivesse ignorado tanto o Arthur quando voltei talvez tudo estivesse diferente agora.
A culpa era minha, culpa da minha infantilidade, minha imaturidade, meu orgulho bobo que sempre falava mais alto. E agora com essa do Thiago que eu falei pro Pedro é que vai ser tenso. Mais uma das minhas criancices. Eu tinha que reverter isso. Não era possível que tudo que o Arthur me falou durante aquele final de semana iria acabar com um convite para madrinha do casamento dele. Ele não podia ser tão insensível a esse ponto.
Voltei pra casa, não comi nada. Passei direto pro meu quarto, tomei um banho e me joguei na cama. Apaguei. Só acordei no outro dia com a Dolores me trazendo o telefone, eu não fazia noção de que horas era, nem de quem poderia ser.


Por Nana F.

4 comentários: